Profissões versus engenharia electrotécnica!

[orçamentista]

Há profissões que são exercidas com autonomia e numa lógia de concepção, crítica e implementação, assentes na observância das regras técnicas, deontológicas e regulamentares.
Exemplo disso, temos profissões tão distintas como a medicina, a advocacia, o notariadao, etc. Como todos nós sabemos no nosso quotidiano, quantas vezes já procuramos o serviço de um médico ou de um advogado ou até um notário!
Esses serviços são prestados por profissionais qualificados, inseridos no controlo de uma entidade profissional, na qual estão inscritos e para o efeito lhes foi conferido o título e a cédula profissional.
No país em que vivemos e trabalhamos há uma profissão que contraria toda esta lógica, a saber: engenharia electrotécnica.
Como é possível profissionais acreditados a nível académico e profissional serem tutelados nas suas funções por uma entidade única, sem concorrência e actuando numa lógica centralista? Obviamente que me referiro à Certiel, essa entidade que controla a actividade assente na burocracia e orientada para receitas financeiras, onde não se conhecem pessoas e rostos, sendo a maioria das situações tratadas por telefone, quando disponível.
Na minha opinião, penso que é altura de um movimento cívico, que actue perante ordens profissionais (OE e ANET) no sentido de alterar os princípios legais que dão cobertura a esta instituição e que o exercício da profissão da engenharia electrotécnica ocorra como as demais!
Fica a sugestão para a análise!
Cumprimentos
JMFreitas

[nelmindo]

muitos pontos, opiniões diferentes.

1º lugar, a CERTIEL veio colocar uma bitola, neste mar de falta de profissionalismo ( não estou a defender a CERTIEL a 100%, eu já tive muitas obras reprovadas, um delas recentemente, porque numa peseudo loja, barraco nome correcto, 20m2, obrigaram-me a colocar dois disjuntores, para duas armaduras, argumentando que recebia publico, e de acordo com as novas regras técnicas, dupla protecção, quadro sem canhão de fechadura, interruptores de iluminação acessiveis ao publico, armadura de emergência sendo que nesta até concordo...)
2º lugar há profissões piores, veja-se a dos professores, que o governo faz-lhes a vida gato-sapado
3º lugar em relação às engenharias, só a de civil é que está +/- regulamentada, as de mecânica, quimica, geologia, informática e agrónima, meu deus!!! Por isso não nos podemos queixar
4º em relação à responsabilidade inerente, não posso comparar com a médica, mas está lá perto. Existe vidas e economia de um país em jogo, nunca esquecer!!!

e mais não digo
agora é só temas para debater, comentem e dêm a vossa opinião

[amfys]

Devo dizer que também estou a favor da existência da Certiel e da ordem que ela traz para um país que até há bem pouco tempo permitia algumas das maiores barbaridades em instalações eléctricas.
Mas por outro lado devo dizer que noto uma falta de atendimento personalizado por parte da Certiel, nem sempre é fácil marcar reuniões com esta entidade para tirar dúvidas em instalações + complexas. E não gosto muito telefonar para o apoio téncnico e ser atendido por telefone por alguém que nem me diz o seu nome e que me dá esclarecimentos(/opiniões) técnicas sem qualquer tipo de vínculo, ficando sujeito a reprovação do projecto na mesma.
Resumindo, Certiel SIM mas mais acessível.

PS: A melhor coisa que nos podia acontecer era acabar com análises de projectos por entidades como DRE'e e EDP's que são praticamente senhoras e rainhas e não prestam contas a ninguém, permitindo-se arrastar com processos meses e meses, ou até anos, sem qualquer tipo de justificação para tal. Já para não falar de termos que agradar a "gregos" e "troianos", sim porque um projecto aprovado numa DRE/EDP certamente não será aprovado pelas outras da mesma forma. Enfim, perdoem-me o desabafo mas só "nós por cá"

[jmacas]

Boas, Noites


Concordo que exista uma entidade reguladora, mas fico preocupado com o facto de não serem defendidos pelas OE e ANET e também a Certiel os interesses do Electrotécnicos, e estou-me a referir à obrigatorieadade dos projectos de instalações electricas para qualquer tipo de instalação independente da potência. Pois quando, é obrigatorio um projecto ITED, um projecto de águas e esgotos, acustica, etc. Pois para nós é necessário potencia >50KVA, não se compreende!
Gostava de saber a vossa opinião!

JMacas

[nelmindo]

concordo de deveria haver um projecto electrico qualquer tipo de instalação eléctrica

[Mário]

Boas

Se passa haver projecto para todas as instalações, creio que entramos em direitos de autor, e depois só se pode alterar ou substituir algo com autorização do autor, será assim ?

Cump.
Mário

[lmp]

Concordo que o projecto electrico seja obrigatório para qualquer instalação, pois a sua elaboração, presupõe um guia para a execução, facilitando a tarefa do instalador e a defesa dos interesses do dono de obra. e uma garantia de qualidade e de segurança.

Quanto aos direitos de autor, estes sempre estiveram garantidos, ninguém pode alterar projectos que não sejam da sua autoria, sem a autorização expressa e por escrito do autor, sob pena de procedimento judicial e de natureza deontológica.

Devemos exigir, junto das nossas associações profissionais, pois são essas que nos atribuem o título e permitem o exercício da profissão, que seja feita uma listagem de actos considerados de engenharia, os quais não sejam de acesso"público".

Queria ver um veterínário a execer a profissão de advogado ou um advogado a exercer medicina, e iamos ver o que acontecia.

A culpa da situação da engenharia electrotécnica, é dos próprios profissionais (eng e engtec), que andam a dormir e a chorar-se, nada fazendo para mudar a situação.

Lanço aqui um repto, para que mobilizem e apresentem na OE e ANET, medidas concretas e lutem por elas. Basta de fidelidade acrítica e mentalidade de escravo, abramos os olhos.

[nelmindo]

nem mais