Limite resistência de terra ligação mastro antenas à terra
- asubida
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Boa noite,
Aparentemente na Televés escondem essa informação nos catálogos. Tem de se solicitar info detalhada. Quando tiver publico.
Já agora quem estiver interessado nas revistas técnicas da Televés pode descarregar do sitio
www.tdt-hd.com/portugues/infos/PDF/IT_43.pdf esta é a ultima
Para descarregar ou ler as anteriores é só colocar no endereço o número adequado
Mais info sobre terras: documento da ANACOM http://www.anacom.pt/streaming/manual_i ... ACHED_FILE
Saudações
Aparentemente na Televés escondem essa informação nos catálogos. Tem de se solicitar info detalhada. Quando tiver publico.
Já agora quem estiver interessado nas revistas técnicas da Televés pode descarregar do sitio
www.tdt-hd.com/portugues/infos/PDF/IT_43.pdf esta é a ultima
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Mais info sobre terras: documento da ANACOM http://www.anacom.pt/streaming/manual_i ... ACHED_FILE
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António Subida
Skype:subida
Blog: http://penanet.blogspot.com
email:antoniosubida@yahoo.com.br
3R- Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Cuide do Ambiente. Só temos disponível um planeta Terra. O planeta habitável mais próximo fica a milhares de anos-luz!
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- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Já para não dizer que os 20kA são pouco para uma descarga atmosférica directa!
Mas com descarregadores para onda 8/20 e com 20kA se sofrer uma descarga directa não me parece que vá sobrar muita coisa

Pois também estive à procura mas não aparece nada nos catálogos.asubida Escreveu:Boa noite,
Aparentemente na Televés escondem essa informação nos catálogos. Tem de se solicitar info detalhada. Quando tiver publico.
Já agora quem estiver interessado nas revistas técnicas da Televés pode descarregar do sitio
http://www.tdt-hd.com/portugues/infos/PDF/IT_43.pdf esta é a ultima
Para descarregar ou ler as anteriores é só colocar no endereço o número adequado
Mais info sobre terras: documento da ANACOM http://www.anacom.pt/streaming/manual_i ... ACHED_FILE
Saudações
Mas com descarregadores para onda 8/20 e com 20kA se sofrer uma descarga directa não me parece que vá sobrar muita coisa


- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Já enviei email à Teka a questionar sobre esta questão a ver o que respondem! Também solicitei à Televés as características do descarregador de sobretensões coaxial deles.
- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Cá está a folha de características do descarregador da Televés. Mas a informação é insuficiente lol.
- Anexos
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- Características Descarregador Sobretensões Coaxial Televés.pdf
- (110.19 KiB) Transferido 144 vezes
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Resposta da Televés:
"Os descarregadores são ensaiados com a onda 8/20, que é a onda estipulada para os sistemas de telecomunicações."
Não estou de acordo com esta resposta por isso gostava de saber outra opiniões aqui no Fórum. Quanto à Teka não responderam ao email enviado sobre a justificação de o descarregador deles estar preparado para a onda 8/20!!!
"Os descarregadores são ensaiados com a onda 8/20, que é a onda estipulada para os sistemas de telecomunicações."
Não estou de acordo com esta resposta por isso gostava de saber outra opiniões aqui no Fórum. Quanto à Teka não responderam ao email enviado sobre a justificação de o descarregador deles estar preparado para a onda 8/20!!!
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Estive a ver na Dehn e existem para todos os tipos.
http://www.dehn.de/cgi-bin/pdbWWWEF/ext ... :::::::int
http://www.dehn.de/cgi-bin/pdbWWWEF/ext ... :::::::int
Na norma IEC 62305, apenas está mencionado o seguinte:
For details concerning equipment withstand levels, the following standards are of relevance:
– The withstand level of the power installation is defined in IEC 60664-1.
– The withstand level of telecommunication equipment is defined in ITU-T K.20 and K.21.
http://www.dehn.de/cgi-bin/pdbWWWEF/ext ... :::::::int
http://www.dehn.de/cgi-bin/pdbWWWEF/ext ... :::::::int
Na norma IEC 62305, apenas está mencionado o seguinte:
For details concerning equipment withstand levels, the following standards are of relevance:
– The withstand level of the power installation is defined in IEC 60664-1.
