Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (...)
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Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (...)
Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o Cloogy no início de 2013”
Tem tudo para ser um líder de vendas. O Cloogy, o equipamento de monitorização de energia da portuguesa ISA, vai começar a ser distribuído pela PT neste início de ano e procura um parceiro de retalho a nível nacional.
Nuno Martins, responsável pelo produto, garante que o retorno real do investimento é obtido ao final do primeiro ano de utilização, para as famílias que gastem pelo menos €80 de electricidade por mês.
Quando foi lançado oficialmente o Cloogy e quantos equipamentos já venderam até hoje?
O Cloogy foi lançado, oficialmente, no dia 4 de Dezembro de 2012. Podemos dizer que cerca de 1.500 pessoas utilizam diariamente o Cloogy, sendo que desse número 800 são beta-tester.
Porque razão o Cloogy não está à venda em lojas de electrodomésticos e até mesmo hipermercados – Worten, Fnac, Continente?
Há que destacar que o Cloogy ainda não tem uma categoria de mercado bem vincada, pelo que é necessário o esforço de a criar. Para o efeito temos, neste momento, um acordo com a PT, que vai começar a distribuir o produto no início do próximo ano. Além disso, estamos também a trabalhar para perceber se conseguimos obter um parceiro de retalho com cobertura nacional.
Sendo um equipamento de monitorização de eficiência energética cujo preço ainda representa um investimento substancial por parte das famílias – a partir de €199 – quando podem estas começar a obterem o retorno real desse investimento?
O retorno real do investimento é obtido ao final de um ano, principalmente para famílias que gastem a partir de €80 mensais de electricidade. Contudo, mesmo não gastando este valor, o Cloogy torna claros eventuais desperdícios que mais tarde se traduzem em surpresas desagradáveis na conta de electricidade. Além disso, a componente educativa é bastante relevante, pois o Cloogy torna-se uma ferramenta de reeducação em casa no que diz respeito à forma como gastamos e consequentemente, poupamos energia. A energia é algo invisível, e o Cloogy ajuda-nos a dar visibilidade e facilmente quantificar os consumos e os gastos: no fundo funciona como um computador de bordo de um carro, sabemos quantos litros a cada 100 quilómetros estamos a gastar, sendo que no caso da electricidade serão kWh.
Em que mercados está presente o Cloogy?
Neste momento o lançamento comercial foi realizado apenas em Portugal. Contudo o processo de internacionalização já se encontra em curso. Os projectos internacionais serão revelados no momento oportuno, no entanto podemos adiantar que em países como Espanha, França, Brasil e nalguns países do Médio Oriente.
Um equipamento Cloogy permite apenas monitorizar um aparelho? Como é feita esta análise ao longo do dia?
Com o Cloogy, não só conseguimos monitorizar o consumo geral da casa, como também conseguimos monitorizar os electrodomésticos com recurso às tomadas inteligentes. Para além disso é fácil saber o consumo de cada equipamento apenas medindo o geral. Basta ver o consumo em tempo real quando ligamos e desligamos equipamentos, luzes.
Se quisermos monitorizar cada ponto em nossa casa, teremos sempre uma solução demasiado cara quando não precisamos. Temos a convicção, suportada por casos práticos, que tendo a informação geral do consumo e a capacidade de perceber quanto aumenta o consumo quando ligamos ou desligamos algo em nossa casa, ganhamos consciência e tomamos medidas para utilizar os equipamentos de forma consciente e esse é sem dúvida o factor mais determinante para poupar energia.
Depois temos ainda outras funcionalidades que permitem uma poupança financeira como a simulação de tarifários que nos diz se temos o tarifário ideal e se não temos, qual é esse tarifário de acordo com o nosso perfil de consumo. Os mecanismos de feedback constante e em tempo real permitem ao utilizador ganhar uma consciência imediata do seu desempenho energético.
A app para Android está na fase de testes. Quando será lançada?
A aplicação para Android, de momento, está disponível apenas em Beta Privada, mas estamos a trabalhar para a disponibilizar a todos os utilizadores de Android ainda durante o primeiro trimestre de 2013.
