Protecção contra curto-circuitos
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Protecção contra curto-circuitos
Boa noite a todos.
Nunca fiz projectos e neste momento tenho um entre mão, onde tenho uma questão que não sei responder para já, por isso peço ajuda aos colegas com mais experiência nestas questões.
Como calculo as correntes de curto-circuito (máximas e mínimas) dos meus circuitos, quando a ligação à rede é feita em BT? A minha primeira impressão é que deve ser feita a partir da distância que tenho ao PT mais próximo, "estimando" uma secção para o cabo do ramal e despresando a impedância do transformador e da linha de média, mas não tenho bem a certeza se será a maneira mais correcta. Isto tudo não é um grande problema, se não fosse o caso de ter circuitos bastante longos e de ter correntes de curto-circuito mínimas bastante pequenas esendo assim ter que usar alguns disjuntores de curva B, ou aumentar bastante as secções. Se fizer da forma que digo, também vou ter correntes de curto-circuito máximas relativamente baixas, o que ajuda no PdC dos disjuntores (mas será que está correcto?).
Será que é esta a melhor forma de fazer, ou haverá formas melhores. A questão do cálculo das correntes de curto-circito já foi bastante debatida no fórum, mas depois de fazer muitas leituras, não chego a nenhuma conclusão concreta.
Nunca fiz projectos e neste momento tenho um entre mão, onde tenho uma questão que não sei responder para já, por isso peço ajuda aos colegas com mais experiência nestas questões.
Como calculo as correntes de curto-circuito (máximas e mínimas) dos meus circuitos, quando a ligação à rede é feita em BT? A minha primeira impressão é que deve ser feita a partir da distância que tenho ao PT mais próximo, "estimando" uma secção para o cabo do ramal e despresando a impedância do transformador e da linha de média, mas não tenho bem a certeza se será a maneira mais correcta. Isto tudo não é um grande problema, se não fosse o caso de ter circuitos bastante longos e de ter correntes de curto-circuito mínimas bastante pequenas esendo assim ter que usar alguns disjuntores de curva B, ou aumentar bastante as secções. Se fizer da forma que digo, também vou ter correntes de curto-circuito máximas relativamente baixas, o que ajuda no PdC dos disjuntores (mas será que está correcto?).
Será que é esta a melhor forma de fazer, ou haverá formas melhores. A questão do cálculo das correntes de curto-circito já foi bastante debatida no fórum, mas depois de fazer muitas leituras, não chego a nenhuma conclusão concreta.
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Caro "luissilva78",
Tendo consciência de que não sou dos "colegas com mais experiência nestas questões", deixo abaixo uma modesta colaboração:
Bases regulamentares para cálculo ICC máxima.
Cumprimentos.
Tendo consciência de que não sou dos "colegas com mais experiência nestas questões", deixo abaixo uma modesta colaboração:
Bases regulamentares para cálculo ICC máxima.
Cumprimentos.
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Re: Protecção contra curto-circuitos
É uma ajuda. É isso que eu estou a fazer, mas sem considerar o transformador e a rede de média. No texto é referido explicitamente que essa situação é válida para uma linha subterrânea, que não é o caso.
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Não há nenhum projectista com mais experiência que me consiga dar uma dica? A sério?




Re: Protecção contra curto-circuitos
Bom dia meu caro "luisilva78"
Pelos vistos ninguém se chega à frente, prezado amigo.
Se o amigo continua com algumas dúvidas, basta que o solicite, estarei aqui para o ajudar!
Pode procurar noutros posts colocados e vai encontrar excelentes explicações em especial do eng. João Osvaldo.
Que tudo diz acerca dessa matéria.
Cptos
JAG
Pelos vistos ninguém se chega à frente, prezado amigo.
Se o amigo continua com algumas dúvidas, basta que o solicite, estarei aqui para o ajudar!
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Cptos
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Caro "Faiante",
Normalmente, antes de colocar uma questão, faço várias pesquisas para tentar encontrar a solução. Neste caso não encontrei nada parecido, sendo assim coloquei a questão (pode até ser que não tenha utilizado os termos certos para pesquisar, mas o que é certo é que não encontrei o que queria).