– The withstand level of telecommunication equipment is defined in ITU-T K.20 and K.21.
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Confesso que fico baralhado com isto
O que eu queria saber é se os descarregadores a utilizar devem ser construídos de acordo com a onda 8/20 ou 10/350, a resposta não pode ser qualquer um serve
Mas se existem os dois tipos já é um bom começo.
Na minha opinião funcione ou não funcione e embora a probabilidade de acontecer um impacto directo seja reduzida a acontecer e caso não exista pára-raios propriamente dito serão as antenas que têm esta função, logo, podem ser alvo de um impacto directo e neste caso não se pode aplicar um descarregador 8/20
Quanto a mim os descarregadores onda 8/20 só podem ser utilizados caso exista pára-raios e que fica mais alto que as antenas (antenas dentro do volume de protecção) e distanciadas do pára-raios de pelo menos 3m (mínimo).


Na minha opinião funcione ou não funcione e embora a probabilidade de acontecer um impacto directo seja reduzida a acontecer e caso não exista pára-raios propriamente dito serão as antenas que têm esta função, logo, podem ser alvo de um impacto directo e neste caso não se pode aplicar um descarregador 8/20

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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
atenção que o manual ITUR só se aplica da ATU até à entrada da CVM, depois desta até à TT já estamos a falar em ITED.
- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Estive a ver na NP4426 e em relação a esta questão também pouco é referido apenas dizem que:
"O cabo coaxial deve ser protegido com um protector de sobretensões."
Agora a pergunta que se impõe é que características deve ter este protector de sobretensões

"O cabo coaxial deve ser protegido com um protector de sobretensões."
Agora a pergunta que se impõe é que características deve ter este protector de sobretensões


Última edição por joaoosvaldo em 28 out 2011, 21:42, editado 1 vez no total.
- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Relativamente a esta questão a ANACOM já se pronunciou:
Minha questão:
"De acordo com o Manual ITED 2.ª Edição devem ser utilizados descarregadores de sobretensões de cabo coaxial e a minha dúvida é num caso de uma instalação que não possua pára-raios propriamento dito serão as antenas das ITED que eventualmente poderão ser alvo de um impacto directo de uma descarga atmosférica desta forma os descarregadores a utilizar não deverão ser ensaiados para a onda 10/350? Faço esta questão porque os fabricantes mais conhecidos (não querendo enunciar nomes) só possuem descarregadores para a onda 8/20! A minha interpretação está correcta?
Quanto à corrente de descarga existe alguma forma de dimensionar esta característica dos descarregadores de cabo coaxial? Os descarregadores existentes no mercado das marcas mais conhecidas são de 20kA o que pode ser manifestamente pouco na minha opinião caso as antenas sofram um impacto directo. Sei que estes dimensionamentos são muito baseados em probabilidades mas de qualquer forma os 20kA não serão pouco?
Só para acrescentar em relação a esta questão no próprio Manual ITED 2.ª Edição diz o seguinte:
"Os valores obtidos com origem no Comité da Protecção de Descargas Atmosféricas da Comissão Electrotécnica Internacional (Technical Committee 81 da I.E.C.) demonstram que 50% das descargas atmosféricas apresentam uma corrente de pico de 33kA e 5% uma corrente superior a 85kA."
Daí em achar que os 20kA apresentados por alguns fabricantes ser pouco."
Resposta da ANACOM:
"O sistema de proteção de terras que consta do Manual ITED 2ª Edição, tem como objetivo a minimização dos efeitos da perturbação eletromagnética originada pelas descargas atmosféricas, tal como refere o ponto 15.4. Assim sendo, os descarregadores coaxiais são dimensionados para evitar danos, que poderão resultar dos efeitos de indução de descargas indiretas nas proximidades do edifício, que correspondem tipicamente a ondas de 8/20μs, e de modo a que a tensão de escorvamento seja inferior à tensão admitida no equipamento da rede de cabos coaxiais, tal como refere o ponto 15.7, do Manual ITED 2ª Edição. A proteção contra descargas diretas, correspondentes tipicamente a ondas 10/350μs, só poderá ser assegurada por um sistema de para-raios no edifício, tal como refere o ponto 15.6.1, do Manual ITED 2ª Edição."
