Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamiliar
Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamiliar
Olá Caros foristas
Estou a construir uma vivenda e, pelo interesse na electricidade e domótica, foram-me surgindo algumas dúvidas.
Deparei-me com as protecções de sobretensão no quadro e queria saber se é possível proteger toda a instalação (1 quadro geral e quatro parciais) da seguinte forma
protecção tipo 1 + tipo 2 na entrada da instalação (SPN802 da Hager)
protecção tipo 3 na entrada de cada quadro (SPN408s da Hager)
Como alternativa, mais económica:
Tipo 2 na entrada (SPN 415D da hager)
Tipo 3 nos parciais (SPN408s da Hager)
A habitação é numa encosta com muitas árvores à volta, algumas a menos de 5 metros, em Braga
A linha da EDP é Aérea
A instalação é trifásica, dimensionada para 27KVa
Há poucas habitações no local(3) e não há para raios nas redondezas
Em relação a isto:
A protecção tipo 3 exige dimensionamento ou pode proteger todo um quadro?
Este tipo de protecção seria eficaz para proteger, por exemplo, computadores em qualquer tomada?
Compensa o investimento ?
Tipo 2 na entrada seria suficiente?
Peço desculpa se as dúvidas são básicas, mas li os tópicos relevantes e mantenho-as...
Cumprimentos
Ricardo
Estou a construir uma vivenda e, pelo interesse na electricidade e domótica, foram-me surgindo algumas dúvidas.
Deparei-me com as protecções de sobretensão no quadro e queria saber se é possível proteger toda a instalação (1 quadro geral e quatro parciais) da seguinte forma
protecção tipo 1 + tipo 2 na entrada da instalação (SPN802 da Hager)
protecção tipo 3 na entrada de cada quadro (SPN408s da Hager)
Como alternativa, mais económica:
Tipo 2 na entrada (SPN 415D da hager)
Tipo 3 nos parciais (SPN408s da Hager)
A habitação é numa encosta com muitas árvores à volta, algumas a menos de 5 metros, em Braga
A linha da EDP é Aérea
A instalação é trifásica, dimensionada para 27KVa
Há poucas habitações no local(3) e não há para raios nas redondezas
Em relação a isto:
A protecção tipo 3 exige dimensionamento ou pode proteger todo um quadro?
Este tipo de protecção seria eficaz para proteger, por exemplo, computadores em qualquer tomada?
Compensa o investimento ?
Tipo 2 na entrada seria suficiente?
Peço desculpa se as dúvidas são básicas, mas li os tópicos relevantes e mantenho-as...
Cumprimentos
Ricardo
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Os descarregadores de sobretensão do tipo 1 utilizam-se quando o edifício pode sofrer o impacto de uma descarga atmosférica directa, ou seja, se possuir pára-raios e/ou estiver em local isolado sendo o edifício mais alto das redondezas a probabilidade é maior, como não é este o caso visto que a moradia não possui pára-raios e tem árvores à volta com maior altura que a própria casa e também linha de alta tensão a existir problemas será com uma descarga atmosférica indirecta (que se propaga pelo solo até à casa), logo, neste caso pode utilizar apenas um descarregador do tipo 2 no quadro geral e do tipo 3 nos quadros parciais.
Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Muito obrigado pela resposta caro Eng. João
Depreendo que concorda que uma protecção tipo 3 nos quadros está apta para proteger todo o quadro.
É que assim julgo que o investimento compensa, com toda a quantidade de aparelhos electrónicos espalhados pela casa, eliminando a necessidade de adquirir réguas supressoras de picos.
Cumprimentos
Ricardo
Depreendo que concorda que uma protecção tipo 3 nos quadros está apta para proteger todo o quadro.
É que assim julgo que o investimento compensa, com toda a quantidade de aparelhos electrónicos espalhados pela casa, eliminando a necessidade de adquirir réguas supressoras de picos.
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Sim os do tipo 3 serão suficientes para protecção de equipamentos electrónicos. Mas não esquecer de colocar do tipo 2 no quadro geral a montante dos do tipo 3.rfssantos Escreveu:Muito obrigado pela resposta caro Eng. João
Depreendo que concorda que uma protecção tipo 3 nos quadros está apta para proteger todo o quadro.
É que assim julgo que o investimento compensa, com toda a quantidade de aparelhos electrónicos espalhados pela casa, eliminando a necessidade de adquirir réguas supressoras de picos.
Cumprimentos
Ricardo
Não esquecer ainda que alguns descarregadores (DST's) devem possuir protecção por disjuntor (alguns são auto-protegidos) deve tirar esta dúvida com o fabricante para eles indicarem o disjuntor de protecção adequado para cada DST.
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Apenas mais algumas dicas.
Normalmente é raro ver-se alguém efectuar num determinado projecto a chamada "análise de risco" de uma PCDA.
