Corte geral QGBT
Corte geral QGBT
Boa tarde,
No projeto de um PTC com paralelo de dois transformadores (cada um com o seu disjuntor BT) ligados ao QGBT, será obrigatória a existência da ligação da chegada desses transformadores a um corte geral do QGBT, e depois existirem disjuntores para diferentes cargas? Ou poderão ficar ligados esses dois disjuntores na entrada do QGBT, e depois existirem diversos disjuntores de saída para as cargas existentes?
Cumprimentos e obrigado por antecipação a quem puder ajudar.
No projeto de um PTC com paralelo de dois transformadores (cada um com o seu disjuntor BT) ligados ao QGBT, será obrigatória a existência da ligação da chegada desses transformadores a um corte geral do QGBT, e depois existirem disjuntores para diferentes cargas? Ou poderão ficar ligados esses dois disjuntores na entrada do QGBT, e depois existirem diversos disjuntores de saída para as cargas existentes?
Cumprimentos e obrigado por antecipação a quem puder ajudar.
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- Velha Guarda
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Re: Corte geral QGBT
Depende da ICC do quadro. Pode ser vantajoso colocar um interbarras, em que cda trafo alimenta um barramento. Depois existe duas chaves para três disjuntores ( Disj Trf 1, Disj Trf 2, Interbarras)monkey Escreveu: 23 out 2020, 18:26 Boa tarde,
No projeto de um PTC com paralelo de dois transformadores (cada um com o seu disjuntor BT) ligados ao QGBT, será obrigatória a existência da ligação da chegada desses transformadores a um corte geral do QGBT, e depois existirem disjuntores para diferentes cargas? Ou poderão ficar ligados esses dois disjuntores na entrada do QGBT, e depois existirem diversos disjuntores de saída para as cargas existentes?
Cumprimentos e obrigado por antecipação a quem puder ajudar.
Re: Corte geral QGBT
Boa tarde,
Ohmico e migjac agradeço as vossas respostas. Os dois transformadores terão de funcionar obrigatoriamente em paralelo. A minha questão é que neste nível de potência o quadro é "bem encorpado" tendo em conta as correntes nominais e de Icc e estou com dificuldade em colocar lá tudo no espaço disponível.
A minha dúvida seria se seria algo como a opção A em anexo (sem interruptor geral) ou B (com interruptor geral). Mas pela resposta do óhmico teria de ser a B será isso?
Para a opção A ser "viável" só via uma hipótese de meter uma botoneira no quadro ligada a bobinex MX dos disjuntores de chegada para se fosse necessário fazer o corte geral atuava-se a botoneira, mas receio estar a "inventar". A solução com o interruptor também me parece a mais adequada, é mesmo problema do espaço.
Ohmico e migjac agradeço as vossas respostas. Os dois transformadores terão de funcionar obrigatoriamente em paralelo. A minha questão é que neste nível de potência o quadro é "bem encorpado" tendo em conta as correntes nominais e de Icc e estou com dificuldade em colocar lá tudo no espaço disponível.
A minha dúvida seria se seria algo como a opção A em anexo (sem interruptor geral) ou B (com interruptor geral). Mas pela resposta do óhmico teria de ser a B será isso?
Para a opção A ser "viável" só via uma hipótese de meter uma botoneira no quadro ligada a bobinex MX dos disjuntores de chegada para se fosse necessário fazer o corte geral atuava-se a botoneira, mas receio estar a "inventar". A solução com o interruptor também me parece a mais adequada, é mesmo problema do espaço.
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Re: Corte geral QGBT
Boas,
sem dúvida que a opção correcta é a opção B.
Não faço ideia como se resolve actualmente a questão da separação dos transformadores na BT, isto é, devia haver uma separação visível na ligação da BT ao barramento do paralelo. Antes, isso era executado com barras de abertura manual entre o secundário do TR e o barramento do paralelo, que funcionavam como seccionador, uma vez que os disjuntores não tinham corte visível.
Deve haver por aí alguém que saiba mais sobre o assunto, talvez o Faiante possa acrescentar algo.
sem dúvida que a opção correcta é a opção B.
Não faço ideia como se resolve actualmente a questão da separação dos transformadores na BT, isto é, devia haver uma separação visível na ligação da BT ao barramento do paralelo. Antes, isso era executado com barras de abertura manual entre o secundário do TR e o barramento do paralelo, que funcionavam como seccionador, uma vez que os disjuntores não tinham corte visível.
Deve haver por aí alguém que saiba mais sobre o assunto, talvez o Faiante possa acrescentar algo.
Re: Corte geral QGBT
Para mim deveria haver interbarras, mesmo que seja numa estrutura à parte, não tem que ser no mesmo quadro. No entanto é possível haver duas entradas desde que ao desligar uma desligue as duas. Para além disso, penso não ser obrigatório, mas deveria existir encravamento entre a média e a baixa em cada um dos transformadores. Isto para não ser possível desligar a média ficando o transformador alimentado pelo lado da baixa.
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Re: Corte geral QGBT
Boas,mpinto Escreveu: 27 out 2020, 12:44 Para mim deveria haver interbarras, mesmo que seja numa estrutura à parte, não tem que ser no mesmo quadro. No entanto é possível haver duas entradas desde que ao desligar uma desligue as duas. Para além disso, penso não ser obrigatório, mas deveria existir encravamento entre a média e a baixa em cada um dos transformadores. Isto para não ser possível desligar a média ficando o transformador alimentado pelo lado da baixa.
estou a admitir que ninguém vai fazer um paralelo de transformadores de 100KVA.
