Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000011Governo limita aumentos na luz
O Governo vai limitar a subida de preços da electricidade no próximo ano. A decisão do Executivo antecipa-se assim às queixas da EDP sobre o défice tarifário, razão pela qual a energética – que apresentou lucros recorde – se preparava para aumentar os preços da luz durante os próximos dez anos.
O Conselho de Ministros aprovou esta semana o diploma que limita a actualização real dos preços da electricidade nos anos afectados por 'factores excepcionais' e que se aplica a 2009. Este será o segundo ano consecutivo em que o Governo decide limitar a subida dos preços, depois do efeito da decisão de 2007 se ter esgotado.
A EDP arrecadou mais de 700 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, mas é exactamente neste momento que a energética decide vir a público queixar-se do défice tarifário de 600 milhões e preparava-se para equilibrar as contas com aumentos na factura dos consumidores. Este défice, que cresceu 479 milhões no primeiro semestre, traduz a diferença entre os proveitos e as tarifas fixadas pelo regulador e o real custo da produção.
No ano passado, a ERSE (Entidade Reguladora do Sector Energético) propôs um aumento nas tarifas na ordem dos 15% para compensar os aumentos nos preços dos combustíveis, o que não mereceu o aval do Governo, que fixou um aumento de 6%. Para 2009, se o ritmo de crescimento dos preços da energia no mercado internacional se reflectisse totalmente nas tarifas, o aumento dos preços seria superior aos 30%, o que Governo quer impedir.
A decisão, no entanto, não reúne consenso. O constitucionalista Vital Moreira considera que se está a empurrar a factura para a frente e que 'os próprios consumidores acabarão por pagar mais tarde, com juros'. Vital Moreira defende a abolição da tarifa e a liberalização dos preços logo que possível, confiante na 'verdadeira concorrência na oferta', que está a ser criada.
Energética queixa-se de défice tarifário de 600 milhões
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Re: Energética queixa-se de défice tarifário de 600 milhões
é com atitudes assim que mais dia menos dia quando houver uma maneira de um concorrente à edp conseguir entrar a 100% no mercado português, acho que vai tudo de mudar.
Os lucros da edp é superior à soma dos lucros (ou nem tanto) dos maiores bancos privados portugueses e ainda se queixam?
Os lucros da edp é superior à soma dos lucros (ou nem tanto) dos maiores bancos privados portugueses e ainda se queixam?
admin Escreveu:Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... 0000000011Governo limita aumentos na luz
O Governo vai limitar a subida de preços da electricidade no próximo ano. A decisão do Executivo antecipa-se assim às queixas da EDP sobre o défice tarifário, razão pela qual a energética – que apresentou lucros recorde – se preparava para aumentar os preços da luz durante os próximos dez anos.
O Conselho de Ministros aprovou esta semana o diploma que limita a actualização real dos preços da electricidade nos anos afectados por 'factores excepcionais' e que se aplica a 2009. Este será o segundo ano consecutivo em que o Governo decide limitar a subida dos preços, depois do efeito da decisão de 2007 se ter esgotado.
A EDP arrecadou mais de 700 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, mas é exactamente neste momento que a energética decide vir a público queixar-se do défice tarifário de 600 milhões e preparava-se para equilibrar as contas com aumentos na factura dos consumidores. Este défice, que cresceu 479 milhões no primeiro semestre, traduz a diferença entre os proveitos e as tarifas fixadas pelo regulador e o real custo da produção.
No ano passado, a ERSE (Entidade Reguladora do Sector Energético) propôs um aumento nas tarifas na ordem dos 15% para compensar os aumentos nos preços dos combustíveis, o que não mereceu o aval do Governo, que fixou um aumento de 6%. Para 2009, se o ritmo de crescimento dos preços da energia no mercado internacional se reflectisse totalmente nas tarifas, o aumento dos preços seria superior aos 30%, o que Governo quer impedir.
A decisão, no entanto, não reúne consenso. O constitucionalista Vital Moreira considera que se está a empurrar a factura para a frente e que 'os próprios consumidores acabarão por pagar mais tarde, com juros'. Vital Moreira defende a abolição da tarifa e a liberalização dos preços logo que possível, confiante na 'verdadeira concorrência na oferta', que está a ser criada.