De acordo com as novas normas de PCDA, IEC 62305, existe a parte 2, em que se indica como devem ser efectuados todos os cálculos e deveriam de ser efectuados por todos os projectistas.
Nós também temos a NP 4426, em que podemos calcular qual o nível de protecção e face a isso, escolher qual o melhor método de protecção.
Nesta norma IEC 62305-2, existe um anexo "H", em que estão 3 exemplos: Para moradia de campo, hospital e edificio de escritórios.
Para a moradia de campo, com entrada aérea de energia e de telecomunicações (semelhante à do nosso amigo de Braga), o R1 (risco calculado) é maior que o Rt (risco tolerável), o que quer dizer que temos de impôr medidas de protecção e neste exemplo não chegam apenas os DST, terá de se colocar também um sistema de PCDA, através de um pára-raios.
Não se esqueçam que para o distrito de Braga o valor de Ng (densidade anual de impactos na região), é dos mais altos de Portugal.
Cálculo de cada tipo de risco:
R=N*P*L
em que "N" - número de eventos por ano
"P" - A probabilidade de danificar a estrutura
"L" - Consequencia de perdas
Mais uma dica: Entrem em contacto com a QEnergia, que eles já têm software que permite o cálculo expedito desta análise de risco, identificando de imediato, qual o nível de protecção calculado.
Normalmente é raro ver-se alguém efectuar num determinado projecto a chamada "análise de risco" de uma PCDA.
De acordo com as novas normas de PCDA, IEC 62305, existe a parte 2, em que se indica como devem ser efectuados todos os cálculos e deveriam de ser efectuados por todos os projectistas.
Nós também temos a NP 4426, em que podemos calcular qual o nível de protecção e face a isso, escolher qual o melhor método de protecção.
Nesta norma IEC 62305-2, existe um anexo "H", em que estão 3 exemplos: Para moradia de campo, hospital e edificio de escritórios.
Para a moradia de campo, com entrada aérea de energia e de telecomunicações (semelhante à do nosso amigo de Braga), o R1 (risco calculado) é maior que o Rt (risco tolerável), o que quer dizer que temos de impôr medidas de protecção e neste exemplo não chegam apenas os DST, terá de se colocar também um sistema de PCDA, através de um pára-raios.
Não se esqueçam que para o distrito de Braga o valor de Ng (densidade anual de impactos na região), é dos mais altos de Portugal.
Cálculo de cada tipo de risco:
R=N*P*L
em que "N" - número de eventos por ano
"P" - A probabilidade de danificar a estrutura
"L" - Consequencia de perdas
Mais uma dica: Entrem em contacto com a QEnergia, que eles já têm software que permite o cálculo expedito desta análise de risco, identificando de imediato, qual o nível de protecção calculado.
- joaoosvaldo
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Estou de acordo. Mas o autor do post refere que existem árvores a menos de 5 metros com altura superior à da moradia. Daí ter indicado a não necessidade de instalar pára-raios. Perante estes dados (e sem conhecer o local) a probabilidade da moradia ser alvo de um impacto directo é ínfima.
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Estou parcialmente de acordo.
Mas a questão das árvores é só um factor que entra numa das fórmulas.
Existem muitos mais parâmetros:
Tem materiais inflamáveis?
Está ocupada normalmente?
Qual o tipo de estrutura do telhado?
Já reparou no mapa ceráunico para o distrito de Braga?
Mas a questão das árvores é só um factor que entra numa das fórmulas.
Existem muitos mais parâmetros:
Tem materiais inflamáveis?
Está ocupada normalmente?
Qual o tipo de estrutura do telhado?
Já reparou no mapa ceráunico para o distrito de Braga?
joaoosvaldo Escreveu:Estou de acordo. Mas o autor do post refere que existem árvores a menos de 5 metros com altura superior à da moradia. Daí ter indicado a não necessidade de instalar pára-raios. Perante estes dados (e sem conhecer o local) a probabilidade da moradia ser alvo de um impacto directo é ínfima.
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Concordo plenamente que o ideal será fazer uma análise de risco. Mas com árvores tão perto (< 5 metros) estas próprias irão actuar como captor natural o que será necessário averiguar é se as árvores têm altura suficiente para que a moradia esteja dentro da esfera fictícia de protecção.parreirajoao Escreveu:Estou parcialmente de acordo.
Mas a questão das árvores é só um factor que entra numa das fórmulas.
Existem muitos mais parâmetros:
Tem materiais inflamáveis?
Está ocupada normalmente?
Qual o tipo de estrutura do telhado?
Já reparou no mapa ceráunico para o distrito de Braga?
joaoosvaldo Escreveu:Estou de acordo. Mas o autor do post refere que existem árvores a menos de 5 metros com altura superior à da moradia. Daí ter indicado a não necessidade de instalar pára-raios. Perante estes dados (e sem conhecer o local) a probabilidade da moradia ser alvo de um impacto directo é ínfima.