Minha questão:
"De acordo com o Manual ITED 2.ª Edição devem ser utilizados descarregadores de sobretensões de cabo coaxial e a minha dúvida é num caso de uma instalação que não possua pára-raios propriamento dito serão as antenas das ITED que eventualmente poderão ser alvo de um impacto directo de uma descarga atmosférica desta forma os descarregadores a utilizar não deverão ser ensaiados para a onda 10/350? Faço esta questão porque os fabricantes mais conhecidos (não querendo enunciar nomes) só possuem descarregadores para a onda 8/20! A minha interpretação está correcta?
Quanto à corrente de descarga existe alguma forma de dimensionar esta característica dos descarregadores de cabo coaxial? Os descarregadores existentes no mercado das marcas mais conhecidas são de 20kA o que pode ser manifestamente pouco na minha opinião caso as antenas sofram um impacto directo. Sei que estes dimensionamentos são muito baseados em probabilidades mas de qualquer forma os 20kA não serão pouco?
Só para acrescentar em relação a esta questão no próprio Manual ITED 2.ª Edição diz o seguinte:
"Os valores obtidos com origem no Comité da Protecção de Descargas Atmosféricas da Comissão Electrotécnica Internacional (Technical Committee 81 da I.E.C.) demonstram que 50% das descargas atmosféricas apresentam uma corrente de pico de 33kA e 5% uma corrente superior a 85kA."
Daí em achar que os 20kA apresentados por alguns fabricantes ser pouco."
Resposta da ANACOM:
"O sistema de proteção de terras que consta do Manual ITED 2ª Edição, tem como objetivo a minimização dos efeitos da perturbação eletromagnética originada pelas descargas atmosféricas, tal como refere o ponto 15.4. Assim sendo, os descarregadores coaxiais são dimensionados para evitar danos, que poderão resultar dos efeitos de indução de descargas indiretas nas proximidades do edifício, que correspondem tipicamente a ondas de 8/20μs, e de modo a que a tensão de escorvamento seja inferior à tensão admitida no equipamento da rede de cabos coaxiais, tal como refere o ponto 15.7, do Manual ITED 2ª Edição. A proteção contra descargas diretas, correspondentes tipicamente a ondas 10/350μs, só poderá ser assegurada por um sistema de para-raios no edifício, tal como refere o ponto 15.6.1, do Manual ITED 2ª Edição."
- nelmindo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Resumindo:
Os descarregadores previstos no ITED, são para as correntes induzidas e nunca para descargas directas.
Para proteger as instalações de descargas directas, instalar para-raios.
Os descarregadores previstos no ITED, são para as correntes induzidas e nunca para descargas directas.
Para proteger as instalações de descargas directas, instalar para-raios.
- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Cá vai também uma troca de email's que fiz com o consultoriotecnico@ixus.pt:
Minha questão:
"De acordo com o Manual ITED 2.ª Edição devem ser utilizados descarregadores de sobretensões de cabo coaxial e a minha dúvida é num caso de uma instalação que não possua pára-raios propriamento dito serão as antenas das ITED que eventualmente poderão ser alvo de um impacto directo de uma descarga atmosférica desta forma os descarregadores a utilizar não deverão ser ensaiados para a onda 10/350? Faço esta questão porque os fabricantes mais conhecidos (não querendo enunciar nomes) só possuem descarregadores para a onda 8/20! A minha interpretação está correcta?
Quanto à corrente de descarga existe alguma forma de dimensionar esta característica dos descarregadores de cabo coaxial? Os descarregadores existentes no mercado das marcas mais conhecidas são de 20kA o que pode ser manifestamente pouco na minha opinião caso as antenas sofram um impacto directo. Sei que estes dimensionamentos são muito baseados em probabilidades mas de qualquer forma os 20kA não serão pouco?
Só para acrescentar em relação a esta questão no próprio Manual ITED 2.ª Edição diz o seguinte:
"Os valores obtidos com origem no Comité da Protecção de Descargas Atmosféricas da Comissão Electrotécnica Internacional (Technical Committee 81 da I.E.C.) demonstram que 50% das descargas atmosféricas apresentam uma corrente de pico de 33kA e 5% uma corrente superior a 85kA."
