Questão pertinente

Riamar
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Questão pertinente

Mensagem por Riamar »

Viva foristas,

Num armazém (com escritórios) de construção pré-fabricada, em que as paredes e tecto são em chapa metálica qual o tipo de luminária que escolhiam, admitindo que tem que ser uma luminária fluorescente com reflector em aluminio especular brilhante, para poder projectar a luz o mais possível dado que a altura anda na casa dos 5,20 metros.
Escolheriam uma luminária da classe II de isolamento sem possibilidade de ligação da terra de protecção proveniente do PT ou pelo contrário escolheriam uma luminária classe I com protecção diferencial e consequente ligação de toda a estrutura metálica à terra de protecção?
A estrutura metálica é ligada a uma terra própria em cada um dos 4 pilares do edífício.
A ligação da terra de protecção do PT às luminárias pôe automáticamente as duas terras ligadas uma à outra, visto que este tipo de luminárias tem corpo metálico independentemente de ser classe I ou II, na classe II é só criado um duplo isolamento em toda a instalação eléctrica da luminária (cabos e balastros, suportes, etc. , mas o corpo continua a ser metálico).
É claro que mesmo sendo luminária classe II e tendo esta corpo metálico ao ser fixada ao tecto metálico fica ligada à terra própria do edíficio proveniente de cada um dos 4 pilares metálicos.
No caso de lumiminárias de classe II dotariam os circuitos de iluminação de diferêncial?
No caso de uma descarga atmosférica e de outro defeito quais as vantagens e inconvenientes de uma e de outra solução.
Obrigado a quem tiver a gentileza de dar a sua opinião.

Cumprimentos
Última edição por Riamar em 14 mar 2012, 22:13, editado 1 vez no total.
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Re: Questão pertinente

Mensagem por joaoosvaldo »

Riamar Escreveu:Viva foristas,

Num armazém (com escritórios) de construção pré-fabricada, em que as paredes e tecto são em chapa metálica qual o tipo de luminária que escolhiam, admitindo que tem que ser uma luminária fluorescente com reflector em aluminio especular brilhante, para poder projectar a luz o mais possível dado que a altura anda na casa dos 5,20 metros.
Escolheriam uma luminária da classe II de isolamento sem possibilidade de ligação da terra de protecção proveniente do PT ou pelo contrário escolheriam uma luminária classe I com protecção diferencial e consequente ligação de toda a estrutura metálica à terra de protecção?
A estrutura metálica é ligada a uma terra própria em cada um dos 4 pilares do edífício.
A ligação da terra de protecção do PT às luminárias pôe automáticamente as duas terras ligadas uma à outra, visto que este tipo de luminárias tem corpo metálico independentemente de ser classe I ou II, na classe II é só criado um duplo isolamento em toda a instalação eléctrica da luminária (cabos e balastros, suportes, etc. , mas o corpo continua a ser metálico).
é claro que mesmo sendo luminária classe II e tendo esta corpo metálico ao ser fixada ao tecto metálico fica ligada à terra própria do edíficio proveniente de cada um dos 4 pilares metálicos.
É claro que a luminária
No caso de uma descarga atmosférica quais as vantagens e inconvenientes de uma e de outra solução.
Obrigado a quem tiver a gentileza de dar a sua opinião.

Cumprimentos
Se interligar todas as terras (terra única <= 1 ohm), se a chapa da cobertura tiver espessura suficiente para servir de captor fazendo uma gaiola de faraday ou em caso contrário dimensionando um pára-raios e um bom dimensionamento dos DST's se isto existir à partida não vejo qualquer inconveniente nas duas opções quer seja com uma luminária da classe II quer seja da classe I.
Cumprimentos,

João Osvaldo Sousa


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Re: Questão pertinente

Mensagem por Riamar »

Engº João Sousa eu redescrevi a pergunta.

Só outra coisa se existir uma descarga atmosférica e a terra de protecção de máquinas aí estiver ligada quem estiver a trabalhar com as máquinas recebe a descarga atmosférica? Tem perigo?
Por exemplo os computadores por estarem ligados à terra de protecção da instalação também poderão ficar estragados com a descarga atmosférica?
No caso de utilização de luminárias classe II meteria diferencial, apesar de não utilizar o condutor de protecção?
E os condutores de terra por serem finos entre quadro e equipamentos colapsariam perante uma descarga atmosférica?
Por curiosidade ligaria os pilares desta estrutura a uma terra própria ou não faria nenhuma terra pópria para este edifício?

