A nova vida da central nuclear de Borssele

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A central nuclear de Borssele, na Bélgica, estava votada ao desmantelamento e as operações de descomissionamento já tinham começado. Mas agora está a ganhar um novo fôlego. A central começou a funcionar em 1976. Em 2006, o governo holandês decidiu prolongar a vida do reactor até 2033.

O director, Jos Bongers, sente-se um pioneiro da regeneração atómica e olha para as vantagens ambientais da energia nuclear: "O encerramento de Borssele significaria, aproximadamente, mais um a três milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano. A solução para a produção de energia, no futuro, é um 'mix' energético robusto. É uma adição: nuclear + energias renováveis + energias convencionais."

Borssele é um pólo energético. As autoridades holandesas pretendem criar aqui um local de produção misto de energias, que combine energias renováveis, como a éolica, por exemplo, mas também o nuclear ou o carvão. "Este pólo reúne uma central termoeléctrica a carvão e uma central nuclear. Este é um dos poucos locais, na Holanda, onde é possível aumentar a capacidade de produção de energia nuclear e esse é o nosso objectivo."

No entanto, para o grupo político dos verdes, no Parlamento Europeu, prolongar a vida desta central nuclear não faz sentido. Tanto mais que, segundo um relatório que encomendaram, os verdes garantem que o nuclear está em declínio, apesar de todos falarem no renascimento do sector.

Mycle Schneider, o consultor que elaborou o relatório justifica: "Borssele é uma central muito antiga. Tem mais de 30 anos e não é muito sólida. Não é recente. A verdade é que a indústria do nuclear, em geral, está a 'esticar' o tempo de vida das unidades existentes."

O descomissionamento de Borssele tinha sido agendado para 2004. Mas a segunda vida da velha central, associada ao novo fôlego das energias alternativas, pode tornar-se um exemplo para outros países.

fonte: http://www.euronews.net/index.php?page= ... 5667&lng=6