Estou envolvido numa empreitada em que o projeto define, e bem, que os equipamentos de segurança são alimentados por um transformador de isolamento - Regime IT.
Os ramais são trifásicos com neutro e alimentam várias cargas monofásicas.
Os disjuntores e cabos foram projetados de forma a respeitar os respetivos comprimentos máximos protegidos.
Entendo que o projeto está correto mas considera no início do ramal, disjuntores mas também interrutores diferenciais residuais do tipo AC, 300 mA:
Questionei o projetista que informou que, apesar do regime IT, sentia-se mais seguro com os IDRs.
O transformador de isolamento tem o neutro completamente isolado da terra, sem qualquer impedância.
O neutro é distribuído e a instalação não é grande, com todas as massas interligadas por um cabo de equipotencialização, ligado ao mesmo elétrodo de terra.
Neste caso, e assumindo um primeiro e segundo defeitos fase-massa em dois equipamentos diferentes, teremos um curto-circuito bifásico.
A corrente de curto-circuito circula pelos condutores das duas fases e pelo cabo de equipotencialização entre os dois equipamentos.
O Interruptor diferencial D1 deteta o 2º defeito?
No forum verifico que os IDRs são apresentados como solução quando os equipamentos em regime IT são ligado a elétrodos de terra diferentes.
Mas julgava que as RTIEBT impõem que as massas dos equipamentos sejam equipotencializadas e ligadas ao mesmo elétrodo de terra.
O projetista terá razão na sua justificação para incluir IDRs?
Onde estou a falhar?
Agradeço, desde já, a vossa ajuda.
Cumprimentos.
Carlos Melim
