Não querendo ampliar as coisas, alem de já estarmos longe da razão do tópico, penso que ambos os colegas estão certos embora em sintonia diferente.
Ora vejamos!
Passo a citar:
“Pois, é que não pertenço à velha guarda e é nessa que me tento apoiar, visto que Portugal está a perder muito, com o pessoal que deixa ir para a reforma, sem deixar um pouco da experiencia partilhada. Era essa a minha intenção.”
- Concordo em parte consigo!
Embora segundo a minha opinião, e falo por mim, eu atravessei um bocado essa velha guarda, mas segundo as técnicas da velha guarda também já vão ficando ultrapassadas aparecendo no mercado novas normas e tipos de material e técnicas que vão ajudando cada vez mais um instalador, podendo aplicar-se pormenores que se vão adquirindo ao longo dos anos de experiencia de trabalho.
Obviamente que sou da opinião que se deve partilhar essas informações.
Mas também á que evoluir no conhecimentos dessas técnicas e normas que hoje em dia nos são exigidas.
Continuando e passando a citar:
“ Portugal está a sofrer de um problema, que já está a arrastar-se uns bons anos para cá. Perderam-se as escolas industriais e agora anda-se a enganar os "industriais" com escolinhas.
Agora também alguns industriais, perderam os funcionários que tinham pela smias variadas razões (reforma, vida melhor em outro lado, etc) e depois querem substituir um funcionário especializado, pelo processo de recrutamento criados por teóricos. No final a empresa não sai be servida e o funcionário não fica realizado. Ista dava tema para um tópico de discussão.”
- Já não concordo tanto com isso, mas em parte tem certa razão!
Continua a haver escolas industriais, só no distrito de Setúbal existe umas quantas.
Em relação às escolinhas, penso que se está a referir ao RVCC. (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências), ok!
Foi uma forma do estado conseguir que a taxa de insucesso escolar não ultrapassa-se a media europeia, mas!
Há sempre um mas,
Há que reconhecer que dá um certo jeito, pois vejamos, eu tenho carteira profissional desde 1988 tirei-a como Ajudante e ao fim de alguns anos em 1994 renovei-a para Oficial mas como não tinha o 9º Ano da escolaridade não podia inscrever-me na D.G.E., só ao fim destes anos inscrevi-me no RVCC acabei o 9º ano e só com isso é que pude inscrever-me na respectiva.
Não foi pelo facto de andar numa escola técnica que adquiri o meu estatuto profissional, digamos que o RVCC deu uma ajudita só para aquele papel.
- Em relação a substituírem funcionários.
Penso que o culpado será sempre o estado que permite uma situação dessas, e se eles aprovarem a gora a nova lei do trabalho, então ai será o descalabro total.
É lógico que não posso concordar com esse tipo de atitudes.
Em relação á outra questão, e passando a citar:
“o que procuram é justamente pessoas que saibam como fazer o trabalho ainda que com pouco conhecimento teórico e isso também se aplica aos recem formados pelas escolinhas de que fala, ( embora melhor que nada). E isto sempre com o mesmo objectivo, pagar-lhes salários o mais miseráveis possível!!! Deve saber que neste pais existe uma enorme oferta de gente sobrediplomada que esta no desemprego ou então em empregos que não lhes correspondem em nada!... Por experiência própria garanto que este problema não afecta só países do 3° mundo como o nosso. Países como a Espanha e a França também assim se passa!!! Por isso meu caro no meio disto tudo lembre-se que para essas empresas não valemos mais que um alicate ou outra ferramenta...”
- Por mais que me custe tenho de admitir que a realidade dos dias que correm é assim
E não é só na área dos grandes industriais, hoje em dia também se aplica nos pequenos empresários, não só por conta de outrem como também por conta própria, existe muita concorrência mas má concorrência no sector, só para dar uma ideia, eu já tive situações em que um construtor me confronta com orçamentos por metade do meu e estamos a falar por exemplo, numa moradia simples os valores rondam entre os 2.500€ e os 3.000€ já com material e mão de obra, agora vejam, metade, e eu pergunto como, e digo entregue, é impossível concorrer com isso.
- Conclusão:
Penso que ambos tem certa razão no que dizem mas só que em perspectivas diferentes.
Peço desculpa por intrometer-me na vossa discussão, não quero com isto ofender ninguém, mas é o meu ponto de vista em relação as vossas opiniões, embora posa haver um certo gelo no meio ambas tem uma certa razão.
Cumprimento
João Ramalho