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Para saber qual o raio da esfera, terá de calcular o nível de protecção.
Estamos de acordo.
Estamos de acordo.
joaoosvaldo Escreveu:Concordo plenamente que o ideal será fazer uma análise de risco. Mas com árvores tão perto (< 5 metros) estas próprias irão actuar como captor natural o que será necessário averiguar é se as árvores têm altura suficiente para que a moradia esteja dentro da esfera fictícia de protecção.parreirajoao Escreveu:Estou parcialmente de acordo.
Mas a questão das árvores é só um factor que entra numa das fórmulas.
Existem muitos mais parâmetros:
Tem materiais inflamáveis?
Está ocupada normalmente?
Qual o tipo de estrutura do telhado?
Já reparou no mapa ceráunico para o distrito de Braga?
joaoosvaldo Escreveu:Estou de acordo. Mas o autor do post refere que existem árvores a menos de 5 metros com altura superior à da moradia. Daí ter indicado a não necessidade de instalar pára-raios. Perante estes dados (e sem conhecer o local) a probabilidade da moradia ser alvo de um impacto directo é ínfima.
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
É uma solução, mas bastante cara. Muito utilizada em hospitais.
O mais simples seria colocar uma ponta captora tipo Franklin, com um pequeno mastro e pelo menos uma descida artificial, se possivel por dentro da estrutura, por questões de arquitectura.
Se o telhado é plano, como captor, poderá colocar uma barra de aço galvanizado, no perímetro do mesmo.
Como eléctrodo de terra, colocaria 2/3 eléctrodos, tipo "piquet", em aço cobreado.
Veja o documento que lhe envio. É simples e muito bom. Faz um resumo à norma IEC 62305.
Neste link encontrará mais informação
http://www.dehn.co.uk/uk/service/downlo ... uide.shtml
O mais simples seria colocar uma ponta captora tipo Franklin, com um pequeno mastro e pelo menos uma descida artificial, se possivel por dentro da estrutura, por questões de arquitectura.
Se o telhado é plano, como captor, poderá colocar uma barra de aço galvanizado, no perímetro do mesmo.
Como eléctrodo de terra, colocaria 2/3 eléctrodos, tipo "piquet", em aço cobreado.
Veja o documento que lhe envio. É simples e muito bom. Faz um resumo à norma IEC 62305.
Neste link encontrará mais informação
http://www.dehn.co.uk/uk/service/downlo ... uide.shtml
Duzia12 Escreveu:É fazer uma gaiola de Faraday
- Anexos
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Correcto. Pode-se também de forma simplificada considerar (numa primeira análise) o nível mais elevado de protecção (I++), que é o caso mais desfavorável, e verificar se a altura das árvores é suficiente, se for suficiente não é necessário pára-raios e não se tem de fazer mais qualquer cálculo. Caso não seja suficiente então tem de ser feito o cálculo do risco!
Para o nível de protecção I++ o raio da esfera é de 20 metros (ver tópico: http://www.eletricidade.net/viewtopic.p ... 426#p38959).
Se o autor do tópico souber a altura das árvores e dar uma ideia da moradia (altura, largura, comprimento e se existem zonas mais altas que sobressaiam tipo chaminé, etc.) rapidamente averigua-se, com esta forma simplificada, a necessidade ou não de instalar pára-raios. Mas pode não ser suficiente esta simples análise!
Para o nível de protecção I++ o raio da esfera é de 20 metros (ver tópico: http://www.eletricidade.net/viewtopic.p ... 426#p38959).
Se o autor do tópico souber a altura das árvores e dar uma ideia da moradia (altura, largura, comprimento e se existem zonas mais altas que sobressaiam tipo chaminé, etc.) rapidamente averigua-se, com esta forma simplificada, a necessidade ou não de instalar pára-raios. Mas pode não ser suficiente esta simples análise!
Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
parreirajoao Escreveu:Estou parcialmente de acordo.
Mas a questão das árvores é só um factor que entra numa das fórmulas.
Existem muitos mais parâmetros:
Trata-se de uma construção de dois corpos unidos, sendo um deles em betão/alvenaria/capoto e outro em construção de pedra clássica (reaproveitada)Tem materiais inflamáveis?
Numa primeira fase nãoEstá ocupada normalmente?
Cobertura plana no corpo reconstruido, telhado de duas águas em cerâmica (telha marselha) com suporte em madeira e cobertura plana no corpo remodeladoQual o tipo de estrutura do telhado?
imagem global
Como poderão ver pelas cotas do desenho, a encosta é bastante íngreme. Esta a a zona mais "aberta" porque tem campos de cultivo, mas tem ainda algumas estrutras mais altas muito perto, como o caso do sequeiro (SEQ) e algumas árvores. A encosta continua-se depois para cima (a cerca de 200-300 metros) por floresta de eucaliptos e pinheiros, e para baixo tem muitas árvores também, que cobrem a linha aérea.
