Consumo anual de energia eléctrica- Ponta por Habitação

[Nefelim]

Olá

O consumo anual em 2002 foi de 45.675 GWh.............................1GWh=1.000.000 Kwh


http://www.energaia.pt/matriz/electrica.php

39% do consumo é doméstico. Estimativa de um concelho poderá a nivel nacional não ser o mesmo










45.675x0,39= 17.813 GWh

São perto de 5.500.000 habitações teremos, muitas sem luz se calhar, mas,,,,

Por habitante será por Mês 17.813x10^6 KWh/(12 mesesx5,5 milhoes de habitações)=269 KWh

269 KW/(31 diasx3,45 KVA)=1,26 Horas da potência contratada 3,45 KVA


Fonte: Redes de Energia Eléctrica de José Pedro Sucena Paiva


Um abraço

[Nefelim]

Olá

Um artigo interessante

http://errosdenumeros.blogspot.com/




Erro típico das unidades de energia eléctrica "'Não temos petróleo mas temos vento e água'", a propósito do lançamento do obra da barragem do Baixo Sabor. Diz a senhora jornalista o seguinte: "Com uma potência de 170 megawatts e uma produção anual de 250 gigawatts/hora, o Baixo Sabor representa um investimento de 354 milhões de euros...". O erro está na unidade de energia aplicada, a qual deveria ser escrita gigawatts hora e não gigawatts/hora, ou seja, não se deve pôr a barra, porque não há uma divisão, mas sim uma multiplicação, como eu explico na seguinte entrada:

kWh ou kW/h?

Vamos fazer duas contas interessantes.

A primeira, é para saber qual é a percentagem equivalente do tempo, no período de um ano, que a dita central hidroeléctrica está a funcionar à sua potência máxima.
Em Portugal, como em muitos países, a chuva não é uniforme ao longo do ano e, portanto, é natural que a barragem não esteja sempre a fornecer energia à rede.
A senhora jornalista dá-nos a potência da central hidroeléctrica, bem como a energia média a ser produzida num ano.
Assim, e dado que a energia é, grosso modo, igual à potência multiplicada pelo tempo, temos o seguinte: 250 GWh = 250 000 MWh, e o número equivalente de horas a que a barragem está a funcionar à sua potência máxima = 250 000 MWh / 170 MW = 1 470 horas.
Como um ano tem 365 x 24 = 8 760 horas, então a barragem funciona numa percentagem equivalente de 1 470 / 8 760 = 17% do tempo à sua potência máxima. Número que eu suponho que seja muito inferior ao de uma central termoeléctrica, já que esta não depende de factores climatéricos sazonais.
Se multiplicarmos os 17% pelos 12 meses do ano, obtemos aproximadamente 2 meses. Isto quer dizer que a tal central hidroeléctrica funciona um tempo equivalente a 2 meses, à sua potência máxima, por ano.
Em engenharia existe o conceito de duty-cycle, com o significado da percentagem de tempo que um determinado engenho está a funcionar.

A segunda conta é a seguinte: qual a percentagem do consumo de electricidade que esta barragem permite suprir? Já mencionámos neste blogue que o total da energia eléctrica, distribuída em Portugal em 2006, foi de 49 189 GWh. Logo, a dita barragem permite satisfazer 250 GWh / 49 189 GWh = 0,51% das nossas necessidades eléctricas actuais. Ou seja, uma parte em duzentas do nosso consumo.


Um abraço

[burnin]

O erro está na unidade de energia aplicada, a qual deveria ser escrita gigawatts hora e não gigawatts/hora, ou seja, não se deve pôr a barra, porque não há uma divisão, mas sim uma multiplicação, como eu explico na seguinte entrada:

kWh ou kW/h?

Concordo, mas não será talvez uma questão de "português"? Porque estamos habituados a dizer "kilo watt por hora" e aqui o "por" tem o equivalente simbólico (vamos chamar-lhe assim), de "/".

Já aqui disse uma vez e acho sempre interessante repetir

1 W = 1 Joule "por" segundo
1 Wh = 3600 Joule (3.600 s X 1 Joule)

Quando se diz que um gerador tem a potência de 170MW estamos a querer dizer que esse gerador tem a capacidade de produzir num segundo 170 MJ de energia.

Quanto à parte das "barragens", eu prefiro chamar-lhes de Centrais Hidroeléctricas (CH para os amigos), é óbvio que não estão a funcionar à potencia nominal máxima a tempo inteiro. Mas há que ver que a função delas vai muito mais além do que simplesmente produzir electricidade. Como estas podem armazenar água, são uma fonte importante deste recurso, quer em termos de abastecimento/regas quer em termos de armazenamento de energia propriamente dita, de outro modo so era conseguido se tivéssemos recursos naturais ou financeiros para armazenar combustíveis fosseis em quantidade. Outra das vantagens das CH, que por esta razão não estão sempre à sua potencia máxima, é a de podermos ter um recurso de rápida resposta, isto é, em casos de pico de consumo, os grupos geradores podem atingir a sua potencia máxima num curto espaço de tempo (menos de 30s) que é consideravelmente menor do que por exemplo as termoeléctricas ou mesmo as renováveis.

[Mário]

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