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Re: Questão pertinente

Mensagem por joaoosvaldo »

*Comentários a azul.
Riamar Escreveu:Engº João Sousa eu redescrevi a pergunta.

Só outra coisa se existir uma descarga atmosférica e a terra de protecção de máquinas aí estiver ligada quem estiver a trabalhar com as máquinas recebe a descarga atmosférica? Tem perigo?
Por exemplo os computadores por estarem ligados à terra de protecção da instalação também poderão ficar estragados com a descarga atmosférica?

Como disse anteriormente se existir um bom dimensionamento do pára-raios ou gaiola de faraday e dos descarregadores de sobretensões (DST's) à partida não existe perigo. Mas com as descargas é um pouco imprevisível se for uma descarga a valer não há protecção que aguente.

No caso de utilização de luminárias classe II meteria diferencial, apesar de não utilizar o condutor de protecção?

Coloca-se na mesma o diferencial porque no futuro pode ser substituída a luminária da classe II e colocada uma da classe I e no cabo também deve existir condutor de protecção embora não seja utilizado no caso da luminária da classe II.

E os condutores de terra por serem finos entre quadro e equipamentos colapsariam perante uma descarga atmosférica?

À partida não porque a descarga será encaminhada para a terra pelos DST's.

Por curiosidade ligaria os pilares desta estrutura a uma terra própria ou não faria nenhuma terra pópria para este edifício?

Deve equipotencializar toda a estrutura e ligar à terra dado que é metálica.

Cumps
Aconselho que veja este vídeo para ver mais ou menos o que se passa quando se dá uma descarga numa instalação com pára-raios e descarregadores de sobretensões:

http://www.youtube.com/watch?v=nEMZ2_t3kfs
Cumprimentos,

João Osvaldo Sousa


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Re: Questão pertinente

Mensagem por Riamar »

Engº João Sousa obrigado pelo esclarecimento, no video o que arde é o PT ou algum quadro?
O aparelho de sobretensão widmuller é ligado ao quadro geral do PT?
É um aparelho que tem uma terra própria? é necessário construir uma terra própria para ele?

A solução das armaduras classe II parece boa porque assim as descargas atmosféricas só iam para a terra própria dessa estrutura e não para as diversas terras da instalação incluíndo a do PT.
É capaz de ser melhor o que acha?

Cumps
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Re: Questão pertinente

Mensagem por joaoosvaldo »

*Comentários a azul.
Riamar Escreveu:Engº João Sousa obrigado pelo esclarecimento, no video o que arde é o PT ou algum quadro?

O que arde é um qualquer equipamento da instalação é apenas exemplificativo.

O aparelho de sobretensão widmuller é ligado ao quadro geral do PT?

Pode ser no quadro geral do PT mas pode também existir a necessidade de colocar descarregadores de sobretensões adicionais nos quadros parciais.

É um aparelho que tem uma terra própria? é necessário construir uma terra própria para ele?

O aparelho é um descarregador de sobretensões (DST) e liga à terra do edifício (barramento de terra do quadro onde está instalado). No seu caso aconselho a que seja uma terra única com valor inferior a 1 ohm.

A solução das armaduras classe II parece boa porque assim as descargas atmosféricas só iam para a terra própria dessa estrutura e não para as diversas terras da instalação incluíndo a do PT.
É capaz de ser melhor o que acha?

Como disse anteriormente esse problema não se coloca se as coisas estiverem bem feitas. As luminárias podem ser da classe I ou II.

Cumps
Como vejo que está com muitas dúvidas sugiro que contacte uma empresa especializada para executar esse trabalho.
Cumprimentos,

João Osvaldo Sousa


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Re: Questão pertinente

Mensagem por Riamar »

Engº Jorge Sousa só mais uma pergunta:

A terra de protecção existente no PT é distribuida pelas tomadas, máquinas etc. de toda a instalação.
Pode ligar-se a estrutura metálica do armazém a esta terra sem ser necessário construir uma outra terra própria junto do armazém onde são ligados directamente os pilares metálicos deste armazém?
A terra de protecção existente nas imediações do PT e distribuida pela instalação anda pelos 2 Ohms.