A app permite controlar os equipamentos remotamente. Esta solução já é utilizada por muitos consumidores?
Sim, os cerca de 1.500 utilizadores do Cloogy utilizam esta app com frequência.
Que equipamentos deixam os consumidores mais espantados pela quantidade de energia que consomem – e para os quais o Cloogy alerta?
O standby dos aparelhos multimédia é um caso flagrante. Depois temos os micro-ondas, aquecedores, ventiladores, termoacumuladores, que são alguns dos equipamentos que mais consomem numa habitação comum.
Podemos ainda considerar como uma das grandes fontes de análise a iluminação, que quando não é eficiente, por exemplo baseada em halogéneo, surpreende negativamente os utilizadores. Na prática, esta informação não é novidade pois todos temos uma ideia de quais os electrodomésticos que são grandes consumidores, o que cativa realmente os utilizadores é saberem quanto custam, em euros, estes grandes consumidores.
Quais são os concorrentes do Cloogy no mercado português?
Em Portugal não existe concorrência real para o Cloogy, contudo nos mercados internacionais existem já alguns nomes concorrentes.
Que outros produtos tem desenvolvido a ISA para o consumidor final?
Esta é a primeira solução de monitorização de eficiência energética desenvolvida pela ISA para o mercado residencial. Contudo a ISA, através da Intellicare, empresa na área da saúde integrada no Grupo ISA – Intelligent Sensing Anywhere, já tinha desenvolvido anteriormente a gama OneCare composta pelo OneCare Mais Perto e o OneCare Mais Saúde.
O OneCare Mais Perto é um equipamento de fácil utilização da gama de soluções OneCare, que permite aos familiares ou profissionais de saúde o acompanhamento do utente à distância e saberem a sua localização, sempre que for necessário. Esta solução é dedicada ao acompanhamento de seniores e de pessoas com necessidades especiais, em ambiente domiciliário. Por sua vez, o OneCare Mais Saúde permite monitorizar a sua tensão arterial, peso e glicemia, no conforto do seu domicílio. Oferece ainda a possibilidade do prestador de cuidados acompanhar o estado de saúde do utente, à distância, contactando-o sempre que ocorram alterações relevantes nos parâmetros avaliados.
Porque razão os equipamentos electrónicos ligados à sustentabilidade – carregadores solares, monitorização de energia – ainda não podem ser comprados, em Portugal, em qualquer grande superfície comercial?
Mais uma vez a questão está relacionada com a ausência da categoria de mercado. Uma das perguntas que costumamos colocar a nós próprios é: «se o Cloogy estivesse disponível, por exemplo, numa FNAC, onde seria colocado?» Esta dúvida alerta-nos para a questão da ausência de categoria de mercado. Neste momento a ISA está a realizar um investimento e a tornar-se mais uma vez pioneira na criação de uma nova categoria de mercado, que com todas as vantagens que daí possam advir tem um custo financeiro e temporal. Esta será sem dúvida a maior razão para ainda não vermos uma proliferação deste tipo de equipamentos.
Fonte: http://greensavers.sapo.pt/2013/01/10/n ... o-de-2013/
Tem tudo para ser um líder de vendas. O Cloogy, o equipamento de monitorização de energia da portuguesa ISA, vai começar a ser distribuído pela PT neste início de ano e procura um parceiro de retalho a nível nacional.
Nuno Martins, responsável pelo produto, garante que o retorno real do investimento é obtido ao final do primeiro ano de utilização, para as famílias que gastem pelo menos €80 de electricidade por mês.
Quando foi lançado oficialmente o Cloogy e quantos equipamentos já venderam até hoje?
O Cloogy foi lançado, oficialmente, no dia 4 de Dezembro de 2012. Podemos dizer que cerca de 1.500 pessoas utilizam diariamente o Cloogy, sendo que desse número 800 são beta-tester.
Porque razão o Cloogy não está à venda em lojas de electrodomésticos e até mesmo hipermercados – Worten, Fnac, Continente?
