Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

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LVirtual
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por LVirtual »

CF,Lda Escreveu: 04 set 2017, 22:06 Podemos trabalhar com 24v que não nos acontece nada, não é verdade? Mas, se calhar, com 40/50v já começamos a sentir algum formigueiro nos dedos.
Certamente que conhecem os aparelhos de soldar a eléctrodo, ou a argon; quem é que já apanhou um choque ao segurar no ferro a ser soldado?
Cps
A.Castro
mas isso é porque o isolamento que tinhas em relaçao á terra era fraco e o da maquina ainda mais.
ja soldei muito a eletrodos, tambem ja segurei muitos ferros para outros soldarem e tambem ja tive nesses trabalhos sapatos que nao prestavam como isoladores, por vezes esquecemo-nos que nem todo o calçado é bom para lidar com eletricidade. e por vezes estamos a trabalhar em sitios humidos e nós proprios estamos a transpirar devido ao esforço fisico e tudo isso ajuda a reduzir o isolamento do operador da maquina de soldar de electrodos.
Por isso tambem é muito boa pratica usar luvas adequadas ao trabalho em serralharia.
Eu as vezes sentia o formigueiro do electrodo quando as luvas estavam ja rotas ou o chao molhado tirando isso so quando os cabos perdiam isolamento é que a maquina mordia. ;)


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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por Mário »

Boas
LVirtual Escreveu: 05 set 2017, 08:06 mas isso é porque o isolamento que tinhas em relaçao á terra era fraco e o da maquina ainda mais.
ja soldei muito a eletrodos, tambem ja segurei muitos ferros para outros soldarem e tambem ja tive nesses trabalhos sapatos que nao prestavam como isoladores, por vezes esquecemo-nos que nem todo o calçado é bom para lidar com eletricidade. e por vezes estamos a trabalhar em sitios humidos e nós proprios estamos a transpirar devido ao esforço fisico e tudo isso ajuda a reduzir o isolamento do operador da maquina de soldar de electrodos.
Por isso tambem é muito boa pratica usar luvas adequadas ao trabalho em serralharia.
Eu as vezes sentia o formigueiro do electrodo quando as luvas estavam ja rotas ou o chao molhado tirando isso so quando os cabos perdiam isolamento é que a maquina mordia. ;)
O "CF,Lda" falou sobre soldadura a argon, a tensão das máquinas de eléctrodo é outra.
Calçado para electricista (normalmente é isolante), excepto locais que obrigam a ser anti-estático.
A roupa para electricista deve de ter no mínimo (IEC 61482-1-2) a capacidade de proteger o corpo.

Cump.
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por LVirtual »

por acaso tambem falou das argons. as de soldar a electrodos nas fabricas costumavam ser trifasicas 400V mas tambem ha monofasicas 230 para trabalho de rua ou de bancada.

Mario o que eu escrevi foi apenas um complemento ao que o CF escreveu. ;)

Ha muitas variaveis que se nao forem observadas influenciam a ocorrencia de choques electricos por pessoal mais distraido.
alguns nem com 20 choques aprendem, infelizmente...
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por Mário »

Boas
LVirtual Escreveu: 05 set 2017, 09:22 por acaso tambem falou das argons. as de soldar a electrodos nas fabricas costumavam ser trifasicas 400V mas tambem ha monofasicas 230 para trabalho de rua ou de bancada.

Mario o que eu escrevi foi apenas um complemento ao que o CF escreveu. ;)

Ha muitas variaveis que se nao forem observadas influenciam a ocorrencia de choques electricos por pessoal mais distraido.
alguns nem com 20 choques aprendem, infelizmente...
A tensão de entrada não tem nada haver com a tensão de saída. Estão a falar sobre passagens de tensão (em relação ao diferencial) ou seja, contacto da tensão da saída do secundário (há maquinas que a tensão é de 70V na saída para a soldadura).

Cump.
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por LVirtual »

Mario, acredito no que dizes, mas nao era a essas partes que me referia.
Quando se trabalha com maquinas de soldar industriais ou menos industriais, ha que ter atençao a certos pormenores de segurança, porque se lida sempre com cargas eletricas bastante fortes. O vestuario e calçado é um deles.
Principalmente pessoal a soldar estruturas a eletrodos com camisolas de la porque esta um frio de rachar...