Aquilo a chamou inter-barras tem mesmo de existir e pode ser no mesmo quadro, mas tem de ser em cela separada.
Quando diz: No entanto é possível haver duas entradas desde que ao desligar uma desligue as duas
Como procedia em caso de avaria de um dos disjuntores de BT, parava a instalação toda?
Ohmico
Re: Corte geral QGBT
ohmico Escreveu: 27 out 2020, 16:12Boas,mpinto Escreveu: 27 out 2020, 12:44 Para mim deveria haver interbarras, mesmo que seja numa estrutura à parte, não tem que ser no mesmo quadro. No entanto é possível haver duas entradas desde que ao desligar uma desligue as duas. Para além disso, penso não ser obrigatório, mas deveria existir encravamento entre a média e a baixa em cada um dos transformadores. Isto para não ser possível desligar a média ficando o transformador alimentado pelo lado da baixa.
estou a admitir que ninguém vai fazer um paralelo de transformadores de 100KVA.
Aquilo a chamou inter-barras tem mesmo de existir e pode ser no mesmo quadro, mas tem de ser em cela separada. Acho que foi isso que eu disse
Quando diz: No entanto é possível haver duas entradas desde que ao desligar uma desligue as duas
Como procedia em caso de avaria de um dos disjuntores de BT, parava a instalação toda? Tem toda a razão, referia-me ao corte de emergência
Ohmico
Re: Corte geral QGBT
Amigo "ohmico"
O meu obrigado por se lembrar de mim.
Relativamente à questão colocada, devo dizer-lhe que já vi de tudo. O mais grave de tudo, foram instalações aprovadas pela DGEG.
Inclusive chamei a atenção para uma incorreção existente no barramento de média tensão, sendo-me dito pelo eng. da DGEG, para não
me preocupar, pois os donos do PTC tinham muito dinheiro para gastar, caso dali resultasse avaria.
Cptos
JAG
O meu obrigado por se lembrar de mim.
Relativamente à questão colocada, devo dizer-lhe que já vi de tudo. O mais grave de tudo, foram instalações aprovadas pela DGEG.
Inclusive chamei a atenção para uma incorreção existente no barramento de média tensão, sendo-me dito pelo eng. da DGEG, para não
me preocupar, pois os donos do PTC tinham muito dinheiro para gastar, caso dali resultasse avaria.
Cptos
JAG
Re: Corte geral QGBT
Muito boa noite amigo "ohmico"
Peço desculpa por há pouco não ter concluído o pedido que me solicitou, pelo que o estou a fazer neste momento.
Passemos então aos factos em concreto:
1º - A minha experiência sobre o assunto não me permite emitir qualquer resposta positiva ao assunto solicitado pelo colega " monkey".
Contudo, apenas poderei dizer que quanto à média tensão, nalguns posto de corte enquanto numa subestação, existe a meio do
barramento de distribuição, um disjuntor que interliga os dois semi-barramentos, sempre que os dois transformadores estejam
a funcionar em simultâneo.
2º- Quanto à questão da baixa tensão, o equipamento a montar passará pela colocação de:
a) Média tensão Fusíveis adequados a sobrecargas e curto-circuitos.
b) Baixa tensão - Disjuntor ou interruptor com poder de corte adequado às intensidades estipuladas dos dois transformadores, isto
é, deverá possuir um Icc adequado ao curto-circuito, proveniente das intensidades estipuladas dos dois transformadores
Esta situação está bem descrita nas regras técnicas de baixa tensão.
3º- Caso opte por outro meio de abertura que não o mencionado neste post, poderá sempre colocar no disjuntor ou no interruptor, um
contacto seco (contacto de abertura NA) nestes equipamentos de tensão reduzida de segurança. E, ai já efectua abertura do
equipamento à distância, sem estar fisicamente presente.
Cptos
JAG
Peço desculpa por há pouco não ter concluído o pedido que me solicitou, pelo que o estou a fazer neste momento.
Passemos então aos factos em concreto:
1º - A minha experiência sobre o assunto não me permite emitir qualquer resposta positiva ao assunto solicitado pelo colega " monkey".
Contudo, apenas poderei dizer que quanto à média tensão, nalguns posto de corte enquanto numa subestação, existe a meio do
barramento de distribuição, um disjuntor que interliga os dois semi-barramentos, sempre que os dois transformadores estejam
a funcionar em simultâneo.
2º- Quanto à questão da baixa tensão, o equipamento a montar passará pela colocação de:
a) Média tensão Fusíveis adequados a sobrecargas e curto-circuitos.
b) Baixa tensão - Disjuntor ou interruptor com poder de corte adequado às intensidades estipuladas dos dois transformadores, isto
é, deverá possuir um Icc adequado ao curto-circuito, proveniente das intensidades estipuladas dos dois transformadores
Esta situação está bem descrita nas regras técnicas de baixa tensão.
3º- Caso opte por outro meio de abertura que não o mencionado neste post, poderá sempre colocar no disjuntor ou no interruptor, um
contacto seco (contacto de abertura NA) nestes equipamentos de tensão reduzida de segurança. E, ai já efectua abertura do
equipamento à distância, sem estar fisicamente presente.
Cptos
JAG