Existem apenas mais duas habitações na zona e existem duas represas de água, uma ao lado da habitação e outra acima da cota da mesma
Obrigado pela esclarecedora discussão.
- joaoosvaldo
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Re: Protecção contra descargas atmosféricas em hab unifamili
Pela descrição que faz acho exagerado considerar um pára-raios. Acho que não é necessário. Mas se tiver disponibilidade financeira para tal não perde nada em instalar um pára-raios muito pelo contrário só ganha (mais protegido fica de certeza).
Fiz um pequeno cálculo do risco com o software da QEnergia (QIoniflash) e o resultado é um nível III de protecção. Com este nível de protecção o raio da esfera fictícia é de 45 metros. Não sei qual a distância exacta das árvores nem dos outros objectos de altura superior à moradia, e era necessário ter uma ideia da altura das árvores.
Considerações que fiz no cálculo:
- considerei a altura da moradia de 10 metros (penso que deve ser inferior mas de qualquer forma agravei este factor);
- fiz o cálculo para o edifício com telhado (comprimento de 20.4m e largura de 7m aproximadamente), pode ser necessário agravar estas medidas para cobrir os dois corpos da moradia caso não existam pelo meio "objectos" de altura superior (como vê é necessário ter uma perfeita ideia do espaço para um cálculo o mais realista possível);
- considerei a moradia normalmente ocupada apesar de ter dito que numa primeira fase não estaria;
- o facto mais discutível deve ser o C3 que podia-se considerar um valor igual a 2.0 (valor comum ou normalmente inflamável) mas este conduz na mesma a um nível III;
- considerei o índice ceráunico igual a 22.4 que é o valor apresentado na NP4426 para Viana do Castelo (é o local mais próximo dos apresentados na Norma, não existe valor definido para Braga).
Ter ainda em atenção que este software já não é valido de acordo com a emenda à norma NP4426 mas de qualquer forma para este caso dá para ter uma ideia.
Deixo em anexo o cálculo realizado.
Ter em conta que estamos a falar de uma moradia! Se fosse um Hospital, Lar de Idosos, Centro de Saúde, etc., aí sim considerava pára-raios.
Outro ponto a ter em conta é que a moradia não está no cimo do monte! Isto é tudo muito relativo mas a probabilidade maior é de uma descarga cair em cima de uma árvore mais alta e não na moradia!
P.S.: Se souber dizer qual a altura das árvores mais próximas e a que distância estão da moradia era o ideal, bem como a altura da moradia!
Fiz um pequeno cálculo do risco com o software da QEnergia (QIoniflash) e o resultado é um nível III de protecção. Com este nível de protecção o raio da esfera fictícia é de 45 metros. Não sei qual a distância exacta das árvores nem dos outros objectos de altura superior à moradia, e era necessário ter uma ideia da altura das árvores.
Considerações que fiz no cálculo:
- considerei a altura da moradia de 10 metros (penso que deve ser inferior mas de qualquer forma agravei este factor);
- fiz o cálculo para o edifício com telhado (comprimento de 20.4m e largura de 7m aproximadamente), pode ser necessário agravar estas medidas para cobrir os dois corpos da moradia caso não existam pelo meio "objectos" de altura superior (como vê é necessário ter uma perfeita ideia do espaço para um cálculo o mais realista possível);
- considerei a moradia normalmente ocupada apesar de ter dito que numa primeira fase não estaria;
- o facto mais discutível deve ser o C3 que podia-se considerar um valor igual a 2.0 (valor comum ou normalmente inflamável) mas este conduz na mesma a um nível III;
- considerei o índice ceráunico igual a 22.4 que é o valor apresentado na NP4426 para Viana do Castelo (é o local mais próximo dos apresentados na Norma, não existe valor definido para Braga).
Ter ainda em atenção que este software já não é valido de acordo com a emenda à norma NP4426 mas de qualquer forma para este caso dá para ter uma ideia.
Deixo em anexo o cálculo realizado.
Ter em conta que estamos a falar de uma moradia! Se fosse um Hospital, Lar de Idosos, Centro de Saúde, etc., aí sim considerava pára-raios.
Outro ponto a ter em conta é que a moradia não está no cimo do monte! Isto é tudo muito relativo mas a probabilidade maior é de uma descarga cair em cima de uma árvore mais alta e não na moradia!
P.S.: Se souber dizer qual a altura das árvores mais próximas e a que distância estão da moradia era o ideal, bem como a altura da moradia!
- Anexos
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- Cálculo Risco rfssantos.pdf
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