Patologias para energia reactiva capacitiva
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Patologias para energia reactiva capacitiva
Ora muito boa tarde,
na unidade fabril onde estou inserido, que opera 24/7, existem dois bancos de condensadores com compensação automática e escalonável, cada um com 5 escalões de potência.
Apesar disto, a instalação continua a consumir indutiva. Solução mais simples e rápida é reforçar com mais um banco de condensadores, aproximando o mais possível das maiores cargas indutivas. OK, mas o problema é outro.
O problema está que, quando não está a consumir indutiva, passa automaticamente a injectar capacitiva para a rede. Isto durante o dia não há problema, não se paga, mas durante a noite...
De onde surgirá este problema? Somente má calibração dos bancos? escalões de potência muito grandes?
Existem equipamentos que injectem capacitiva? Os mais comum na fábrica são motores eléctricos indutivos, desde o 1kW até 70/80kW cada, nunca funcionando em vazio.
O que gostava de saber é mesmo que possiveis patologias poderão existir para que a compensação do factor de potência não esteja a ser conseguida.
na unidade fabril onde estou inserido, que opera 24/7, existem dois bancos de condensadores com compensação automática e escalonável, cada um com 5 escalões de potência.
Apesar disto, a instalação continua a consumir indutiva. Solução mais simples e rápida é reforçar com mais um banco de condensadores, aproximando o mais possível das maiores cargas indutivas. OK, mas o problema é outro.
O problema está que, quando não está a consumir indutiva, passa automaticamente a injectar capacitiva para a rede. Isto durante o dia não há problema, não se paga, mas durante a noite...
De onde surgirá este problema? Somente má calibração dos bancos? escalões de potência muito grandes?
Existem equipamentos que injectem capacitiva? Os mais comum na fábrica são motores eléctricos indutivos, desde o 1kW até 70/80kW cada, nunca funcionando em vazio.
O que gostava de saber é mesmo que possiveis patologias poderão existir para que a compensação do factor de potência não esteja a ser conseguida.
- Mário
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Boas
Quem é que disse para por o segundo "banco", e porquê?
Se fizeram análise ao vosso consumo com medição, sabem o que existe, se foi por estimativa da factura pode não ser certo, os valores necessários.
Os 5 escalões são de potencia diferente, ou são todos iguais? e o outro "banco" como é que está?
Qual a potencia do Pt?
Cump.
Mário
Quem é que disse para por o segundo "banco", e porquê?
Se fizeram análise ao vosso consumo com medição, sabem o que existe, se foi por estimativa da factura pode não ser certo, os valores necessários.
Os 5 escalões são de potencia diferente, ou são todos iguais? e o outro "banco" como é que está?
Qual a potencia do Pt?
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Boas,
respostas a azul.
cumps
respostas a azul.
cumps
Mário Escreveu:Boas
Quem é que disse para por o segundo "banco", e porquê?
Não sei, sou novo na empresa.. a razão é porque existe uma linha de pintura com dezenas de motores de baixa potência. É uma área que está a funcionar a todo o gás. Foi na ideia de compensação localizada, visto estar no quadro parcial da linha de pintura
Se fizeram análise ao vosso consumo com medição, sabem o que existe, se foi por estimativa da factura pode não ser certo, os valores necessários.
Penso que foi o fornecedor que fez uma avaliação com medição e forneceu os bancos. Não ponho culpa aqui pois a unidade fabril está sempre a ser aumentada, as medições realizadas na altura estarão certamente subdimensionadas para o contexto actual
Os 5 escalões são de potencia diferente, ou são todos iguais? e o outro "banco" como é que está?
Os escalões são de potência diferente tanto no "banco 1" (Q.G.) como no "banco 2"(Q.Pintura), agora não sei ao certo mas posso trazer essa informação para este tópico. Os dois bancos são idênticos, compensação automática escalonável.
Qual a potencia do Pt?
Se se refere ao posto de transformação, é de 400kVA. Se é dos bancos, é um de 160Kvar e o segundo de 80Kvar
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Se os condensadores estão bons, se os fusíveis estão bons, e se os contactores estão a funcionar bem, só resta instalar um analisador e medir.
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Boas,
só uma pergunta, os dois relés varimétricos comunicam um com o outro ou são independentes?
Parece que instalaram dois bancos de condensadores totalmente independentes, como é que querem fazer o control da reactiva, quando se trata de uma alimentação só (PT)?
ohmico
só uma pergunta, os dois relés varimétricos comunicam um com o outro ou são independentes?
Parece que instalaram dois bancos de condensadores totalmente independentes, como é que querem fazer o control da reactiva, quando se trata de uma alimentação só (PT)?
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
reforço este ponto de vista do ohmico....é o que me parece tambem...ohmico Escreveu:Boas,
só uma pergunta, os dois relés varimétricos comunicam um com o outro ou são independentes?
Parece que instalaram dois bancos de condensadores totalmente independentes, como é que querem fazer o control da reactiva, quando se trata de uma alimentação só (PT)?
ohmico
chamo atenção que a sincronização dos dois sistemas é muito difcil, pois forem independentes, passam a vida a na "luta",...um tira outro põe...
Jaime Reis
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Boas,
é necessário não esquecer que a instalação que se pretende corrigir é una e portanto tem de ser tratada como tal, isto é instalar uma única bateria de correcção.
