Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
No caso de um PT 30/0,4 kV equipado com transformador de 500 kVA protegido por fusíveis, como posso garantir a protecção dos cabos de BT de ligação ao quadro de entrada da instalação?
Desde já obrigado.
pedromdf
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pedromdf
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Boas,
A protecção dos cabos de BT que ligam o transformador ao QGBT é feita apenas pelos fusiveis ou disjuntor de MT.
A protecção dos cabos de BT que ligam o transformador ao QGBT é feita apenas pelos fusiveis ou disjuntor de MT.
Cumprimentos,
PFerreira
PFerreira
Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Antes de mais obrigado PFerreira
Assim teremos que sobredimensionar a secção por forma a suportar a corrente de fusão do fusível. Será isso?
30/0,4 kV - 500 kVA - 9,6A
Fusível a escolher 10A corrente de fusão 20A
Corrente 20A no primário dará 1500A no secundário. Dimensiono o cabo para esta intensidade?
Ou coloco no primário o fusível que com o mesmo raciocíno me proteja para a intensidade nominal de 721,7A que é a corrente nominal do transformador nos 400V?
pedromdf
Assim teremos que sobredimensionar a secção por forma a suportar a corrente de fusão do fusível. Será isso?
30/0,4 kV - 500 kVA - 9,6A
Fusível a escolher 10A corrente de fusão 20A
Corrente 20A no primário dará 1500A no secundário. Dimensiono o cabo para esta intensidade?
Ou coloco no primário o fusível que com o mesmo raciocíno me proteja para a intensidade nominal de 721,7A que é a corrente nominal do transformador nos 400V?
pedromdf
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Boas,
Sim a protecção de MT terá de ser em função da intensidade máxima do transformador no primário e a cablagem de BT em função da intensidade máxima do secundário.
Um alerta já não se comercializam transformadores de 500kVA (novos).
Já tem o transformador?
Sim a protecção de MT terá de ser em função da intensidade máxima do transformador no primário e a cablagem de BT em função da intensidade máxima do secundário.
Um alerta já não se comercializam transformadores de 500kVA (novos).
Já tem o transformador?
Cumprimentos,
PFerreira
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
OLá
Normalmente a protecção é por sonda térmica
E na baixa tensão é boa politica colocar um disjuntor como geral
Normalmente a protecção é por sonda térmica
E na baixa tensão é boa politica colocar um disjuntor como geral
Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Sim, mas essa é a protecção do transformador.Duzia12 Escreveu:OLá
Normalmente a protecção é por sonda térmica
E na baixa tensão é boa politica colocar um disjuntor como geral
A minha questão é sobre a protecção dos cabos de ligação entre o transformador e o quadro de entrada.
Obrigado
Pedromdf
Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Então quais são as potências de fabrico mais próximas?PFerreira Escreveu:Boas,
Sim a protecção de MT terá de ser em função da intensidade máxima do transformador no primário e a cablagem de BT em função da intensidade máxima do secundário.
Um alerta já não se comercializam transformadores de 500kVA (novos).
Já tem o transformador?
Obrigado
Pedromdf
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
A protecção entre o cabo Q.G.B.T./transformador não existe apenas pq a hipotese de curto-circuito é quase nula. e mesmo assim actuariam os fusiveis da alta tensão.
A potência de fabrico mais proximo é 630 KVA
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Pois é, só que os tipos da Certiel estão a exigir a protecção do cabo. Também foi a primeira vez que me exigiram esta protecção.Duzia12 Escreveu:A protecção entre o cabo Q.G.B.T./transformador não existe apenas pq a hipotese de curto-circuito é quase nula. e mesmo assim actuariam os fusiveis da alta tensão.
A potência de fabrico mais proximo é 630 KVA
Estão a tentar inventar a pólvora!
Para mim o cabo está protegido do lado da MT pelas protecções ao transformador e do lado da BT pelas protecções dos equipamentos.
Ainda não consegui da parte deles um esclarecimento do que pretendem.
Obrigado
Pedromdf
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Deve haver aí uma confusão qualquer, nos PT tipo essa protecção não existe
E já agora a que distância fica o transformador do Q.E: ??
A protecçao não se aplica quanto o quadro do PT serve de QBGTPT e QE em anexo com entrada comum para o PT e para a instalação. Já se o QE fica longe do P.T. deverá existir um quadro no PT
E já agora a que distância fica o transformador do Q.E: ??
