Protecção Diferencial

[johnytalker]

Ilustres,


Gostaria de saber a vossa opinião acerca de dois assuntos relacionados com protecção diferencial que para mim não são muito claros:


1) A generalidade dos projectistas utiliza um interruptor diferencial (ID) a montante de n disjuntores, tanto em iluminação como em tomadas, para fazer a protecção diferencial destes circuitos. Acontece que muitas das vezes o calibre deste ID é inferior ao somatório dos calibres dos disjuntores situados a jusante, logo nada nos garante que o mesmo não venha a ser atravessado por uma corrente superior à sua corrente nominal, podendo inclusivamente a sobrecarga provocar a destruíção do mesmo e, eventualmente, degenerar em incêndio. No caso dos circuitos de iluminação é defensável uma vez que a potência instalada em princípio será fixa e o projectista deverá ter tido esta em consideração aquando dos dimensionamentos, mas no caso das tomadas nada nos garante que cada circuito não vá mesmo ao limite da potência instalada, para a qual em regra o ID não está dividamente seleccionado (Ex.: ID de 25A com 4 circ. a jusante de 16A). Relembro que os "puros" ID apenas são sensíveis à corrente diferencial residual. Não obstante, a utilização dos IDs nestas circunstâncias é especificada por 95% dos projectistas.

2) Nas saídas destinadas a alimentar outros quadros deve utilizar-se protecção diferencial? Eu julgo que sim, mas existem muitos projectos onde estas não aparecem. Nas Regras Técnicas secção 131.2.2 Protecção contra contactos indirectos diz-se »:«As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contacto com as massas em caso de defeito». O cabo não tem massas e em princípio é dotado de duplo isolamento, assim sendo hà necessidade de protecção diferencial? E o quadro que este vai alimentar, o que garante a protecção diferencial antes do corte de entrada (admitindo que o mesmo até é um diferencial). Qual a vossa opinião? Se puderem justificar indicando os paragrafos exactos das regras técncas agradeço.

Para primeiro post estou-me a esticar um bocado!:)
Cumprimentos a todos,

João

[Duzia12]

Para habitações em que a generalidade dos contratos não excede os 30 A não há necessidade de mudar nada a nao ser o diferencial ser de 40A ou 63 A conforme se use dois ou 1 para prever contrato de 45 A ou 60A(raros). Já para outras instalações os disjuntores devem ser agrupados e colocado um disjuntor-tetrapolar conforme as potências com In até 125 A

[alexandre.onofre]

Boas
Em anexo tens um pdf bastante ilustrativo do funcionamento dos equipamentos diferenciais, infelizmente ainda se projecta bastante mal em portugal.

[Duzia12]

Bom artigo

[6eo]

Ilustres,


Gostaria de saber a vossa opinião acerca de dois assuntos relacionados com protecção diferencial que para mim não são muito claros:


1) A generalidade dos projectistas utiliza um interruptor diferencial (ID) a montante de n disjuntores, tanto em iluminação como em tomadas, para fazer a protecção diferencial destes circuitos. Acontece que muitas das vezes o calibre deste ID é inferior ao somatório dos calibres dos disjuntores situados a jusante, logo nada nos garante que o mesmo não venha a ser atravessado por uma corrente superior à sua corrente nominal, podendo inclusivamente a sobrecarga provocar a destruíção do mesmo e, eventualmente, degenerar em incêndio. No caso dos circuitos de iluminação é defensável uma vez que a potência instalada em princípio será fixa e o projectista deverá ter tido esta em consideração aquando dos dimensionamentos, mas no caso das tomadas nada nos garante que cada circuito não vá mesmo ao limite da potência instalada, para a qual em regra o ID não está dividamente seleccionado (Ex.: ID de 25A com 4 circ. a jusante de 16A). Relembro que os "puros" ID apenas são sensíveis à corrente diferencial residual. Não obstante, a utilização dos IDs nestas circunstâncias é especificada por 95% dos projectistas.

2) Nas saídas destinadas a alimentar outros quadros deve utilizar-se protecção diferencial? Eu julgo que sim, mas existem muitos projectos onde estas não aparecem. Nas Regras Técnicas secção 131.2.2 Protecção contra contactos indirectos diz-se »:«As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os perigos que possam resultar de um contacto com as massas em caso de defeito». O cabo não tem massas e em princípio é dotado de duplo isolamento, assim sendo hà necessidade de protecção diferencial? E o quadro que este vai alimentar, o que garante a protecção diferencial antes do corte de entrada (admitindo que o mesmo até é um diferencial). Qual a vossa opinião? Se puderem justificar indicando os paragrafos exactos das regras técncas agradeço.

Para primeiro post estou-me a esticar um bocado!:)
Cumprimentos a todos,

João

Bom dia!

Posso fazer-te um desafio? - Abres o quadro e colocas um pinça amperimetrica na saida das fases do ID(várias vezes e a periodos diferentes do dia)... Vais chegar a conclusão que dificilmente é ultrapassado o valor do seu In (isto claro em habitações). Isto acontece devido a numa habitação existir um facotr de simultaneadade muito elevado e é por isso que temos um somatorio de In dos disjuntores superior ao ID que os protege. Nisto tudo há outra coisa que temos de ter sempre em conta: quando colocamos um disjuntor de 16 à cabeça de um circuito de tomadas estamos a proteger o cabo/fio e aparelhagem desse circuito para o PIOR CASO ele nao estrá sempre a trabalhar em pelna carga perto dos 16 A.
Todos os manuias de trabalho, legislação em vigor e demias material aconselha que uma instalação seja o mais selectiva possivel - Portanto abuse (cuidado com as dimensoes dos quadros eléctricos e com o custo de material eléctrico dispensavel na obra) nos ID's e nos D's....... e porque nao começar a fazer tomadas a 10 A e iluminação a 6A?


Em relação ao outro ponto penso que o artigo aqui colocado anteriormente por um colega consegue responder a toidas as perguntas.

Saudações Energéticas.