O que aparece em outros post, é o cálculo para o caso de instalações em MT, em que o projectista tem acesso a todos os dados do PT, e da rede de MT para realizar os cálculos. Aqui a questão que eu coloco é diferente e é para o caso de rede em BT. Como não se sabe qual é a potência o transformador do PT e não se sabem os valores de potencia de curto-circuito da linha de média, não se conseguem calcular as correntes de curto-circuito. Também pode nem se saber a distância até ao PT (para se poder calcular o comprimento do cábo e respectiva resistência).
Sendo assim, a minha questão era no sentido de perceber o que os colegas com mais experiência fazem. Se pedem os valores necessários para os cálculos à EDPD (e se estes são fornecidos), ou se existe algum método espedito de simplificar o cálculo.
Estou farto de dar voltas e não encontro resposta. O pior é que nem aqui há ninguém que dê uma dica. A infeliz conclusão a que eu chego é que deve haver muito projecto por aí em que estas questões não são verificadas e portanto muitas instalações mal dimensionadas e possivelmente em perigo.
Normalmente, antes de colocar uma questão, faço várias pesquisas para tentar encontrar a solução. Neste caso não encontrei nada parecido, sendo assim coloquei a questão (pode até ser que não tenha utilizado os termos certos para pesquisar, mas o que é certo é que não encontrei o que queria).
O que aparece em outros post, é o cálculo para o caso de instalações em MT, em que o projectista tem acesso a todos os dados do PT, e da rede de MT para realizar os cálculos. Aqui a questão que eu coloco é diferente e é para o caso de rede em BT. Como não se sabe qual é a potência o transformador do PT e não se sabem os valores de potencia de curto-circuito da linha de média, não se conseguem calcular as correntes de curto-circuito. Também pode nem se saber a distância até ao PT (para se poder calcular o comprimento do cábo e respectiva resistência).
Sendo assim, a minha questão era no sentido de perceber o que os colegas com mais experiência fazem. Se pedem os valores necessários para os cálculos à EDPD (e se estes são fornecidos), ou se existe algum método espedito de simplificar o cálculo.
Estou farto de dar voltas e não encontro resposta. O pior é que nem aqui há ninguém que dê uma dica. A infeliz conclusão a que eu chego é que deve haver muito projecto por aí em que estas questões não são verificadas e portanto muitas instalações mal dimensionadas e possivelmente em perigo.
- nelmindo
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Re: Protecção contra curto-circuitos
7.2.3 Rede de distribuição em BT:luisilva78 Escreveu: 21 jun 2020, 12:55 Caro "Faiante",
Normalmente, antes de colocar uma questão, faço várias pesquisas para tentar encontrar a solução. Neste caso não encontrei nada parecido, sendo assim coloquei a questão (pode até ser que não tenha utilizado os termos certos para pesquisar, mas o que é certo é que não encontrei o que queria).
O que aparece em outros post, é o cálculo para o caso de instalações em MT, em que o projectista tem acesso a todos os dados do PT, e da rede de MT para realizar os cálculos. Aqui a questão que eu coloco é diferente e é para o caso de rede em BT. Como não se sabe qual é a potência o transformador do PT e não se sabem os valores de potencia de curto-circuito da linha de média, não se conseguem calcular as correntes de curto-circuito. Também pode nem se saber a distância até ao PT (para se poder calcular o comprimento do cábo e respectiva resistência).
Sendo assim, a minha questão era no sentido de perceber o que os colegas com mais experiência fazem. Se pedem os valores necessários para os cálculos à EDPD (e se estes são fornecidos), ou se existe algum método espedito de simplificar o cálculo.
Estou farto de dar voltas e não encontro resposta. O pior é que nem aqui há ninguém que dê uma dica. A infeliz conclusão a que eu chego é que deve haver muito projecto por aí em que estas questões não são verificadas e portanto muitas instalações mal dimensionadas e possivelmente em perigo.
7.2.3.1.1 Amplitude
Os equipamentos na rede de distribuição em BT recomendam-se ser dimensionados para a situação mais grave em termos de corrente curto-circuito, uma vez que estes em qualquer momento podem ser parte integrante de numa rede alimentada por PT de 630 kVA. Assim, seguindo este princípio a corrente de curto-circuito é de 25 kA, de acordo com o quadro 20 (secção 7.2.2.1.1) do presente documento.
