Ligações equipotenciais em tubos inox
Ligações equipotenciais em tubos inox
Viva,
Sou engenheiro electrotécnico e tenho-me especializado em instalações eléctricas em adegas, nomeadamente adegas em que a componente arquitectural é a que prevalece. Recentemente entrei numa pequena discussão com um colega meu referente à necessidade ou não de equipotencializar os tubos de inox que utilizamos em muitos casos para passar a cablagem eléctrica.
A dúvida consiste no seguinte:
Executar passagens de cabos eléctricos em tubos de inox torna-se extremamente difícil em percursos com muitas curvas. Logo, por uma questão de execução torna-se por vezes necessário interromper os tubos de inox nas curvas, o que como é óbvio interrompe a continuidade eléctrica da conduta, tornando obrigatório o uso de um shunt em fio flexível verde amarelo para garantir a equipotencialização de toda a conduta inox.
Este shunt ficando visível cria-nos uma série de problemas com a arquitectura que normalmente odeia que estes pequenos troços de fio fiquem visíveis.
A solução que já foi utilizada por nós em alguns casos é a de colocar tubo VD no interior dos tubos inox o que garantindo um duplo isolamento torna a meu ver dispensável a ligação equipotencial suplementar, eliminando o malfadado fio FV nas curvas.
A minha questão prende-se também com a classe de isolamento que um cabo eléctrico (por exemplo o XV) à partida nos garante, a qual, segundo julgo, se encontra convencionada como sendo apenas classe I e não classe II como muitos julgam devido à dupla camada de isolamento que um cabo eléctrico tem.
Não sei se fui claro nas questões que vos ponho, mas são questões para as quais ainda não obtive uma resposta clara, pois tenho visto instalações serem aprovadas com tubo VD dentro dos tubos inox sem ligação equipotencial e também já vi exigirem a ligação equipotencial dos tubos mesmo com o tubo VD no seu interior.
Cumprimentos
Nuno Fernandes
Sou engenheiro electrotécnico e tenho-me especializado em instalações eléctricas em adegas, nomeadamente adegas em que a componente arquitectural é a que prevalece. Recentemente entrei numa pequena discussão com um colega meu referente à necessidade ou não de equipotencializar os tubos de inox que utilizamos em muitos casos para passar a cablagem eléctrica.
A dúvida consiste no seguinte:
Executar passagens de cabos eléctricos em tubos de inox torna-se extremamente difícil em percursos com muitas curvas. Logo, por uma questão de execução torna-se por vezes necessário interromper os tubos de inox nas curvas, o que como é óbvio interrompe a continuidade eléctrica da conduta, tornando obrigatório o uso de um shunt em fio flexível verde amarelo para garantir a equipotencialização de toda a conduta inox.
Este shunt ficando visível cria-nos uma série de problemas com a arquitectura que normalmente odeia que estes pequenos troços de fio fiquem visíveis.
A solução que já foi utilizada por nós em alguns casos é a de colocar tubo VD no interior dos tubos inox o que garantindo um duplo isolamento torna a meu ver dispensável a ligação equipotencial suplementar, eliminando o malfadado fio FV nas curvas.
A minha questão prende-se também com a classe de isolamento que um cabo eléctrico (por exemplo o XV) à partida nos garante, a qual, segundo julgo, se encontra convencionada como sendo apenas classe I e não classe II como muitos julgam devido à dupla camada de isolamento que um cabo eléctrico tem.
Não sei se fui claro nas questões que vos ponho, mas são questões para as quais ainda não obtive uma resposta clara, pois tenho visto instalações serem aprovadas com tubo VD dentro dos tubos inox sem ligação equipotencial e também já vi exigirem a ligação equipotencial dos tubos mesmo com o tubo VD no seu interior.
Cumprimentos
Nuno Fernandes
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
Boas
Como a segurança se subrepõe às questões etéticas, porque não colocam um chante em inox (pequena chapa em inox com um furo em cada extremidade), fixo por parafusos entre uniões, e assim evitava-se de ver o condutor FV - V/A
Como a segurança se subrepõe às questões etéticas, porque não colocam um chante em inox (pequena chapa em inox com um furo em cada extremidade), fixo por parafusos entre uniões, e assim evitava-se de ver o condutor FV - V/A
nunomaf Escreveu:Viva,
Sou engenheiro electrotécnico e tenho-me especializado em instalações eléctricas em adegas, nomeadamente adegas em que a componente arquitectural é a que prevalece. Recentemente entrei numa pequena discussão com um colega meu referente à necessidade ou não de equipotencializar os tubos de inox que utilizamos em muitos casos para passar a cablagem eléctrica.