A protecçao não se aplica quanto o quadro do PT serve de QBGTPT e QE em anexo com entrada comum para o PT e para a instalação. Já se o QE fica longe do P.T. deverá existir um quadro no PT
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Boas,
Estive a conversar com um colega sobre este assunto e o que ele me disse foi, que o cabo de BT que liga o transformador ao QGBT fica protegido só contra curto circuitos pelos fusíveis. Contudo em caso de sobrecarga quer o transformador quer os cabos sofrem um bocado pois o fusível tem a tal tolerância que o colega já mencionou. Para ter uma protecção mais eficaz (sobrecarga) o corte geral do QGBT deve ser feito por um disjuntor, pois assim este vai disparar mais rápido que a fusão do fusível, poupando o transformador e a cablagem Além de que um disjuntor qualquer electricista o rearma, enquanto a substituição um fusível de MT terá outros procedimentos e além de que poderá não existir em stock.
Nota: na protecção de transformadores MT também deverá ser contemplada por um DGPT2 (usado em transformadores a óleo) ou sondas térmicas (transformadores secos)
Estive a conversar com um colega sobre este assunto e o que ele me disse foi, que o cabo de BT que liga o transformador ao QGBT fica protegido só contra curto circuitos pelos fusíveis. Contudo em caso de sobrecarga quer o transformador quer os cabos sofrem um bocado pois o fusível tem a tal tolerância que o colega já mencionou. Para ter uma protecção mais eficaz (sobrecarga) o corte geral do QGBT deve ser feito por um disjuntor, pois assim este vai disparar mais rápido que a fusão do fusível, poupando o transformador e a cablagem Além de que um disjuntor qualquer electricista o rearma, enquanto a substituição um fusível de MT terá outros procedimentos e além de que poderá não existir em stock.
Nota: na protecção de transformadores MT também deverá ser contemplada por um DGPT2 (usado em transformadores a óleo) ou sondas térmicas (transformadores secos)
Cumprimentos,
PFerreira
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Olá a todos,
Além do descrito que concordo plenamente, é usual aplicar relés térmicos, devidamente regulados para a potência em jogo, à entrada do QGBT. Visto que os QGBT's geralmente tem um interruptor à cabeça (muito mais económico que um disjuntor), caso haja uma sobrecarga, nunca irá disparar do lado BT. Assim o relé térmico dá uma ordem de disparo à cela MT, cortando desta forma a alimentação ao transformador.
Além do descrito que concordo plenamente, é usual aplicar relés térmicos, devidamente regulados para a potência em jogo, à entrada do QGBT. Visto que os QGBT's geralmente tem um interruptor à cabeça (muito mais económico que um disjuntor), caso haja uma sobrecarga, nunca irá disparar do lado BT. Assim o relé térmico dá uma ordem de disparo à cela MT, cortando desta forma a alimentação ao transformador.
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Boaspedromdf Escreveu:Pois é, só que os tipos da Certiel estão a exigir a protecção do cabo. Também foi a primeira vez que me exigiram esta protecção.Duzia12 Escreveu:A protecção entre o cabo Q.G.B.T./transformador não existe apenas pq a hipotese de curto-circuito é quase nula. e mesmo assim actuariam os fusiveis da alta tensão.
A potência de fabrico mais proximo é 630 KVA
Estão a tentar inventar a pólvora!
Para mim o cabo está protegido do lado da MT pelas protecções ao transformador e do lado da BT pelas protecções dos equipamentos.
Ainda não consegui da parte deles um esclarecimento do que pretendem.
Obrigado
Pedromdf
Gostaria que me informasses o seguinte:
A certiel baseia-se em que artigo para exigir isso?
A que distancia fia o QGBT do transformador?
Cpt
Rebelo Cruz
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Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Viva, a sua questão é interessante e legítima do ponto de vista técnico, no entanto, não é da competência da CERTIEL a "certificação" de instalações dotadas de Postos de Transformação Cliente e, por conseguinte do TIPO B (ou A se o Grupo Gerador tiver mais de 100 kVA), ficando ao cargo da respectiva Delegação do Ministério da Economia o seu "licenciamento".