Há que destacar que o Cloogy ainda não tem uma categoria de mercado bem vincada, pelo que é necessário o esforço de a criar. Para o efeito temos, neste momento, um acordo com a PT, que vai começar a distribuir o produto no início do próximo ano. Além disso, estamos também a trabalhar para perceber se conseguimos obter um parceiro de retalho com cobertura nacional.
Sendo um equipamento de monitorização de eficiência energética cujo preço ainda representa um investimento substancial por parte das famílias – a partir de €199 – quando podem estas começar a obterem o retorno real desse investimento?
O retorno real do investimento é obtido ao final de um ano, principalmente para famílias que gastem a partir de €80 mensais de electricidade. Contudo, mesmo não gastando este valor, o Cloogy torna claros eventuais desperdícios que mais tarde se traduzem em surpresas desagradáveis na conta de electricidade. Além disso, a componente educativa é bastante relevante, pois o Cloogy torna-se uma ferramenta de reeducação em casa no que diz respeito à forma como gastamos e consequentemente, poupamos energia. A energia é algo invisível, e o Cloogy ajuda-nos a dar visibilidade e facilmente quantificar os consumos e os gastos: no fundo funciona como um computador de bordo de um carro, sabemos quantos litros a cada 100 quilómetros estamos a gastar, sendo que no caso da electricidade serão kWh.
Em que mercados está presente o Cloogy?
Neste momento o lançamento comercial foi realizado apenas em Portugal. Contudo o processo de internacionalização já se encontra em curso. Os projectos internacionais serão revelados no momento oportuno, no entanto podemos adiantar que em países como Espanha, França, Brasil e nalguns países do Médio Oriente.
Um equipamento Cloogy permite apenas monitorizar um aparelho? Como é feita esta análise ao longo do dia?
Com o Cloogy, não só conseguimos monitorizar o consumo geral da casa, como também conseguimos monitorizar os electrodomésticos com recurso às tomadas inteligentes. Para além disso é fácil saber o consumo de cada equipamento apenas medindo o geral. Basta ver o consumo em tempo real quando ligamos e desligamos equipamentos, luzes.
Se quisermos monitorizar cada ponto em nossa casa, teremos sempre uma solução demasiado cara quando não precisamos. Temos a convicção, suportada por casos práticos, que tendo a informação geral do consumo e a capacidade de perceber quanto aumenta o consumo quando ligamos ou desligamos algo em nossa casa, ganhamos consciência e tomamos medidas para utilizar os equipamentos de forma consciente e esse é sem dúvida o factor mais determinante para poupar energia.
Depois temos ainda outras funcionalidades que permitem uma poupança financeira como a simulação de tarifários que nos diz se temos o tarifário ideal e se não temos, qual é esse tarifário de acordo com o nosso perfil de consumo. Os mecanismos de feedback constante e em tempo real permitem ao utilizador ganhar uma consciência imediata do seu desempenho energético.
A app para Android está na fase de testes. Quando será lançada?
A aplicação para Android, de momento, está disponível apenas em Beta Privada, mas estamos a trabalhar para a disponibilizar a todos os utilizadores de Android ainda durante o primeiro trimestre de 2013.
A app permite controlar os equipamentos remotamente. Esta solução já é utilizada por muitos consumidores?
Sim, os cerca de 1.500 utilizadores do Cloogy utilizam esta app com frequência.
Que equipamentos deixam os consumidores mais espantados pela quantidade de energia que consomem – e para os quais o Cloogy alerta?
O standby dos aparelhos multimédia é um caso flagrante. Depois temos os micro-ondas, aquecedores, ventiladores, termoacumuladores, que são alguns dos equipamentos que mais consomem numa habitação comum.
Podemos ainda considerar como uma das grandes fontes de análise a iluminação, que quando não é eficiente, por exemplo baseada em halogéneo, surpreende negativamente os utilizadores. Na prática, esta informação não é novidade pois todos temos uma ideia de quais os electrodomésticos que são grandes consumidores, o que cativa realmente os utilizadores é saberem quanto custam, em euros, estes grandes consumidores.