Daí em achar que os 20kA apresentados por alguns fabricantes ser pouco."
Resposta da IXUS:
"Realmente a afirmação está correta, no entanto se pensarmos que o sistema de antenas com proteção contra-descarga atmosféricas na antena, nunca deverá ser substituto a um sistema de pára-raios.
Por isso, quando se pensa num sistema de pára-raios é porque se estima antecipadamente que a zona / edifício apresentam elevadas probabilidades de serem afectadas por descargas atmosféricas.
No caso de se utilizar ou não sistemas de proteção contar descargas atmosféricas diretas, recomendo que se utilize descarregador atmosférico 4947 da Televés ou outro equivalente, onde os ensaios são feitos com a onda 8 / 20 (tem a ver com os tempos de subida e baixada, em microsegundos, do impulso de teste)."
Minha questão:
"Mas num edifício em que não seja instalado pára-raios em que o cálculo do risco não obrigue à sua instalação, nem seja obrigatório regulamentarmente, a probabilidade de acontecer um impacto directo é muito reduzida mas pode acontecer e as antenas como à partida estão no ponto mais alto do edifício constituem o ponto mais vulnerável para acontecer um impacto (embora com probabilidade remota) e neste caso os descarregadores ensaiados para a onda 8/20 não vão atenuar quase nada a descarga não estando estes a fazer grande protecção à instalação!
Desta forma na minha opinião já que são instalados descarregadores estes deveriam ser ensaiados para a onda 10/350 e ter uma capacidade de corrente de descarga superior para garantirem alguma protecção à instalação. É claro que na vida útil do edifício provavelmente e felizmente não irá acontecer um impacto directo mas de qualquer forma já que os descarregadores são instalados e são obrigatórios pelo Manual ITED 2.ª Edição deveriam ter uma maior utilidade na minha opinião."
Resposta da IXUS:
"Primeiramente devemos esclarecer que uma onda 10/350 microssegundos não possui maior impacto que uma onda 8/20 microssegundos. Pelo contrário, a de 8/20 microssegundos possuiu maior impacto inicial (maior energia) que a onda 10/350 microssegundos. É verdade que a onda 10/350 se prolonga mais no tempo mas não significa que o descarregador de sobretensões não esteja preparado para a escoar. A característica mais importante para além da crista de subida da onda (mais rápida na 8/20) é a corrente de descarga em kA que o descarregador pode suportar em segurança ou com o mínimo de danos. Neste contexto, um descarregador previsto para 8/20 microssegundos não possuiu necessariamente menores características que um descarregador previsto ou testado segundo uma onda 10/350.
Conforme as Regras Técnicas e o Manual ITED, se os mastros e/ou suportes das antenas estiverem devidamente ligadas à terra, a probabilidade de uma onda de descarga atmosférica entrar nas cablagens é diminuta. Ainda assim, as protecções contra sobrecargas e os para-raios são sempre importantes na coordenação de segurança de uma instalação ITED."
Minha questão:
"Sim a onda 8/20 possui maior energia nos primeiros microsegundos de uma descarga. Mas em relação à corrente de descarga dos descarregadores existentes no mercado é da ordem dos 20kA (Exemplo do Descarregador de Sobretensões de Cabo Coaxial da Teka Electronics, cód.: 290970) o que me parece pouco na possibilidade de um impacto directo embora seja pouco provável de acontecer na maior parte dos casos. Os descarregadores ensaiados para a onda 8/20 devem ser sempre instalados a jusante dos descarregadores ensaiados para a onda 10/350.
A razão destas minhas interrogações e peço desculpa por estar a insistir no assunto é porque já que a instalação dos descarregadores de sobretensões de cabo coaxial é obrigatória pelo Manual ITED 2.ª Edição e logo será um investimento a realizar obrigatoriamente pelos promotores/donos de obra não seria mais adequado utilizar um descarregador que desse mais garantias de protecção à instalação embora provavelmente e felizmente um impacto directo nunca irá acontecer no tempo de vida útil do edifício?"