No que respeita à sua questão, todos os principais pontos foram focados:
- Todos os Transformadores devem ser dotados de protecções contra defeitos intrínsecos ( quando parte integrante de instalações particulares e se não obedecerem a projectos tipo ), usualmente através de relés de Detecção de Gás e Temperatura (Aviso + Disparo) - DGTP2, quando a óleo ou sondas de temperatura se forem do tipo seco, que devem actuar imediatamente a montante do Transformador para que este não permaneça alimentado em caso de defeito. Essa protecção térmica é regulada normalmente para que a temperatura de disparo corresponda aos 100º, valor que é calculado em função da temperatura ambiente expectável do PT e a sobrelevação admissível do óleo do Transformador. Existindo naturalmente uma relação de compromisso entre a temperatura de funcionamento do Transformador e a sua corrente de funcionamento, dadas as variáveis em jogo e todas as perdas do sistema, não é viável que seja essa protecção a assegurar também a protecção térmica do cabo que terá exigências distintas no que respeita à relação entre a secção e o tempo de disparo da protecção (integral de Joule, os K's já se encontram nas RTIEBT's). O Quadro Geral do Posto de Transformação deve ter como Corte Geral um aparelho do tipo disjuntor, assegurando como foi dito pelo colega, a selectividade ao nível de defeitos a jusante do secundário do transformador para que a protecção não tenha de ser garantida pelo disparo de MT, situação técnica/económicamente muito pouco vantajosa (€/fusível vs tempo de vida do transformador ou manobras MT vs tempo de vida do Transformador), conferindo também a protecção do cabo que relembrando as RTIEBT's o aparelho de protecção pode estar situado imediatamente a jusante do troço a proteger em casos especiais.
- O dimensionamento das protecções da Média podem proteger também o cabo, no entanto, relembra-se o princípio prático de dimensionamento contra os curtos-circuitos que obrigam a que a corrente de curto circuito considerada seja na ordem de 2.5 Icc, (raiz(2)*1.
, sendo essa a componente máxima em regime transitório. As tabelas práticas do fabricante já prevêm essa situação.
Um abraço.
No que respeita à sua questão, todos os principais pontos foram focados:
- Todos os Transformadores devem ser dotados de protecções contra defeitos intrínsecos ( quando parte integrante de instalações particulares e se não obedecerem a projectos tipo ), usualmente através de relés de Detecção de Gás e Temperatura (Aviso + Disparo) - DGTP2, quando a óleo ou sondas de temperatura se forem do tipo seco, que devem actuar imediatamente a montante do Transformador para que este não permaneça alimentado em caso de defeito. Essa protecção térmica é regulada normalmente para que a temperatura de disparo corresponda aos 100º, valor que é calculado em função da temperatura ambiente expectável do PT e a sobrelevação admissível do óleo do Transformador. Existindo naturalmente uma relação de compromisso entre a temperatura de funcionamento do Transformador e a sua corrente de funcionamento, dadas as variáveis em jogo e todas as perdas do sistema, não é viável que seja essa protecção a assegurar também a protecção térmica do cabo que terá exigências distintas no que respeita à relação entre a secção e o tempo de disparo da protecção (integral de Joule, os K's já se encontram nas RTIEBT's). O Quadro Geral do Posto de Transformação deve ter como Corte Geral um aparelho do tipo disjuntor, assegurando como foi dito pelo colega, a selectividade ao nível de defeitos a jusante do secundário do transformador para que a protecção não tenha de ser garantida pelo disparo de MT, situação técnica/económicamente muito pouco vantajosa (€/fusível vs tempo de vida do transformador ou manobras MT vs tempo de vida do Transformador), conferindo também a protecção do cabo que relembrando as RTIEBT's o aparelho de protecção pode estar situado imediatamente a jusante do troço a proteger em casos especiais.
- O dimensionamento das protecções da Média podem proteger também o cabo, no entanto, relembra-se o princípio prático de dimensionamento contra os curtos-circuitos que obrigam a que a corrente de curto circuito considerada seja na ordem de 2.5 Icc, (raiz(2)*1.

Um abraço.
Sempre disposto a aprender e partilhar experiências com outros profissionais desta área.
Re: Protecção dos cabos entre o transformador e o quadro de entr
Ainda não tive nenhum feedback da situação, o que não garante que esteja resolvida.
Mas a minha justificação foi que os fusíveis MT de protecção do transformador garante a protecção contra curto-circuitos.
O DGPT2 garante a protecção do transformador contra sobretensões e em consequência por disparo do transformador, protege o referido cabo.
Do lado da BT temos os disjuntor de entrada do quadro.
Só se o curto-circuito for no próprio cabo é que não há remédio, mas um cabo que parte do transformador e acaba no quadro de entrada que está do outro lado da parede.
Cumprimentos
pedromdf
Mas a minha justificação foi que os fusíveis MT de protecção do transformador garante a protecção contra curto-circuitos.
O DGPT2 garante a protecção do transformador contra sobretensões e em consequência por disparo do transformador, protege o referido cabo.
Do lado da BT temos os disjuntor de entrada do quadro.
Só se o curto-circuito for no próprio cabo é que não há remédio, mas um cabo que parte do transformador e acaba no quadro de entrada que está do outro lado da parede.
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