Portugal importou 63% de electricidade até Julho

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Portugal importou 63% de electricidade até Julho

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Energia. Nos primeiros sete meses do ano, o saldo negativo entre exportações e importações subiu 63% face a Julho de 2007. No mesmo período, a produção nacional caiu 6%, mas o consumo cresceu 1,3%. A electricidade de Espanha abastece 19% do consumo português
As importações de electricidade a partir de Espanha estão a crescer este ano. Em Julho, os últimos dados públicos sobre o mercado nacional apontam para uma subida de 63% desde o início do ano do saldo importador, ou seja, da diferença entre a electricidade comprada e vendida a Espanha.

Os valores acumulados para os primeiros sete meses do ano apontam para um saldo importador total de 5717 GWh (gigawatt hora), o que representa cerca de 19% do consumo de energia eléctrica no País naquele período. Analisando a evolução das estatísticas da REN (Redes Energéticas Nacionais), verificamos que o aumento das importações em termos homólogos tem sido uma constante, embora tenha alcançado valores mais elevados em meses anteriores.

Nos mesmos sete meses, a produção nacional desceu em termos acumulados cerca de 6% face a igual período de 2007, juntando a convencional (térmica e grande hídrica) e o regime especial (eólica e cogeração industrial) Ao mesmo tempo, o consumo cresceu em termos acumulados até Julho 1,3%, o que corresponde uma aceleração da procura em relação aos meses anteriores.

Portugal é em regra deficitário na compra e venda de energia com Espanha, mas isto não significa que o País não tenha capacidade instalada suficiente para responder à procura.

A opção de importar do mercado vizinho resulta muitas vezes de uma gestão que procura limitar os custos da energia consumida. Muitas vezes acaba por ficar mais barato comprar na bolsa espanhola do que pôr a funcionar uma central em Portugal.

Voltando aos número de Julho, verifica-se que foi sobretudo a quebra na produção hidroeléctrica face a igual mês do ano passado, que terá levado à subida das importações. A geração de energia a partir das barragens caiu 39% nos primeiros sete meses do ano, face a 2007. Esta variação negativa é sobretudo influenciada pelo fraco desempenho desta forma de produção nos primeiros meses do ano, devido à pouca chuva.

Eólica abastece 10%

Evolução contrária teve a produção em regime especial que nos primeiros sete meses do ano aumentou o seu output em 10%. Foi sobretudo a eólica, cuja expansão da capacidade instalada não tem parado de aumentar, a responsável por este progresso. A electricidade produzida a partir do vendo subiu 37% até Julho. Nos primeiros sete meses do ano, eólica foi responsável por mais de 10% do consumo nacional. As barragens e a eólica são as principais fontes de energia renovável em Portugal. Estas duas formas de produção asseguraram nestes sete meses 28% da procura total.

Apesar do seu melhor desempenho, as eólicas não foram suficientes para compensar a quebra da energia hidroeléctrica. Para além do aumento das importações, Portugal também teve de recorrer a mais centrais térmicas, a carvão e a gás natural, cuja geração cresceu 3%.|
Fonte: http://dn.sapo.pt/2008/08/17/economia/p ... ade_j.html
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