Subsídios às elétricas regressam em 2015

[projclvm]

A partir de 2015 as empresas elétricas detentoras de centrais térmicas a gás (a EDP e a Endesa) voltarão a ter direito à garantia de potência, uma espécie de subsídio por estarem disponíveis para o sistema, num montante que em 2011 rondava os €60 milhões.

Com a chegada da troika, e na sequência da política de cortes nas rendas pagas ao setor elétrico então encetados pelo Governo, foi suspenso o pagamento desse subsídio durante todo o período de duração do programa de ajuda económica e financeira.

Agora que a troika se foi embora regressa a garantia de potência, que será sempre mais um sobrecusto para o consumidor. No entanto, ao contrário do que a EDP já fez saber, a remuneração da garantia de disponibilidade das suas duas centrais a gás natural, em Lares e no Carregado (e de uma terceira propriedade da espanhola Endesa, no Pego) não será feita a valores de 2011. Com efeito, e segundo fonte oficial, em vez de a remuneração ser de €20 mil por megawatt de capacidade instalada e disponível/ano, será apenas de €6 mil na melhor das hipóteses, depois de testes de disponibilidade efetuados pela REN - Redes Energéticas Nacionais. Ou seja, as empresas elétricas não receberão €60 milhões mas qualquer coisa como €15 milhões/ano.

O Expresso apurou que a troika gostou da medida que originou a redução dos valores pagos às elétricas pela disponibilidade das suas centrais, mas não terá concordado com a suspensão do pagamento durante o período de duração do resgate a Portugal. Isso foi uma decisão da responsabilidade exclusiva do Governo, que deixou os responsáveis da EDP e da Endesa com os cabelos em pé, até porque a garantia de potência existe em vários países europeus, com valores mais elevados, e quando Portugal suspendeu o seu pagamento havia outros países que estavam precisamente a introduzir esse regime de subsidiação.
A garantia de potência é um conjunto de incentivos financeiros criado exclusivamente para remunerar o serviço de "backup" do sistema elétrico que é assegurado por determinado tipo de centrais. Algumas barragens e as centrais térmicas a gás natural, pela rapidez da sua capacidade de resposta, conseguem garantir a segurança de abastecimento, nomeadamente em alturas de picos de procura de eletricidade inesperados. São consideradas centrais de retaguarda pela simples razão de que a prioridade de injeção de eletricidade na rede é sempre dada às renováveis. Mas como estas são intermitentes - as eólicas não produzem quando o vento abranda -, é necessário ter ao dispor outras formas de produção imediatas.
Mas para que as centrais a gás possam injetar, em poucos segundos, grandes quantidades de energia na rede é necessário que não estejam paradas. Se estiverem totalmente desligadas podem demorar dias a 'aquecer' para poder entrar em pleno no sistema. É mais ou menos como estar parado dentro do carro num semáforo com o sinal vermelho sem nenhuma mudança engrenada. Mas assim que abre o sinal verde e é preciso voltar a andar, convém poder meter logo a primeira velocidade, caso contrário temos uma sinfonia de buzinas em altos decibéis a reclamar movimento. Mas a garantia de ter o motor disponível tem um custo.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/subsidios-as-el ... z3305LNCsU

[Duzia12]

Ser verdade

[nelmindo]

por isso é que a EDP tem feito reforços de potência nos ultimos anos, a algumas barragens, sendo que até em algumas ficaram com capacidade de bombagem, para servirem de baterias às eólicas e de centrais de apoio nos horas de ponta, em vez dessas centrais termoelétricas

[Duzia12]

As barragens ao encher

[Duzia12]

As barragens ao encher

[Duzia12]

As barragens ao encher