A dúvida consiste no seguinte:
Executar passagens de cabos eléctricos em tubos de inox torna-se extremamente difícil em percursos com muitas curvas. Logo, por uma questão de execução torna-se por vezes necessário interromper os tubos de inox nas curvas, o que como é óbvio interrompe a continuidade eléctrica da conduta, tornando obrigatório o uso de um shunt em fio flexível verde amarelo para garantir a equipotencialização de toda a conduta inox.
Este shunt ficando visível cria-nos uma série de problemas com a arquitectura que normalmente odeia que estes pequenos troços de fio fiquem visíveis.
A solução que já foi utilizada por nós em alguns casos é a de colocar tubo VD no interior dos tubos inox o que garantindo um duplo isolamento torna a meu ver dispensável a ligação equipotencial suplementar, eliminando o malfadado fio FV nas curvas.
A minha questão prende-se também com a classe de isolamento que um cabo eléctrico (por exemplo o XV) à partida nos garante, a qual, segundo julgo, se encontra convencionada como sendo apenas classe I e não classe II como muitos julgam devido à dupla camada de isolamento que um cabo eléctrico tem.
Não sei se fui claro nas questões que vos ponho, mas são questões para as quais ainda não obtive uma resposta clara, pois tenho visto instalações serem aprovadas com tubo VD dentro dos tubos inox sem ligação equipotencial e também já vi exigirem a ligação equipotencial dos tubos mesmo com o tubo VD no seu interior.
Cumprimentos
Nuno Fernandes
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
E porque não usam tubagem Inox para instalações eléctricas com curvas mais largas?
A OBO, por exemplo, tem condutas metálicas inox com curvas até diâmetro 63, salvo erro.
A OBO, por exemplo, tem condutas metálicas inox com curvas até diâmetro 63, salvo erro.
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
Boas
Pode ser uma ideia, mas o problema pode ser a distancia, e a respetiva quantidade de curvas a aplicar em cada circuito de tubagem.
Porque não mandar fazer umas caixas em inox, e intercala-las na tubagem, serviriam de caixas de passagem, e evitavam essas quantidades de ligações equipotênciais.
Pode ser uma ideia, mas o problema pode ser a distancia, e a respetiva quantidade de curvas a aplicar em cada circuito de tubagem.
Porque não mandar fazer umas caixas em inox, e intercala-las na tubagem, serviriam de caixas de passagem, e evitavam essas quantidades de ligações equipotênciais.
amfys Escreveu:E porque não usam tubagem Inox para instalações eléctricas com curvas mais largas?
A OBO, por exemplo, tem condutas metálicas inox com curvas até diâmetro 63, salvo erro.
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
A OBO tem caixas de passagem em INOX para facilitar os enfiamentos.
Se a instalação for toda em INOX já está equipotencializada e basta ligar à terra no início da canalização.
Se a instalação for toda em INOX já está equipotencializada e basta ligar à terra no início da canalização.
Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
Compreendo o que me estão a sugerir. As caixas de passagem já as utilizei noutras situações. Mas neste caso específico estamos a falar de 28 tubos de inox de 40mm de diâmetro que saem de um quadro eléctrico para os diferentes pontos da instalação. E a arquitectura não quer caminhos de cabos, nem a cablagem a circular pelos ocos da estrutura de inox da adega.
A ideia do shunt em inox é boa, mas por questões orçamentais inviável neste momento. Isto aplica-se também aos acessórios pois o número de curvas que será necessário vai fazer disparar os custos da instalação e a ideia é exactamente oposta.
Alguém sabe se a classe de isolamento convencionada para cabos XV é I ou II? Penso que a questão começa logo por aí.
A ideia do shunt em inox é boa, mas por questões orçamentais inviável neste momento. Isto aplica-se também aos acessórios pois o número de curvas que será necessário vai fazer disparar os custos da instalação e a ideia é exactamente oposta.
