Tutorial sobre ITED
Vou tentar colocar um tutorial sobre ITED para melhorar um pouco este tema ainda com muitas duvidas, e que ira estar sempre em evolução!!!
Manual de Ited
1º Obrigações do Projectista - ITED
•Prestar esclarecimentos:
- ao dono de obra
- ao instalador
- à entidade certificadora
. Prestar assistência (selecção de materiais)
- ao dono de obra
- ao instalador
•Assegurar, por si ou seu mandatário o acompanhamento da obra
•Colaborar nas acções realizadas pelas entidades responsáveis por vistorias e fiscalizações
•Contribuir para a melhoria das características técnicas das infraestruturas (estado de arte)
•Disponibilizar o projecto ao dono de obra, ao condomínio, ao instalador e à entidade certificadora
•Enviar à ANACOM os termos de responsabilidade
2º Alterações ao projecto - ITED
O instalador ou entidade certificadora poderão constatar ser inevitável um desvio em relação ao projecto nomeadamente nos seguintes momentos:
. Instalação . Testes . Certificação
O referido desvio deverá ser concretizado através de uma alteração ao projecto, devendo para tal cumprir-se as seguintes condições: - as alterações ao projecto são da autoria de um projectista de ITED
- as alterações deverão estar de acordo com o estipulado no Manual de ITED
Nas alterações a um projecto já existente, dever-se-ão utilizar critérios de representação que as identifiquem claramente. Embora o projectista seja livre de utilizar os critérios, que entenda como mais adequados, recomenda-se a utilização da seguinte nomenclatura:
- a instalar, a traço fino e/ou cor vermelha
- a retirar, a traço fino e cruzes (x x x) e/ou cor amarela - a manter, traço e cores originais
3º Pares de cobre - ITED
Os cabos de pares de cobre são divididos em 7 categorias, levando em conta o nível de segurança e a espessura do fio, onde os números maiores indicam fios com diâmetros menores, veja em abaixo um resumo simplificado dos cabos.
Categoria 1 Voz (Cabo Telefónico)
Categoria 2 Dados a 4 Mbps (LocalTalk)
Categoria 3 Transmissão de até 16 MHz. Dados a 10 Mbps (Ethernet)
Categoria 4 Transmissão de até 20 MHz. Dados a 20 Mbps (16 Mbps Token Ring)
Categoria 5 Transmissão de até 100 MHz. Dados a 100 Mbps (Fast Ethernet)
Categoria 5E Transmissão de até 125 MHz. Dados a 100 Mbps
(Fast Ethernet) ou 1000Mbps (Gigabit Ethernet)
Categoria 6 Transmissão de até 250 MHz. Dados a 100 Mbps
(Fast Ethernet) ou 1000Mbps (Gigabit Ethernet)
Categoria 7 Transmissão de até 600 MHz. Dados a 10000Mbps (10Gigabit Ethernet) ainda pouco utilizado.
Há cabos normalizados com capacidade de 4, 8, 12, 16, 20, 32, 40, 60, 100, 200 e 300 pares de cobre.
4º CABOS COAXIAIS - ITED
1. Revestimento exterior
2. Malha de blindagem
3. Fita de blindagem
4. Dieléctrico
5. Condutor central
5º ATI (Armário de Telecomunicações Individual)
No diagrama seguinte apresenta-se uma solução de ATI, com ligação a 2 redes de cabo coaxial e a 1 rede de cabos de pares de cobre.
Estão incluídos um barramento de terras e 1 tomada 230V AC.
As tomadas mistas de 1 a 4 estão ligadas à rede de CATV (Community Antenna Television) e a um operador em par de cobre. As tomadas 5 e 6 recebem sinal de um sistema de MATV (Master Antenna Television) e de um segundo operador em par de cobre.
TC – Tap de Cliente (Terminal de Acesso de Cliente)
Apresenta-se de seguida o esquema de constituição de um possível TC e respectivas interligações, integrados num ATI.
Na figura seguinte representam-se 2 TC. Existem 6 tomadas de cliente e foram instalados TC de 8 saídas. Um dos repartidores está ligado à rede coaxial de CATV (Community Antenna Television) e o outro à rede coaxial de MATV (Master Antenna Television).
As tomadas de cliente, embora possam ser directamente ligadas aos repartidores, estão neste caso terminadas num painel de fichas “F” – fêmea. Esta solução introduz, no entanto, maiores atenuações.
Na figura seguinte representa-se a interligação entre as redes coaxiais e as tomadas de cliente.
A interligação referida é feita à custa de chicotes de interligação “F”-macho, disponibilizados no ATI. As 4 primeiras tomadas recebem o sinal proveniente da rede de CATV enquanto que as tomadas 5 e 6 estão ligadas à rede de MATV.As saídas não usadas estão carregadas com cargas simples de 75 Ohm.