É evidente que devia ter sido feita uma ampliação da bateria existente, com eventual reforço da potência dos escalões e eventualmente substituído o relé varimétrico por um com mais escalões (se o existente não tem escalões de reserva) de modo a obter a correcção necessária.
ohmico
é necessário não esquecer que a instalação que se pretende corrigir é una e portanto tem de ser tratada como tal, isto é instalar uma única bateria de correcção.
É evidente que devia ter sido feita uma ampliação da bateria existente, com eventual reforço da potência dos escalões e eventualmente substituído o relé varimétrico por um com mais escalões (se o existente não tem escalões de reserva) de modo a obter a correcção necessária.
ohmico
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Mas para haver uma melhor compensação da reativa, é melhor compensar parcialmente que de forma geral (compesando individualmente as cargas de maior potência).
- rebelocruz
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Cada caso é um caso, e como já foi dit,o se a compensação local não for coordenada com a geral, pode acontecer de uma "meter" e outra "tirar", e pelo que li, nesta caso deveriam ter ampliado a bateria inicial, ou então deveriam ter instalado relés varimétricos com comunicação entre siprojclvm Escreveu:Mas para haver uma melhor compensação da reativa, é melhor compensar parcialmente que de forma geral (compesando individualmente as cargas de maior potência).
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Rebelo Cruz
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
rebelocruz Escreveu:Cada caso é um caso, e como já foi dit,o se a compensação local não for coordenada com a geral, pode acontecer de uma "meter" e outra "tirar", e pelo que li, nesta caso deveriam ter ampliado a bateria inicial, ou então deveriam ter instalado relés varimétricos com comunicação entre siprojclvm Escreveu:Mas para haver uma melhor compensação da reativa, é melhor compensar parcialmente que de forma geral (compesando individualmente as cargas de maior potência).
Pelo que vi, o que está possivelmente a acontecer é que a compensação local está em luta com a geral. Pois na compensação geral, já surgiu compensação capacitiva e nas leituras da edpdistribuição é sempre indutiva. Deste modo, só pode estar a acontecer uma coisa, uma a tentar compensar a outra. Vou ver a possibilidade de comunicação entre os relés varimétricos dos dois bancos.
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Bem, ia dar outra resposta quando reparei que uma bateria está no geral e outra num parcial...
Sendo assim será que quando foi instalada a 2ª bateria, a primeira foi recalibrada? Ou seja não estará a acontecer que a 1ª está a tentar corrigir um FP que agora não precisa sendo que já existe uma correcção na 2ª bateria. O que será que a geral está a compensar?
É que se uma estivesse a "tirar" e outra a "meter" até nem seria mau desde que mantivessem o FP no níveis pretendidos. O que me parece é que ou estão ambas a "meter" ou a "tirar" (esta parece-me menos provável tendo em conta que o aumento é capacitivo).
Em todo o caso, uma coisa é certa, elas não estão em sintonia e sendo assim estão a fazer muito pouco. É preciso analisar consumos para perceber melhor a situação.
Sendo assim será que quando foi instalada a 2ª bateria, a primeira foi recalibrada? Ou seja não estará a acontecer que a 1ª está a tentar corrigir um FP que agora não precisa sendo que já existe uma correcção na 2ª bateria. O que será que a geral está a compensar?
É que se uma estivesse a "tirar" e outra a "meter" até nem seria mau desde que mantivessem o FP no níveis pretendidos. O que me parece é que ou estão ambas a "meter" ou a "tirar" (esta parece-me menos provável tendo em conta que o aumento é capacitivo).
Em todo o caso, uma coisa é certa, elas não estão em sintonia e sendo assim estão a fazer muito pouco. É preciso analisar consumos para perceber melhor a situação.
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
Viva!
Antes de mais, este assunto é de uma área que pouco ou nada sei! Dito isto e esperando que não me crucifiquem.
Os dois relés varimétricos não têm que ler os mesmos valores? Sendo a instalação a mesma.
Será que o valor estabelecido, em cada um é que está diferente e daí a "luta" entre eles?
Não deviam estar definidos para o mesmo valor?
Antes de mais, este assunto é de uma área que pouco ou nada sei! Dito isto e esperando que não me crucifiquem.

Os dois relés varimétricos não têm que ler os mesmos valores? Sendo a instalação a mesma.
Será que o valor estabelecido, em cada um é que está diferente e daí a "luta" entre eles?
Não deviam estar definidos para o mesmo valor?
Atentamente,
Bruno
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M4I - Manutenção Industrial
e-mail: geral@m4i.pt
Bruno
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Re: Patologias para energia reactiva capacitiva
o problema está aí!!!BLima Escreveu:Viva!
Antes de mais, este assunto é de uma área que pouco ou nada sei! Dito isto e esperando que não me crucifiquem.
Os dois relés varimétricos não têm que ler os mesmos valores? Sendo a instalação a mesma.
Será que o valor estabelecido, em cada um é que está diferente e daí a "luta" entre eles?
Não deviam estar definidos para o mesmo valor?
como estão a ver os dois a mesma coisa, vão os dois actuar....ao mesmo tempo??? é necessário compensar, põe escalão, mas como põem dois , põe a dobrar, como ficou demasiado capacitivo , tira...and so on...and so on...
... isto se estiverem os dois a ver a mesma linha....
neste caso existe um geral...que vê toda a rede e uma parcial que vê uma parte da instalação....o parcial ao actuar ....vai "enganar" o geral, e este actua em conformidade com as leituras que tem, que pode ter escalões mal dimensionados, que parece ser o caso...não sei...só por melhor analise...
...esperemos por mais dados....
Jaime Reis