Resposta da IXUS:
"Nesta altura estamos numa situação em que as opções do legislador estarão em causa. Neste contexto já não temos argumentos para discutir da oportunidade da opção tomada. Na verdade se acontecer uma descarga “a sério” nenhum descarregador estará à altura de a suportar. Se a descarga atingir os 1000 kV (1 MV) e uns prováveis 300 kA, não há descarregador que aguente. Concordamos com a ideia que se deveria investir de “uma vez só”, mas não teremos nunca certeza da justeza desse investimento. Na dúvida se cumprirmos com a legislação, ainda que tenhamos receios, estaremos já a fazer um bom trabalho.
As suas dúvidas são pertinentes, mas a legislação tem as suas imposições."
Minha questão:
"Pois concordo com o que disse. É claro que o dimensionamento de protecções contra descargas atmosféricas é baseado um pouco em probabilidades e podem falhar. E concordo que se acontecer uma descarga "a sério" por melhor que esteja dimensionado o sistema este não vai suportar.
Obrigado pela ajuda e "debate" sobre este assunto."
Minha questão:
"De acordo com o Manual ITED 2.ª Edição devem ser utilizados descarregadores de sobretensões de cabo coaxial e a minha dúvida é num caso de uma instalação que não possua pára-raios propriamento dito serão as antenas das ITED que eventualmente poderão ser alvo de um impacto directo de uma descarga atmosférica desta forma os descarregadores a utilizar não deverão ser ensaiados para a onda 10/350? Faço esta questão porque os fabricantes mais conhecidos (não querendo enunciar nomes) só possuem descarregadores para a onda 8/20! A minha interpretação está correcta?
Quanto à corrente de descarga existe alguma forma de dimensionar esta característica dos descarregadores de cabo coaxial? Os descarregadores existentes no mercado das marcas mais conhecidas são de 20kA o que pode ser manifestamente pouco na minha opinião caso as antenas sofram um impacto directo. Sei que estes dimensionamentos são muito baseados em probabilidades mas de qualquer forma os 20kA não serão pouco?
Só para acrescentar em relação a esta questão no próprio Manual ITED 2.ª Edição diz o seguinte:
"Os valores obtidos com origem no Comité da Protecção de Descargas Atmosféricas da Comissão Electrotécnica Internacional (Technical Committee 81 da I.E.C.) demonstram que 50% das descargas atmosféricas apresentam uma corrente de pico de 33kA e 5% uma corrente superior a 85kA."
Daí em achar que os 20kA apresentados por alguns fabricantes ser pouco."
Resposta da IXUS:
"Realmente a afirmação está correta, no entanto se pensarmos que o sistema de antenas com proteção contra-descarga atmosféricas na antena, nunca deverá ser substituto a um sistema de pára-raios.
Por isso, quando se pensa num sistema de pára-raios é porque se estima antecipadamente que a zona / edifício apresentam elevadas probabilidades de serem afectadas por descargas atmosféricas.
No caso de se utilizar ou não sistemas de proteção contar descargas atmosféricas diretas, recomendo que se utilize descarregador atmosférico 4947 da Televés ou outro equivalente, onde os ensaios são feitos com a onda 8 / 20 (tem a ver com os tempos de subida e baixada, em microsegundos, do impulso de teste)."
Minha questão:
"Mas num edifício em que não seja instalado pára-raios em que o cálculo do risco não obrigue à sua instalação, nem seja obrigatório regulamentarmente, a probabilidade de acontecer um impacto directo é muito reduzida mas pode acontecer e as antenas como à partida estão no ponto mais alto do edifício constituem o ponto mais vulnerável para acontecer um impacto (embora com probabilidade remota) e neste caso os descarregadores ensaiados para a onda 8/20 não vão atenuar quase nada a descarga não estando estes a fazer grande protecção à instalação!
Desta forma na minha opinião já que são instalados descarregadores estes deveriam ser ensaiados para a onda 10/350 e ter uma capacidade de corrente de descarga superior para garantirem alguma protecção à instalação. É claro que na vida útil do edifício provavelmente e felizmente não irá acontecer um impacto directo mas de qualquer forma já que os descarregadores são instalados e são obrigatórios pelo Manual ITED 2.ª Edição deveriam ter uma maior utilidade na minha opinião."