Quais são os concorrentes do Cloogy no mercado português?
Em Portugal não existe concorrência real para o Cloogy, contudo nos mercados internacionais existem já alguns nomes concorrentes.
Que outros produtos tem desenvolvido a ISA para o consumidor final?
Esta é a primeira solução de monitorização de eficiência energética desenvolvida pela ISA para o mercado residencial. Contudo a ISA, através da Intellicare, empresa na área da saúde integrada no Grupo ISA – Intelligent Sensing Anywhere, já tinha desenvolvido anteriormente a gama OneCare composta pelo OneCare Mais Perto e o OneCare Mais Saúde.
O OneCare Mais Perto é um equipamento de fácil utilização da gama de soluções OneCare, que permite aos familiares ou profissionais de saúde o acompanhamento do utente à distância e saberem a sua localização, sempre que for necessário. Esta solução é dedicada ao acompanhamento de seniores e de pessoas com necessidades especiais, em ambiente domiciliário. Por sua vez, o OneCare Mais Saúde permite monitorizar a sua tensão arterial, peso e glicemia, no conforto do seu domicílio. Oferece ainda a possibilidade do prestador de cuidados acompanhar o estado de saúde do utente, à distância, contactando-o sempre que ocorram alterações relevantes nos parâmetros avaliados.
Porque razão os equipamentos electrónicos ligados à sustentabilidade – carregadores solares, monitorização de energia – ainda não podem ser comprados, em Portugal, em qualquer grande superfície comercial?
Mais uma vez a questão está relacionada com a ausência da categoria de mercado. Uma das perguntas que costumamos colocar a nós próprios é: «se o Cloogy estivesse disponível, por exemplo, numa FNAC, onde seria colocado?» Esta dúvida alerta-nos para a questão da ausência de categoria de mercado. Neste momento a ISA está a realizar um investimento e a tornar-se mais uma vez pioneira na criação de uma nova categoria de mercado, que com todas as vantagens que daí possam advir tem um custo financeiro e temporal. Esta será sem dúvida a maior razão para ainda não vermos uma proliferação deste tipo de equipamentos.
Fonte: http://greensavers.sapo.pt/2013/01/10/n ... o-de-2013/
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- Curioso
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
A única coisa que isto tem de 'Green' é o marketing que lhe metem em cima.
É um dispositivo de monitorização e não de poupança de energia. A poupança energética é apenas uma possível consequência indirecta da utilização do aparelho.
É uma tristeza a quantidade de ignorância e/ou desonestidade intelectual que se vê nessa entrevista e à volta deste produto.
É um dispositivo de monitorização e não de poupança de energia. A poupança energética é apenas uma possível consequência indirecta da utilização do aparelho.
É uma tristeza a quantidade de ignorância e/ou desonestidade intelectual que se vê nessa entrevista e à volta deste produto.
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- Velha Guarda
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
Precisamente o que penso!WindWalker Escreveu:A única coisa que isto tem de 'Green' é o marketing que lhe metem em cima.
É um dispositivo de monitorização e não de poupança de energia. A poupança energética é apenas uma possível consequência indirecta da utilização do aparelho.
É uma tristeza a quantidade de ignorância e/ou desonestidade intelectual que se vê nessa entrevista e à volta deste produto.
A iniciativa é boa mas há que ser honesto no que o produto faz.
- joaoosvaldo
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
Concordo também. O produto por si só não vai fazer nada quanto muito pode alertar as pessoas para os consumos que estão a fazer e por iniciativa própria consumir menos.
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- Velha Guarda
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
Mas na entrevista também não dizem que é um produto de de poupança de energia e sim de monitorização de eficiência energética, o que leva à poupança pela mudança de hábitos.
Apesar de ser uma entrevista de marketing, não me parece que haja qualquer desonestidade em relação ao produto ou informação errada.
Já os valores referidos para possíveis poupanças é que me parecem algo optimistas
Apesar de ser uma entrevista de marketing, não me parece que haja qualquer desonestidade em relação ao produto ou informação errada.
