Secção nominal

[nelmindo]

Alguem sabe me explicar o porquê das secções medidas (por exemplo usando um paquimetro ou micrómetro, e a formula da área do circulo) nos condutores rigidos maciços, ser sempre inferior à sua secção nominal indicada pelo fabricante?

[Mário]

Boas

Utilizando s= pi r2.

Ou seja 0,30 milimetro de diametro dá 0,07065 se tivermos 85 fios dá 6,00525 de secção. Isto é um exemplo.

Mas confirmo que há alguns fabricantes que não põe a secção correcta.

Cump.
Mário

[justme]

Acabei de medir um fio V de 2.5 mm(quadrados):

Diametro = 1,8 mm

A = pi x R x R

A = 3,14 x 0,9 x 0,9

A = 2,54 mm(quadrados)


Um abraço

[Mário]

Boas

Os que já apanhei foram para cima de 50mm multifilar com isolamento de silicone até 120mm.

O que me chamou à atenção foi o terminal estar muito folgado (Klauke), fui medir e faltava cerca de 8% dos "fiozinhos"

No exemplo que descrevi anteriomente se for menos 8% em vez de 85 "fios" serão só 78,2 ou seja só teremos 5,5 de secção, o que passa despercebido.

Se o fabricante for de 1º linha (marcas conceituadas) são mais certinhos, mas se for de marca para vender preços, até o electrolitico do cobre se pode por em duvida, mesmo com certificados.

Já aconteceu a todos verificarem que há cabos que são rijos de trabalhar, e outros mais macios. Por vezes nota-se um ligeiro aquecimento nos cabos sem razão aparente, o que pode ser falta de secção e ou, e da qualidade do cobre.

Cump.
Mário

[nelmindo]

é que de todos os que medi, maciços, tinham secções inferiores:
1,43mm3 para 1,5mm2 (1,35 de diametro)
2,3mm2 para 2,5mm2 (1,72 de diametro)
2,21 para 2,5mm2 (1,68 de diametro)
3,8mm2 para 4mm2 (2,21 de diamtro)


ou seja todas estas amostras apresentavam secção nominal inferior.
Além do mais são de marcas reconhecidas.

A desculpa que já me deram (e não foi o fabricante) foi de que a tecnologia dos polimetros estava avançada, de que era possivel reduzir a secção real, não comprometendo a passagem da corrente, dado que o cobre podia aquecer mais um pouco. É claro que essa diferença não como acontece com os condutores isolados a PEX, tem intensidades máximas admissiveis superiores às do PVC, mas era o suficiente para poupar "uns cobres"...

[Mário]

Boas

Pensem só o "guito" que a fábrica poupa. Não podemos ver só em uma ou duas centenas de metros, temos é que ver as toneladas utilizadas, quantos metros é que se fazem com o mesmo cobre (cada vez mais caro).

Se eu quero com 10mm2 é com essa secção que tem que vir, se não, é devolvido nem que esteja cortado, se está gravado no cabo a secção é essa que tem que ter.

Cump.
Mário

[nelmindo]

Boas

Pensem só o "guito" que a fábrica poupa. Não podemos ver só em uma ou duas centenas de metros, temos é que ver as toneladas utilizadas, quantos metros é que se fazem com o mesmo cobre (cada vez mais caro).

Se eu quero com 10mm2 é com essa secção que tem que vir, se não, é devolvido nem que esteja cortado, se está gravado no cabo a secção é essa que tem que ter.

Cump.
Mário

Só que o problema do 10mm2 é dificil de provar que não têm a secção exigida, pelo facto de ser cableado e que a figura formada pelos condutores unitária, não é nem triangular, trapésio ou circular... A unica coisa concreta que sei é que tem 7 condutores!!!!

[nelmindo]

Resposta em http://www.eletricidade.net/viewtopic.php?f=43&t=5586

Este link não está acessível ao público.

[nelmindo]

in voltimum:


As secções físicas reais dos condutores dos cabos diferem normalmente das secções eléctricas com que os denominamos (1,5, 2,5, 4, 6, 10…). Ver a IEC 60228 que esclarece tudo.
Medi com um “paquímetro” os fios do condutor do cabo que me vendeu e verifico que a secção total é substancialmente inferior à que está inscrita na bainha do mesmo. Porquê? De vez em quando alguém faz esta pergunta com uma mistura de desconfiança e estupefacção.

A IEC 60228 (NP-2363), sobre condutores de cabos isolados, fala-nos do conceito de secção nominal como valor que identifica uma medida particular do condutor mas que não está sujeito a medida directa. Acrescentando uma nota que diz: A cada medida particular de condutor desta norma corresponde uma exigência de valor máximo da resistência.

Quer dizer, deve ficar claro que o valor da secção que todos conhecemos (2,5, 4, 6, etc.) refere-se a um valor máximo de resistência e não a um valor concreto e mensurável com um “paquímetro”. Desta forma a norma assegura-nos o que realmente nos interessa: que o cabo não vai superar um valor de resistência eléctrica concreto para cada secção, independentemente de o seu cobre ou alumínio ser mais ou menos puro. Por esta razão podemos encontrar dimensões diferentes em diversos fabricantes, para a mesma secção.