Resposta da IXUS:
"Primeiramente devemos esclarecer que uma onda 10/350 microssegundos não possui maior impacto que uma onda 8/20 microssegundos. Pelo contrário, a de 8/20 microssegundos possuiu maior impacto inicial (maior energia) que a onda 10/350 microssegundos. É verdade que a onda 10/350 se prolonga mais no tempo mas não significa que o descarregador de sobretensões não esteja preparado para a escoar. A característica mais importante para além da crista de subida da onda (mais rápida na 8/20) é a corrente de descarga em kA que o descarregador pode suportar em segurança ou com o mínimo de danos. Neste contexto, um descarregador previsto para 8/20 microssegundos não possuiu necessariamente menores características que um descarregador previsto ou testado segundo uma onda 10/350.
Conforme as Regras Técnicas e o Manual ITED, se os mastros e/ou suportes das antenas estiverem devidamente ligadas à terra, a probabilidade de uma onda de descarga atmosférica entrar nas cablagens é diminuta. Ainda assim, as protecções contra sobrecargas e os para-raios são sempre importantes na coordenação de segurança de uma instalação ITED."
Minha questão:
"Sim a onda 8/20 possui maior energia nos primeiros microsegundos de uma descarga. Mas em relação à corrente de descarga dos descarregadores existentes no mercado é da ordem dos 20kA (Exemplo do Descarregador de Sobretensões de Cabo Coaxial da Teka Electronics, cód.: 290970) o que me parece pouco na possibilidade de um impacto directo embora seja pouco provável de acontecer na maior parte dos casos. Os descarregadores ensaiados para a onda 8/20 devem ser sempre instalados a jusante dos descarregadores ensaiados para a onda 10/350.
A razão destas minhas interrogações e peço desculpa por estar a insistir no assunto é porque já que a instalação dos descarregadores de sobretensões de cabo coaxial é obrigatória pelo Manual ITED 2.ª Edição e logo será um investimento a realizar obrigatoriamente pelos promotores/donos de obra não seria mais adequado utilizar um descarregador que desse mais garantias de protecção à instalação embora provavelmente e felizmente um impacto directo nunca irá acontecer no tempo de vida útil do edifício?"
Resposta da IXUS:
"Nesta altura estamos numa situação em que as opções do legislador estarão em causa. Neste contexto já não temos argumentos para discutir da oportunidade da opção tomada. Na verdade se acontecer uma descarga “a sério” nenhum descarregador estará à altura de a suportar. Se a descarga atingir os 1000 kV (1 MV) e uns prováveis 300 kA, não há descarregador que aguente. Concordamos com a ideia que se deveria investir de “uma vez só”, mas não teremos nunca certeza da justeza desse investimento. Na dúvida se cumprirmos com a legislação, ainda que tenhamos receios, estaremos já a fazer um bom trabalho.
As suas dúvidas são pertinentes, mas a legislação tem as suas imposições."
Minha questão:
"Pois concordo com o que disse. É claro que o dimensionamento de protecções contra descargas atmosféricas é baseado um pouco em probabilidades e podem falhar. E concordo que se acontecer uma descarga "a sério" por melhor que esteja dimensionado o sistema este não vai suportar.
Obrigado pela ajuda e "debate" sobre este assunto."
- joaoosvaldo
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Re: Limite resistência de terra ligação mastro antenas à ter
Também consultei a QEnergia e os descarregadores para cabo coaxial da CITEL são para a onda 8/20. Mensagem da QEnergia:parreirajoao Escreveu:A Citel também tem.
Comercalizado pela QEnergia.
http://www.citel.us/coaxial_types_gas_tubes.html
"No caso das antenas, considera-se que não existe impacto directo, desta forma, os DPS para cabos coaxiais são todos tipo II. Peço que verifique os dispositivos na pág. D5 do catálogo da Citel."
O catálogo da CITEL está em anexo e realmente são todos para a onda 8/20 micro segundos. (Página 96 do PDF)
- Anexos
-
- General Catalog CITEL.pdf
- (7.43 MiB) Transferido 160 vezes
Última edição por joaoosvaldo em 30 dez 2011, 22:41, editado 1 vez no total.