Já os valores referidos para possíveis poupanças é que me parecem algo optimistas
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- Curioso
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
Este produto não faz monitorização de eficiencia energética, pois não lhe diz a eficiência energética e nessa designação está parte da ignorância/desonestidade intelectual/marketing. Este produto mede uma corrente, daí que seja necessário instalar um dispositivo no quadro eléctrico, que não é mais do que um transformador de corrente/intensidade (TI ou CT, current transformer).LOTAN Escreveu:Mas na entrevista também não dizem que é um produto de de poupança de energia e sim de monitorização de eficiência energética, o que leva à poupança pela mudança de hábitos.
Logo aqui existem dois problemas, à partida: se não há medição da tensão à entrada da instalação, é impossível saber o valor eficaz desta (~230 V) e a sua desfasagem em relação à corrente (entenda-se, o factor de potência). Portanto, na melhor das hipóteses assume-se uma tensão de amplitudade de 220/230 V e factor de potencia unitário ou quase unitário.
Se o medidor assume isto, se forem ligadas, por exemplo, 20 lâmpadas fluorescentes compactas de 15 Watt com factor de potência 0.60, o consumo indicado seria algo como 20*15/0.60=20*25=500 Watt, em vez de 20*15=300 Watt. Como não é conhecido o factor de potência, no máximo mede-se a potência aparente (VA). Felizmente para os consumidores, a maior parte dos aparelhos com consumo significativo (>100 Watt) tem hoje correcção do factor de potência, sendo o FP em geral superior a 0.80.
Relativamente à eficiência energética, esta define-se como a razão entre a energia consumida de forma útil (i.e. não desperdiçada) e a energia consumida. Ora, o produto nao lhe diz se a eficiência energética geral da casa ou de um aparelho é 50 ou 90 %, ou se é A+ ou A ou B, nem lhe diz que aparelhos deve desligar para evitar desperdícios de energia de standby. E mesmo aqui, as pessoas não tem noção de que a energia de standby, em média, não tem normalmente um contributo assim tão significativo para a energia total consumida. 2,50€ em 50€ (imaginando 5 % de energia de standby) não é propriamente um valor abismal.
Dá-se demasiada importância à energia de standby, quando o que se deveria fazer era formar para o racional potência consumida vs energia consumida. Dizer que o micro-ondas é dos aparelhos que mais contribui para a energia consumida... só se for a cozinhar lá o almoço e o jantar, todos os dias. O micro-ondas cá de casa, mesmo que aquecesse 8 vezes por refeição, 3 refeições ao dia, 3 minutos a consumir 1000 Watt (de notar que todos estes valores foram propositadamente exagerados), consumiria ao fim de um mês 36 kWh (algo como 5€, um horror).
Depois, iluminação a halogéneo não é necessariamente pior que lâmpadas fluorescentes/LED; depende do custo da solução e tempo que é utilizada. Se eu gastar 10000€ numa lâmpada LED de 15 Watt, tenho sérias dúvidas de que algum dia haja retorno do investimento, mesmo que a lâmpada esteja ligada 24/7 durante décadas. Já uma lâmpada incandescente/halogéneo pode fazer todo o sentido em divisões como sotãos/arrecadações, pois são lugares raramente acedidos, logo o que mais importa é o baixo custo da solução.
Infelizmente, a maior parte das pessoas tem uma insensibilidade incrível para a questão do potência vs energia consumida vs investimento, resultante do analfabetismo matemático e falta de conhecimento geral que infelizmente predomina na sociedade portuguesa (fixe, fixe, é ver o Ronaldo, que isso de saber coisas e fazer contas é preciso pensar muito e é para cromos).
Desonestidade e desinformação são características daquele texto. Só aquele retorno ao fim de 1 ano para um produto que custa 200€ e para uma factura mensal de 80€, sem dizer como nem porquê, é um perfeito exemplo. Um ano é completamente descabido e irrealista, pressupondo uma diminuição do consumo energético que poderá nunca acontecer, colocando por isso a previsão do retorno ao nível das cartas da Maya.LOTAN Escreveu:Apesar de ser uma entrevista de marketing, não me parece que haja qualquer desonestidade em relação ao produto ou informação errada.
