O sector eólico em PORTUGAL

[joaoosvaldo]

O sector eólico em PORTUGAL e o Licenciamento de renováveis e perspectivas para o sector


O sector eólico em PORTUGAL
A potência eólica instalada no final de Junho de 2011 situava-se em 4 120 MW, distribuída por 213 parques, com um total de 2 161 aerogeradores ao longo de todo o território Continental, 36% da potência instalada situa-se em parques com potência igual ou inferior a 25 MW.

A produção, em 2010, situou-se nas 2 476 horas equivalentes por MW, valor substancialmente superior ao registado para 2009. Salienta-se que, para todos os distritos, foram ultrapassadas as 2 000 horas de produção equivalente.

Os distritos com maior potência instalada, em Junho de 2011, são Viseu, C.Branco, Coimbra, V.Real, V.do Castelo, Lisboa, Leiria, Guarda, Santarém e Braga (785, 526, 497, 487, 339, 313, 241, 221, 159 e 148 MW). Os distritos com maior recurso vento, em 2010, foram Santarém, Faro, Guarda, Bragança, Lisboa, Leiria, Beja, V.Real e C.Branco (2927, 2786, 2754, 2730, 2723, 2488, 2457, 2446 e 2437 horas equivalentes).


Licenciamento de renováveis e perspectivas para o sector
Até Junho de 2011 foram já licenciados ~12 734 MW de instalações electroprodutoras a partir de FER (+31% relativamente à potência instalada actualmente).

Em 2003 e 2004 registou-se um aumento muito significativo do licenciamento de parques eólicos (+800 MW/ano.)

Nos três anos seguintes foram licenciados 1 147 MW. Em 2008, 2009 e 2010 foram licenciados 410 MW, 509 MW e 320MW de potência eólica, respectivamente. No 1º semestre de 2011 não se registaram novos licenciamentos.

Até Junho de 2011, foram licenciados 4 549 MW de potência eólica, prevendo-se que até final de 2011 possam estar instalados 4 700 MW de potência eólica no sistema eléctrico nacional.

O total de potência licenciada renovável está concentrado no norte do país, essencialmente devido à localização das grandes hídricas e de um número significativo de parques eólicos. Os distritos de Lisboa, Leiria, Faro, Castelo Branco e Viseu apresentam uma forte componente eólica, superior a 50% da potência renovável desses distritos.

Fonte: ERSE

[projclvm]

Muita produção. A notícia deveria indicar os valores da redução (ou aumentos) da factura energética com recurso às energias renováveis, só assim se veria quais as vantagens e desvantagens da sua implementação (aõ querendo aqui referir a obrigação de determiandas metas).

[MrLDCas]

Muita produção. A notícia deveria indicar os valores da redução (ou aumentos) da factura energética com recurso às energias renováveis, só assim se veria quais as vantagens e desvantagens da sua implementação (aõ querendo aqui referir a obrigação de determiandas metas).

Exato. Assim fica a duvida de se vale a pena continuar a investir tanto no vento.

[parreirajoao]

Temos que investir, para cumprir as metas que nos comprometemos no protocolo de Kyoto e na UE.

Ou cumprimos, ou começamos a pagar em CO2 as toneladas a mais.

Não há outro caminho a não irmos pelas renováveis.

Em 2050, os 3000 GW de potência necessária para toda a Europa será de origem renovável.

[projclvm]

Não acredito que tal aconteça. Para mais atendendo aos tempos que correm e que se avizinham.

[joaoosvaldo]

Não acredito que tal aconteça. Para mais atendendo aos tempos que correm e que se avizinham.

Acho que ainda temos muito que investir nas renováveis não pode é ser nos tempos que correm porque o futuro do país parece-me negro por isso temos de ver o que será mesmo prioritário. Se calhar ainda vai haver gente a passar fome! Oxalá seja apenas eu a ser pessimista!

[parreirajoao]

Vêm o dinheiro que se gasta em toneladas de CO2?


http://www.publico.pt/Sociedade/poluica ... 09-1522396

[Tonik_]

Este artigo é muito pouco informativo.
O país pagou de facto este dinheiro? Não me parece.

"Para a maior parte dos poluentes, o que é avaliado é o custo do seu impacto na saúde - por causarem doenças, mortes ou reduzirem a esperança de vida -, no ambiente em geral (redução das colheitas agrícolas, por exemplo) e também no património edificado."

Como se contabiliza isto? De que adianta fazer um estudo e dizer que a poluição diminui a esperança média de vida em 2 meses, e depois? depois digo que cada mês vale 100 milhões de € e assim já tenho 200 milhões de euros...?

Concordo que se façam estes estudos e acho que de facto o investimento no sector eólico tem muitas vantagens para além do óbvio (e algumas desvantagens), mas estes estudos têm que tentar expor de forma clara e directa e custos (e não estou a falar só de €) de manter uma central termoeléctrica por exemplo. Não é só dizer que custou 2 mil milhões! Estes 2 mil milhões, de facto ninguém os vê e ninguém se preocupa com eles.

[parreirajoao]

Como é que se contabiliza?

vê o link:

http://www.cumprirquioto.pt/quioto/List.action

Sabes como é que mantém uma CT como a de Sines, para estar parada? É pagando 20.000 €/MW instalado, através da chamada garantia de potência.


Não te esqueças que a ton de CO2 ronda a preço de mercado os 30€.

Existem muitos países e empresas a ganhar com este negócio das licenças, pois instalam centrais de energias renovaveis em países em desenvolvimento e em troca são-lhes atribuidas licenças, que poderão aplicar noutros locais mais poluentes.

Este artigo é muito pouco informativo.
O país pagou de facto este dinheiro? Não me parece.

"Para a maior parte dos poluentes, o que é avaliado é o custo do seu impacto na saúde - por causarem doenças, mortes ou reduzirem a esperança de vida -, no ambiente em geral (redução das colheitas agrícolas, por exemplo) e também no património edificado."

Como se contabiliza isto? De que adianta fazer um estudo e dizer que a poluição diminui a esperança média de vida em 2 meses, e depois? depois digo que cada mês vale 100 milhões de € e assim já tenho 200 milhões de euros...?

Concordo que se façam estes estudos e acho que de facto o investimento no sector eólico tem muitas vantagens para além do óbvio (e algumas desvantagens), mas estes estudos têm que tentar expor de forma clara e directa e custos (e não estou a falar só de €) de manter uma central termoeléctrica por exemplo. Não é só dizer que custou 2 mil milhões! Estes 2 mil milhões, de facto ninguém os vê e ninguém se preocupa com eles.

[Tonik_]

Claro, eu sei disso. sei também que há (e vai continuar a haver quem se aproveite disso).
Não sei se este artigo já está por aqui, mas vê isto:
http://www.pt.cision.com/O4KPTWebNewLay ... analises=1

Eu estava a falar da parte mais difícil de contabilizar, como a tal redução de esperança média de vida e mesmo de qualidade de vida..

Sei bem que os custos associados às energias ditas tradicionais, são regra geral, maiores do que o que se pensa. Só que esse artigo da revista(ou se calhar o estudo em si) faz-me lembrar a imprensa cor-de-rosa "Poluição do ar pelas indústrias custou a Portugal dois mil milhões em 2009" depois vais a ver e isso é baseado ninguém sabe em quê.

Gostava que fosse muito mais objectivo, só isso.