Cumprimentos
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Re: Questão pertinente

Mensagem por joaoosvaldo »

Riamar Escreveu:Engº Jorge Sousa só mais uma pergunta:

A terra de protecção existente no PT é distribuida pelas tomadas, máquinas etc. de toda a instalação.
Pode ligar-se a estrutura metálica do armazém a esta terra sem ser necessário construir uma outra terra própria junto do armazém onde são ligados directamente os pilares metálicos deste armazém?
A terra de protecção existente nas imediações do PT e distribuida pela instalação anda pelos 2 Ohms.

Cumprimentos
É um PT privado da instalação?

Se for pode interligar as terras formando uma terra única que deve ter um valor <= a 1 ohm.
Cumprimentos,

João Osvaldo Sousa


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Re: Questão pertinente

Mensagem por Riamar »

Engº João Sousa,

O PT é privado.
Deve então fazer-se uma terra própria e interligá-la à existente que distribui já pela instalação.
Porque é que não funciona bem só com a terra actual da instalação?
Porque tem que ser menor ou igual a 1 Ohm e não por exemplo 2 ou 3 ohms?

Obrigado
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Re: Questão pertinente

Mensagem por joaoosvaldo »

*Comentários a azul.
Riamar Escreveu:Engº João Sousa,

O PT é privado.
Deve então fazer-se uma terra própria e interligá-la à existente que distribui já pela instalação.
Porque é que não funciona bem só com a terra actual da instalação?

Porque dificilmente se conseguem fazer com que as terras sejam distintas por isso junta-se tudo.

Porque tem que ser menor ou igual a 1 Ohm e não por exemplo 2 ou 3 ohms?

Porque regulamentarmente deve ser inferior a 1 ohm, é apenas essa a razão.

Obrigado
Cumprimentos,

João Osvaldo Sousa


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Re: Questão pertinente

Mensagem por ENERGY »

joaoosvaldo Escreveu:*Comentários a azul.
Riamar Escreveu:Engº João Sousa,

O PT é privado.
Deve então fazer-se uma terra própria e interligá-la à existente que distribui já pela instalação.
Porque é que não funciona bem só com a terra actual da instalação?

Porque dificilmente se conseguem fazer com que as terras sejam distintas por isso junta-se tudo.

Porque tem que ser menor ou igual a 1 Ohm e não por exemplo 2 ou 3 ohms?

Porque regulamentarmente deve ser inferior a 1 ohm, é apenas essa a razão.

Obrigado
Boas
Deve garantir em qualquer epóca do ano valor inferior a 1 ohm.
Cpts.
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Re: Questão pertinente

Mensagem por Riamar »

Peço desculpa, mas no Regulamento de Postos de Transformação parece dizer que têm que ser inferiores a 20 Ohms, tanto a terra de serviço como a terra de protecção.
Já não se aplica este Regulamento?
Ou foi revisto recentemente?

Obrigado
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Re: Questão pertinente

Mensagem por joaoosvaldo »

Riamar Escreveu:Peço desculpa, mas no Regulamento de Postos de Transformação parece dizer que têm que ser inferiores a 20 Ohms, tanto a terra de serviço como a terra de protecção.
Já não se aplica este Regulamento?
Ou foi revisto recentemente?

Obrigado
O R.S.S.P.T.S. está em vigor mas aplica-se apenas às terras de protecção e de serviço dos PT's mas quando as terras são distintas quando estas estão confundidas tem de se obter um valor inferior a 1 ohm.
Cumprimentos,

João Osvaldo Sousa


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Re: Questão pertinente

Mensagem por Duzia12 »

Aplica-se no TT
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Re: Questão pertinente

Mensagem por ohmico »

Boas,

quando falam em resistência de terra de um ohm, estão a falar de terra única, conforme referido, mas não ficou claro até agora que esta incliu a terra de serviço.

ohmico
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