Até 100 kVA: 4 kA
Até 250 kVA: 10 kA
Até 630 kVA: 25 kA
https://www.edpdistribuicao.pt/sites/ed ... 10-001.pdf
Mas em tempos havia um documento onde esse valor era apresentado por freguesia, salvo erro.
- Anexos
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- D00-C10-001.pdf
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Nelmindo,
Esta informação pode ser útil para redes de distribuição, mas para "instalações de utilização" é mais relativo.
No caso específico que deu origem à minha questão a situação está controlada, porque entretando já sei qual vai ser o PT de onde a instalação vai ser alimentada e qual vai ser a secção e comprimento do cabo que vai alimentar a instalação, assim consigo fazer os cálculos com mais segurança.
De qualquer forma a questão continua no ar. Como saber (ou calcular) as correntes de curto-circito máxima e mínima em instalações de utiilização alimentadas em BT?
Esta informação pode ser útil para redes de distribuição, mas para "instalações de utilização" é mais relativo.
No caso específico que deu origem à minha questão a situação está controlada, porque entretando já sei qual vai ser o PT de onde a instalação vai ser alimentada e qual vai ser a secção e comprimento do cabo que vai alimentar a instalação, assim consigo fazer os cálculos com mais segurança.
De qualquer forma a questão continua no ar. Como saber (ou calcular) as correntes de curto-circito máxima e mínima em instalações de utiilização alimentadas em BT?
- angel_of_diablo
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Olá "luisilva78".luisilva78 Escreveu: 21 jun 2020, 14:54 Nelmindo,
Esta informação pode ser útil para redes de distribuição, mas para "instalações de utilização" é mais relativo.
No caso específico que deu origem à minha questão a situação está controlada, porque entretando já sei qual vai ser o PT de onde a instalação vai ser alimentada e qual vai ser a secção e comprimento do cabo que vai alimentar a instalação, assim consigo fazer os cálculos com mais segurança.
De qualquer forma a questão continua no ar. Como saber (ou calcular) as correntes de curto-circito máxima e mínima em instalações de utiilização alimentadas em BT?
Eu costumo fazer os cálculos do Icc max e Icc min com base na única documentação técnica que encontrei, que em Inglês é fornecido pela Legrand e em Português por um livro que comprei.
Deixo abaixo o anexo da Legrand (penso já ter sido aqui partilhada), sendo as páginas 48 a 58 o que procura.
O livro é o "Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Dimensionamento e Proteção de Canalizações Elétricas da ENGEBOOK
Eu tenho a 1ª edição, o link é da 2ª edição.
Relativamente aos dados da média tensão (considero PT público de 630 kVA, ucc (%) do transformador vou ver na Efacec e Scc max e min (MVA) da Média Tensão vou ver no website da EDP).
Webistes:
Livro em Português: https://www.booki.pt/loja/prod/instalac ... 898927620/
Rede de Alta/Média Tensão: https://edp-distribuicao-rede.wntech.com
Folhetos:
Legrand: Efacec: Espero ter ajudado.
"Nós somos todos ignorantes, mas em diferentes áreas".
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Obrigado " angel_of_diablo", muito bom post!
O manual da Legrand já conhecia, mas o resto não. O livro em português à primeira vista deixa-me dúvidas, porque tem muitos conteúdos em poucas páginas. Os livros da Publindústria também me deixam algumas dúvidas.
De qualquer forma continua uma dúvida, como é que se sabe a secção e comprimento do cabo que vai do QGBT à Portinhola numa instalação abastecida em BT? Porque para realizar o cálculo é indispensável conhecer esses dados. A EDPD fornece esses valores sem problema? Fazendo o pedido de viabilidade esses dados são fornecidos? Se a EDPD sabe isso também sabe a Iccmax e Iccmin, até porque sabe qual é o transformador que tem no local.
O manual da Legrand já conhecia, mas o resto não. O livro em português à primeira vista deixa-me dúvidas, porque tem muitos conteúdos em poucas páginas. Os livros da Publindústria também me deixam algumas dúvidas.