Ate mesmo o facto da extensao onde esta ligada a maquina estar toda enrolada em forma de bobine pode ser suficiente para por tudo a arder como eu ja vi quase acontecer.

o pessoal pensa que os cabos electricos nao aquecem em carga, mas podem aquecer ao ponto de derreter o isolamento e criar um grande curto circuito.

ja vi coisas em obras antigamente que coiso... fica para outros topicos. ;)
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por CF,Lda »

Vivam.
Essas máquinas serão alimentadas a 400/230V, não vou discutir. Mas não é, certamente, a mesma tensão de saída, aquela a que as peças são soldadas; e é desta tensão que falo! Tensões baixas e correntes elevadas! E não apanhamos choques quando temos que segurar as peças a soldar. Conclusão: o que mata não são os Amperes mas a ddp a que o nosso corpo está submetido, quando uma corrente nos atravessa...
Cps
A.Castro
LVirtual Escreveu: 05 set 2017, 09:22 por acaso tambem falou das argons. as de soldar a electrodos nas fabricas costumavam ser trifasicas 400V mas tambem ha monofasicas 230 para trabalho de rua ou de bancada...
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por LVirtual »

tambem concordo contigo Castro nessa parte.
mas assim como referiste mais acima, é um facto que as vezes sente-se um formigueirozinho a segurar nas peças, e tambem é um facto que isso é sinonimo de perca de isolamento.

A DDP esta directamente relacionada com os volt's e os amperes ou nao?

uma DDP de 24 Volts CC com uma corrente de 70 Amp, mata ou nem por isso?
principalmente se tivermos o azar de ter que usar um pacemaker...

as ddp's que matam tem muito a ver com a resistencia que oferecemos á passagem da corrente electrica.

ja tive essa esperiencia ha muitos anos atras, quando havia pessoal maluco o suficiente para por uma mao num frigorifico que estava a dar passagem a terra (nao havia diferenciais nessa altura ;) ) e a outra mao no ombro da pessoa mais proxima e era essa pessoa que sentia a passagem da corrente e o "artista maluco mesmo descalço num chao de cimento estava na boa a rir-se da vitima...
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por nelmindo »

CF,Lda Escreveu: 06 set 2017, 12:59 Vivam.
Essas máquinas serão alimentadas a 400/230V, não vou discutir. Mas não é, certamente, a mesma tensão de saída, aquela a que as peças são soldadas; e é desta tensão que falo! Tensões baixas e correntes elevadas! E não apanhamos choques quando temos que segurar as peças a soldar. Conclusão: o que mata não são os Amperes mas a ddp a que o nosso corpo está submetido, quando uma corrente nos atravessa...
Cps
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LVirtual Escreveu: 05 set 2017, 09:22 por acaso tambem falou das argons. as de soldar a electrodos nas fabricas costumavam ser trifasicas 400V mas tambem ha monofasicas 230 para trabalho de rua ou de bancada...
" o que mata não são os Amperes mas a ddp a que o nosso corpo está submetido, quando uma corrente nos atravessa..."
Não é está 100% correto.
O que mata é a tensão, a corrente e o tempo. No fundo, a energia que atravessa o corpo.
Posso submeter o meu corpo a uma d.d.potencial de 10 000V e durante 15us, que não me acontece algo.
Podem atravessar 200A durante 2ns, que não me acontece algo.
No produto UxIxt, baste um deles ser infinitesimal para não morrermos...
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Re: Atuação do disjuntor diferencial - dúvida

Mensagem por elektor »

nelmindo Escreveu: 06 set 2017, 14:40 " o que mata não são os Amperes mas a ddp a que o nosso corpo está submetido, quando uma corrente nos atravessa..."
Não é está 100% correto.
O que mata é a tensão, a corrente e o tempo. No fundo, a energia que atravessa o corpo.
Posso submeter o meu corpo a uma d.d.potencial de 10 000V e durante 15us, que não me acontece algo.
Podem atravessar 200A durante 2ns, que não me acontece algo.
No produto UxIxt, baste um deles ser infinitesimal para não morrermos...
Exatamente. Aliás, dizer que é a tensão ou a corrente que faz ou acontece é não ter presente a lei de Ohm. Onde há corrente há ddp e vice-versa. Se a resistência for contante elas são diretamente proporcionais.

Quanto ao choque, além das considerações elétricas que o nelmindo referiu, e da resistência que o corpo oferece, como disse o LVirtual e bem, ainda há um fator muito importante: o percurso da corrente pelo corpo. Por exemplo, é mais perigoso tocar com uma mão na fase e fazer a ligação à terra com a outra do que tocar na fase com a mão direita e tocar na terra com o pé direito (por exemplo o pé descalço). Quanto mais perto a corrente passar do coração, maior o risco de fibrilhação/paragem cardíaca, sendo que na primeira situação ela atravessa o coração: a situação mais perigosa de todas.

Depois ainda há considerações como lesões na pela, nível de hidratação do organismo, etc.

O apanhar ou não um choque, ser mortal ou não, vai depender de imensos fatores.
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