Alguém sabe se a classe de isolamento convencionada para cabos XV é I ou II? Penso que a questão começa logo por aí.
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
a vermelho
522.15 — Resistência eléctrica do corpo humano (BB) (veja-se 322.2).
Código Classe de influências externas Selecção das canalizações e instalação
BB1 Normal Sem limitações de emprego
BB2 Baixa Canalizações da classe II ou cabos com bainha metálica ligada à terra.
BB3 Muito baixa Canalizações da classe II
Nota: Podem ser usadas, nas condições BB2 e BB3, como canalizações da classe II os cabos considerados como sendo da classe II e as condutas isolantes. São considerados da classe II os cabos que não possuam bainhas ou armaduras metálicas e que sejam usados a uma tensão não superior a metade da sua tensão estipulada.
Os cabos dotados de condutor de protecção podem ser considerados como sendo da classe II desde que o condutor de protecção seja isolado nas mesmas condições que os condutores activos. Esta regra está de acordo com a regra indicada na secção 413.2.6 relativa à protecção por meio de isolamento suplementar durante a instalação para o atravessamento de invólucros por condutores de protecção.
Nas condições BB2, os cabos dotados de bainha metálica são permitidos desde que esta satisfaça a uma das condições seguintes:
a) seja ligada nas duas extremidades ao condutor de protecção da instalação;
b) seja isolada nas duas extremidades, por forma a evitar os riscos de contacto dessa bainha com as massas, os elementos condutores ou as partes activas.
Quando a ligação à terra for obrigatória apenas numa das extremidades da bainha metálica, devem-se tomar precauções para evitar o aparecimento de tensões de contacto perigosas na extremidade não ligada à terra, usando, por exemplo, um limitador de sobretensões ou isolando essa extremidade não ligada à terra.
522.16 — Contactos das pessoas com o potencial da terra (BC) (veja-se 322.3)
Código Classe de influências externas Selecção das canalizações e instalação
BC1 Nulos Sem limitações
de emprego
BC2 Reduzidos
BC3 Frequentes Canalizações da classe II ou cabos com bainha metálica, ligada à terra.
BC4 Contínuos Canalizações da classe II
Nota: Aplica-se a nota da secção 522.15, substituindo as classes BB2 e BB3 por BC3 e BC4, respectivamente.
Na prática, considera-se que um cabo da classe II permite:
a) a não ligação à terra dos caminhos de cabos metálicos (e de outros acessórios metálicos de colocação) sobre os quais os cabos são montados, bem como as condutas metálicas usadas como protecção complementar desses cabos);
b) a sua utilização nas circunstâncias em que sejam impostas ou recomendadas as medidas de protecção por uso de materiais da classe II ou por isolamento suplementar durante a instalação (veja-se 413.2).
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
Boas,
parece depreender-se, do que já foi dito, que os tubos serão para fixar em estruturas, elas próprias em aço inox, a ser assim não vejo qual a necessidade da ligação dos tubos à terra, uma vez que estas estruturas devem já estar ligadas nalgum ponto.
ohmico
parece depreender-se, do que já foi dito, que os tubos serão para fixar em estruturas, elas próprias em aço inox, a ser assim não vejo qual a necessidade da ligação dos tubos à terra, uma vez que estas estruturas devem já estar ligadas nalgum ponto.
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
boas lendo as regras + ou - tiro a conclusão que independentemente da estética para fazer aprovar a sua obra precisa la dos shunts mesmo que ponha la o tubo vd ou não . isto foi a conclusão que cheguei depois de ler aquilo, e os arquitetos querem as coisas todas bonitas mas as vezes não é fácil chegar a entendimento por causa das ditas regras que nos temos de basear para fazermos aprovar as nossas instalações.
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Re: Ligações equipotenciais em tubos inox
Depois do que foi dito e apresentado, se usar cabos com isolamento para 1000 V (exemplo XV ou XZ1) não é necessário ligar as tubagens metálicas à terra.
Ainda mais desnecessário se as tubagens estiverem fixas a estruturas metálicas já ligadas à terra de protecção, conforme indicado pelo colega ohmico.
Ainda mais desnecessário se as tubagens estiverem fixas a estruturas metálicas já ligadas à terra de protecção, conforme indicado pelo colega ohmico.