De qualquer forma continua uma dúvida, como é que se sabe a secção e comprimento do cabo que vai do QGBT à Portinhola numa instalação abastecida em BT? Porque para realizar o cálculo é indispensável conhecer esses dados. A EDPD fornece esses valores sem problema? Fazendo o pedido de viabilidade esses dados são fornecidos? Se a EDPD sabe isso também sabe a Iccmax e Iccmin, até porque sabe qual é o transformador que tem no local.
- angel_of_diablo
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Re: Protecção contra curto-circuitos
DIT-C14-100N:luisilva78 Escreveu: 21 jun 2020, 20:14 Obrigado " angel_of_diablo", muito bom post!
O manual da Legrand já conhecia, mas o resto não. O livro em português à primeira vista deixa-me dúvidas, porque tem muitos conteúdos em poucas páginas. Os livros da Publindústria também me deixam algumas dúvidas.
A minha edição, 1ª, está muito boa, tem toda a parte do PDF da Legrand mais explicita e em português. Foi graças a este livro, e com o PDF da Legrand, que consegui complementar as minhas tabelas de cálulos.
De qualquer forma continua uma dúvida, como é que se sabe a secção e comprimento do cabo que vai do QGBT à Portinhola numa instalação abastecida em BT? Porque para realizar o cálculo é indispensável conhecer esses dados.
Essa informação está explicita na DIT-C14-100N da EDP. Não conhece?A EDPD fornece esses valores sem problema? Fazendo o pedido de viabilidade esses dados são fornecidos? Se a EDPD sabe isso também sabe a Iccmax e Iccmin, até porque sabe qual é o transformador que tem no local. Numa ligação em BT, os pedidos de viabilidade não contemplam essa informação. Nos de média tem o poder de corte de média ou a Potência de Curto-Circuito máxima da rede.
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Sim, já conhecia esse documento da EDPD. É útil se o ramal for de uso exclusivo desde o PT até à portinhola, caso contrário como se sabe qual é a secção do cabo? Como se sabe quantas instalações estão penduradas no mesmo cabo (para se tentar estimar a secção do cabo)? Como disse num dos primeiros post se a distância até ao PT for grande até se pode despresar a impedância do transformador e da linha de média, mas se não se souber com exactidão qual é a secção do cabo, nada feito.
Re: Protecção contra curto-circuitos
Boa tarde meu caro "nelmindo "
A questão por si colocada referente às intensidades de curto-circuito, apenas, podem e devem servir para cálculos de Icc no próprio PT.
Todavia, existem expressões que nos dão a Icc máxima e mínima nas instalações eléctricas.
Essa tabela EDP, mais não serve senão para os próprios, mas, só para cálculo da Icc no próprio PT. Para o cálculo das redes aérea/subterrânea e
com armários de distribuição, os valores serão completamente diferentes dos postados na tabela 20.
Para o cálculo do Icc mínimo a expressão a utilizar é a expressão que se encontra regulamentada nas RTIEBT.
Já para o cálculo da Icc máxima a situação será diferente, podendo optar por caminhos (expressões ou fórmulas) distintas.
Cptos
JAG
A questão por si colocada referente às intensidades de curto-circuito, apenas, podem e devem servir para cálculos de Icc no próprio PT.
Todavia, existem expressões que nos dão a Icc máxima e mínima nas instalações eléctricas.
Essa tabela EDP, mais não serve senão para os próprios, mas, só para cálculo da Icc no próprio PT. Para o cálculo das redes aérea/subterrânea e
com armários de distribuição, os valores serão completamente diferentes dos postados na tabela 20.
Para o cálculo do Icc mínimo a expressão a utilizar é a expressão que se encontra regulamentada nas RTIEBT.
Já para o cálculo da Icc máxima a situação será diferente, podendo optar por caminhos (expressões ou fórmulas) distintas.
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Re: Protecção contra curto-circuitos
Em minha opinião quando não se consegue obter informações do distribuidor devemos calcular a instalação para a pior das situações conforme indicado nas RTIEBT.