Marketing e irrealismo são as palavras adequadas.LOTAN Escreveu:Já os valores referidos para possíveis poupanças é que me parecem algo optimistas
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
Eu sei qual a definição de eficiência energética, mas como contextualizei todo o texto numa perspectiva de consumidor, interpreto o termo "eficiência energética" assim aplicado como hábitos de consumo.
Como tal, não me ocorreu a possibilidade de qualquer interpretação técnica, daí a minha opinião.
Assim sendo, excluíndo uma perspectiva puramente educativa dos hábitos de consumo, é claro que ela (a minha opinião) está errada.
Como tal, não me ocorreu a possibilidade de qualquer interpretação técnica, daí a minha opinião.
Assim sendo, excluíndo uma perspectiva puramente educativa dos hábitos de consumo, é claro que ela (a minha opinião) está errada.
Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
O que ele poderá fazer é colocar números à frente das pessoas do que gastam lá em casa e que bem sabem que fasta muito bem
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- Curioso
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
marscb Escreveu:(...) e que bem sabem que fasta muito bem

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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
É um projeto que está a dar os 1ºs desenvolvimentos. Efetivamente ainda se vêm consumos energéticos desporpositados e é conveniente que o mercado comece a lançar produtos que permitam fazer uma melhor gestão de consumos. Pena é o gande valor inicial, que afastará, em meu entender, muitos posssíveis investidores.
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Re: Nuno Martins, Cloogy: “PT vai começar a distribuir o (..
Mesmo. E começa logo com falhas graves no ponto de partida, que é a medição correcta do consumo.projclvm Escreveu:É um projeto que está a dar os 1ºs desenvolvimentos.
Tretas. Quantos países daqui, com um nível de desenvolvimento equiparado ao de Portugal, têm um menor consumo energético per capita?projclvm Escreveu:Efetivamente ainda se vêm consumos energéticos desporpositados e é conveniente que o mercado comece a lançar produtos que permitam fazer uma melhor gestão de consumos.
Quanto muito, o que poderia haver era uma maior consciencialização da população para a utilização de aparelhos de grande potência/consumo, como as máquinas de lavar, nas horas de vazio/fora de ponta, como forma de poupar (e não de reduzir consumos!).
Eu duvido que uma pessoa que tenha um mínimo de bom senso deixe as luzes de casa todas ligadas antes de ir trabalhar, todos os dias, só porque sim. E se o faz, então que pague por isso.
A eficiência energética e o "verde" só existem para vender e servir interesses. Porque é que pensa que a ISA quer vender isto? Eles querem lá saber da eficiência energética dos consumidores, querem é, em última instância, fazer dinheiro e poder vender os dados que acumularão, nomeadamente à EDP. Eu até aposto que, a haver um contrato, existe uma cláusula qualquer a dizer que se aceita que os dados recolhidos sejam cedidos a terceiros.
Diga-se de passagem que a EDPD não tem modelos dos perfis de consumo dos consumidores em Baixa Tensão (onde ocorre
metade do consumo nacional, cerca de 24 TeraWh!), pois para se poupar em custos, existem muitos PTs MT/BT instalados sem contadores. À conta disto, temos um sem fim de redes BT mal dimensionadas.
O valor inicial serve para abater principalmente os custos de desenvolvimento de software, já que em hardware o pacote mais básico (200€) deve ter 50 a 100€ de material, e se calhar até estou a exagerar.projclvm Escreveu:Pena é o gande valor inicial, que afastará, em meu entender, muitos posssíveis investidores.
Quando existem wattímetros para por diretamente na tomada a custar menos de 50€ (eu comprei um por 10€, no Lidl, e até factor de potência indica!), basta saber fazer umas contas simples para descobrir, por exemplo, ao trocar o frigorífico por um mais eficiente, quanto tempo se demorará a recuperar esse investimento. Não é preciso ser-se engenheiro nem ter gráficos xpto num tablet.