Quem já não notou o efeito cansativo provocado através dos olhos, quando estamos muito tempo num local iluminado por lâmpadas fluorescentes?
Tal deve-se ao facto da frequência da rede ser de 50 Hz, ou 50 ciclos por segundo, isto é, a tensão de alimentação da rede elétrica, que alimenta as lâmpadas e tudo o mais, tem uma oscilação muito rápida passando por valores máximos e mínimos 50 vezes por segundo, o que dá 100 passagens por zero, por segundo.
Podemos dizer que a lâmpada “apaga-se” 100 vezes por segundo. Não sendo isto totalmente verdadeiro devido à inércia eletrónica, o que é facto é que os “nossos olhos” detetam estas oscilações e, se expostos por longos períodos a um ambiente iluminado por lâmpadas fluorescentes, podem levar a dores de cabeça, cansaço visual e outros problemas.
Esses efeitos são realmente prejudiciais à visão, pois causam cansaço visual, pela intermitência da luz, que pode não ser visível aos nossos olhos, mas são captados pelo nosso cérebro, o que vem causar o desconforto.
É a este efeito que se dá o nome de efeito estroboscópico.
No caso das lâmpadas incandescentes tal efeito não se verifica porque estas lâmpadas funcionam aproveitando o efeito térmico da passagem da corrente elétrica (que aquece o filamento da lâmpada e assim ilumina) e a inércia térmica (aquecer/arrefecer) é muito maior do que a da excitação dos electrões do gás de uma lâmpada fluorescente, cujo embate contra as paredes da lâmpada, revestidas por uma substância fosforescente, nos fornece a luz.
Por exemplo para minorar este problema na iluminação (ex.: Pavilhões Industriais) as luminárias devem estar desfasadas com alimentação elétrica trifásica, com distribuição alternada das luminárias pelas três fases. Isto para evitar por exemplo que o efeito estroboscópico dê a percepção de por exemplo uma máquina rotativa (a rodar à frequência da rede) estar parada quando efetivamente está em movimento.