803.2.4 Parâmetros de cálculo
803.2.4.1 Correntes de curto-circuito
803.2.4.1.1 Para o cálculo das correntes de curto-circuito nas instalações colectivas e entradas, o distribuidor deve fornecer, a pedido do proprietário da instalação, do projectista ou do instalador, as características da alimentação.
Nota: Os valores a considerar no cálculo das correntes de curto-circuito máximas são valores convencionais que devem prever as possibilidades de evolução da rede e devem basear-se na potência máxima possível do transformador, na tensão de curto-circuito correspondente e nos comprimentos e nas secções das canalizações da rede de distribuição que alimenta o edifício. Na ausência de dados mais concretos, podem ser adoptados, para redes subterrâneas, os valores seguintes:
a) potência do transformador - 630 kVA;
b) tensão de curto-circuito - 4 % (em 10 kV ou em 15 kV) ou 5 % (em 30 kV);
c) secção do cabo da rede de distribuição - 185 mm2 de alumínio;
d) comprimento do cabo da rede de distribuição - 20m.
Para o cálculo das correntes de curto-circuito mínimas devem-se ter em conta as características reais da instalação no momento da sua concepção.
803.2.4 Parâmetros de cálculo
803.2.4.1 Correntes de curto-circuito
803.2.4.1.1 Para o cálculo das correntes de curto-circuito nas instalações colectivas e entradas, o distribuidor deve fornecer, a pedido do proprietário da instalação, do projectista ou do instalador, as características da alimentação.
Nota: Os valores a considerar no cálculo das correntes de curto-circuito máximas são valores convencionais que devem prever as possibilidades de evolução da rede e devem basear-se na potência máxima possível do transformador, na tensão de curto-circuito correspondente e nos comprimentos e nas secções das canalizações da rede de distribuição que alimenta o edifício. Na ausência de dados mais concretos, podem ser adoptados, para redes subterrâneas, os valores seguintes:
a) potência do transformador - 630 kVA;
b) tensão de curto-circuito - 4 % (em 10 kV ou em 15 kV) ou 5 % (em 30 kV);
c) secção do cabo da rede de distribuição - 185 mm2 de alumínio;
d) comprimento do cabo da rede de distribuição - 20m.
Para o cálculo das correntes de curto-circuito mínimas devem-se ter em conta as características reais da instalação no momento da sua concepção.
Projectista de Instalações Elétricas, Telecomunicações e Segurança Eletrónica
- angel_of_diablo
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Re: Protecção contra curto-circuitos
É preciso ter cuidado com estes valores dados pelas RTIEBT, pois podemos cair no exagero.amoreira Escreveu: 24 jun 2020, 15:10 Em minha opinião quando não se consegue obter informações do distribuidor devemos calcular a instalação para a pior das situações conforme indicado nas RTIEBT.
803.2.4 Parâmetros de cálculo
803.2.4.1 Correntes de curto-circuito
803.2.4.1.1 Para o cálculo das correntes de curto-circuito nas instalações colectivas e entradas, o distribuidor deve fornecer, a pedido do proprietário da instalação, do projectista ou do instalador, as características da alimentação.
Nota: Os valores a considerar no cálculo das correntes de curto-circuito máximas são valores convencionais que devem prever as possibilidades de evolução da rede e devem basear-se na potência máxima possível do transformador, na tensão de curto-circuito correspondente e nos comprimentos e nas secções das canalizações da rede de distribuição que alimenta o edifício. Na ausência de dados mais concretos, podem ser adoptados, para redes subterrâneas, os valores seguintes:
a) potência do transformador - 630 kVA;
b) tensão de curto-circuito - 4 % (em 10 kV ou em 15 kV) ou 5 % (em 30 kV);
c) secção do cabo da rede de distribuição - 185 mm2 de alumínio;
d) comprimento do cabo da rede de distribuição - 20m.
Para o cálculo das correntes de curto-circuito mínimas devem-se ter em conta as características reais da instalação no momento da sua concepção.
Para potências baixas até pode-se não notar, mas para potências altas (por exemplo edifícios coletivos de habitação), considerar que o edifício está a 20 m do PT, pode implicar ter Pdc nos quadros de habitação elevados, quando na realidade 3kA chegavam (mero exemplo).
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(angel_of_diablo)
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