DDC (Dispositivo de Derivação de Cliente)
Apresenta-se de seguida o esquema de constituição de um possível DDC, integrado num ATI. Na figura estão representadas, a tracejado (----), as ligações realizadas na parte traseira das tomadas de 8 contactos.
A figura seguinte permite que dois operadores cheguem à fracção autónoma, em que um utiliza o PAR 1 e outro o PAR 3 e 4. As tomadas de cliente, por manobra dos chicotes de interligação no DDC, estão assim divididas pelos dois operadores: tomadas 1 e 2 para o 1º operador; tomadas 3, 4 e 5 para o 2º operador.
As tomadas dentro do DDC (identificadas de 1 a 5 – secundário do DDC) estão ligadas em conjuntos de duas, em paralelo, permitindo (em conjugação com chicotes) a individualização do sinal que chega a cada uma das tomadas. Os chicotes de interligação são constituídos por duas fichas de 8 contactos (RJ45 por exemplo) interligadas por um cabo de 4 pares de cobre (UTP, por exemplo).
Por último, cada um dos referidos conjuntos está ligado, em 4 pares de cobre, a cada uma das tomadas de cliente, também identificadas de 1 a 5.
6º CEMU (Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar)
A CEMU é uma caixa utilizada nas moradias unifamiliares, destinada ao alojamento de dispositivos de derivação ou transição. Esta caixa faz a transição entre as redes públicas de telecomunicações e a rede individual de cabos.
Como mínimo entende-se que contenha o seguinte:
• 1 Dispositivo de ligação e distribuição com capacidade para ligação de 4 pares de cobre. A este bloco é ligado, para jusante, o cabo de pares de cobre que se dirige ao ATI. Para montante são ligados os cabos de operador.
• Ficha na parte terminal do cabo coaxial proveniente da rede individual, que permita uma ligação conveniente dos cabos de operador.
7º RG (Repartidor Geral)
Repartidor Geral de Par de Cobre (RG-PC): dispositivo que faz a interligação dos cabos de pares de cobre dos diversos operadores, à rede de cabos de pares de cobre do edifício.
O RG-PC é basicamente constituído por dispositivos de ligação e distribuição, sendo o elemento base a unidade modular, como por exemplo do tipo DDS (Dispositivo de Distribuição Simples) ou DDE (Dispositivo de Distribuição de Corte e Ensaio).
O RG-PC é composto por:
- Primário, onde se vão ligar os cabos de entrada dos vários operadores, constituídos por DDS ou DDE;
- Secundário, onde se liga a rede do edifício, constituído por DDE.
Os primários localizam-se normalmente do lado esquerdo do RG-PC. Quando for necessária a utilização de órgãos de protecção (descarregadores de sobretensão), estes são colocados nas unidades modulares que constituem os primários.
Secundário
Primário
As unidades modulares do secundário localizam-se normalmente do lado direito, ou na retaguarda, do RG-PC.
Repartidor Geral de Par de Cobre+ (RG-PC+): dispositivo que faz a interligação da rede de acesso dos diversos operadores (em par de cobre, cabo coaxial ou fibra óptica), à rede de cabos de pares de cobre do edifício.
Repartidor Geral de Cabo Coaxial (RG-CC): dispositivo que faz a interligação dos cabos coaxiais dos diversos operadores, à rede de distribuição em cabo coaxial do edifício.
Repartidor Geral de Fibra Óptica (RG-FO): dispositivo que faz a interligação dos cabos de fibra óptica dos diversos operadores, à rede de cabos de fibra óptica do edifício.
RG Repartidor Geral de Par de Cobre (RG-PC): dispositivo que faz a interligação dos cabos de pares de cobre dos diversos operadores, à rede de cabos de pares de cobre do edifício. O RG-PC é basicamente constituído por dispositivos de ligação e distribuição, sendo o elemento base a unidade modular, como por exemplo do tipo DDS (Dispositivo de Distribuição Simples) ou DDE (Dispositivo de Distribuição de Corte e Ensaio). O RG-PC é composto por: - Primário, onde se vão ligar os cabos de entrada dos vários operadores, constituídos por DDS ou DDE; - Secundário, onde se liga a rede do edifício, constituído por DDE. Os primários localizam-se normalmente do lado esquerdo do RG-PC. Quando for necessária a utilização de órgãos de protecção (descarregadores de sobretensão), estes são colocados nas unidades modulares que constituem os primários.
As unidades modulares do secundário localizam-se normalmente do lado direito, ou na retaguarda, do RG-PC.
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Teoria é quando se sabe tudo mas nada funciona. Prática é quando tudo funciona mas ninguém sabe porquê... aqui alia-se a teoria à prática... nada funciona e ninguém sabe porquê!!