Porquê que a tesão de perigo é de 50V AC e 120V DC?
Não entendo porque é que é muito mais elevada em DC do que em AC?
Cumprimentos,
MR
Corrente alternada vs corrente contínua
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- nelmindo
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Re: Corrente alternada vs corrente contínua
A frequência de 50 Hz utilizada nas nossas instalações eléctricas, corresponde a um valor escolhido por razões técnicas. Contudo, é esta gama de valores a mais perigosa para o organismo, pois os fenómenos (frequência da corrente eléctrica e frequência cardíaca), são muito semelhantes, em termos proporcionais.
A utilização dos aparelhos médicos de alta frequência não ocasionam nenhuma percepção dolorosa ao paciente, mas apenas um ligeiro efeito térmico, uma vez que as correntes de altas frequências (acima dos 10 000 HZ) percorrem a periferia da pele, não penetrando no interior do organismo.
Este tipo de corrente eléctrica, de alta frequência, utiliza apenas a periferia do condutor “criando” um buraco no seu interior sem corrente eléctrica. Este tipo de condutores é designado por “Guias de Onda”. Estes efeitos são estudados em telecomunicações, devido às altas-frequências usadas.
No gráfico seguinte, podemos observar que, na medida em que a frequência aumenta, os riscos de fibrilação diminuem. Isto não significa que o perigo não seja uma constante, pois os riscos de queimaduras são neste caso trocados pelos riscos da fibrilação.
NOTA: A corrente alterna é cerca de 1,5 vezes mais perigosa que a corrente contínua devido à variação do seu sentido 1 – Limite do valor da corrente que não dá lugar a reacção.
2 – Limiar da percepção para cerca de 50% das pessoas.
3 – Limiar da percepção para cerca de 99% das pessoas.
4 – Corrente limite que permite que 99% das pessoas se libertem do contacto.
5– Corrente limite que permite que 50% das pessoas se libertem do contacto.
Em geral, a corrente contínua (CC) é menos perigosa que a corrente alternada (CA). Os efeitos da corrente alternada no organismo dependem em grande parte da velocidade com que ela alterna (isto é, sua frequência), que é medida em ciclos por segundo (hertz). As correntes de baixa frequência (de 50 a 60 hertz) utilizadas nos Estados Unidos, são mais perigosas que correntes de alta-frequência e 3 a 5 vezes mais perigosas que uma corrente contínua de mesma tensão e intensidade. A corrente contínua tende a causar fortes contracções musculares que, frequentemente, fazem com que a vítima se afaste da fonte de corrente. A corrente alternada a 60 hertz, frequentemente, faz com que os músculos permaneçam contraídos na posição impedindo que as vítimas consigam soltar a fonte de corrente. Em decorrência disso, a exposição pode ser prolongada, causando queimaduras graves. Geralmente, quanto mais alta a tensão e a corrente, maior a lesão, independentemente do tipo de corrente.
A utilização dos aparelhos médicos de alta frequência não ocasionam nenhuma percepção dolorosa ao paciente, mas apenas um ligeiro efeito térmico, uma vez que as correntes de altas frequências (acima dos 10 000 HZ) percorrem a periferia da pele, não penetrando no interior do organismo.
Este tipo de corrente eléctrica, de alta frequência, utiliza apenas a periferia do condutor “criando” um buraco no seu interior sem corrente eléctrica. Este tipo de condutores é designado por “Guias de Onda”. Estes efeitos são estudados em telecomunicações, devido às altas-frequências usadas.
No gráfico seguinte, podemos observar que, na medida em que a frequência aumenta, os riscos de fibrilação diminuem. Isto não significa que o perigo não seja uma constante, pois os riscos de queimaduras são neste caso trocados pelos riscos da fibrilação.
NOTA: A corrente alterna é cerca de 1,5 vezes mais perigosa que a corrente contínua devido à variação do seu sentido 1 – Limite do valor da corrente que não dá lugar a reacção.
2 – Limiar da percepção para cerca de 50% das pessoas.
3 – Limiar da percepção para cerca de 99% das pessoas.
4 – Corrente limite que permite que 99% das pessoas se libertem do contacto.
5– Corrente limite que permite que 50% das pessoas se libertem do contacto.
Em geral, a corrente contínua (CC) é menos perigosa que a corrente alternada (CA). Os efeitos da corrente alternada no organismo dependem em grande parte da velocidade com que ela alterna (isto é, sua frequência), que é medida em ciclos por segundo (hertz). As correntes de baixa frequência (de 50 a 60 hertz) utilizadas nos Estados Unidos, são mais perigosas que correntes de alta-frequência e 3 a 5 vezes mais perigosas que uma corrente contínua de mesma tensão e intensidade. A corrente contínua tende a causar fortes contracções musculares que, frequentemente, fazem com que a vítima se afaste da fonte de corrente. A corrente alternada a 60 hertz, frequentemente, faz com que os músculos permaneçam contraídos na posição impedindo que as vítimas consigam soltar a fonte de corrente. Em decorrência disso, a exposição pode ser prolongada, causando queimaduras graves. Geralmente, quanto mais alta a tensão e a corrente, maior a lesão, independentemente do tipo de corrente.
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Re: Corrente alternada vs corrente contínua
O esclarecimento foi bastante elucidativo mas fez surgir uma nova dúvida.
Porquê que a corrente contínua provoca contracções fortes e a corrente alternada faz os músculos permanecem contraidos?
É que à primeira vista eu daria que a corrente contínua é que manteria os músculos "continuamente" contráidos e a alternada é que provocaria as contracções musculares.
Cumprimentos,
MR
Porquê que a corrente contínua provoca contracções fortes e a corrente alternada faz os músculos permanecem contraidos?
É que à primeira vista eu daria que a corrente contínua é que manteria os músculos "continuamente" contráidos e a alternada é que provocaria as contracções musculares.
Cumprimentos,
MR
Re: Corrente alternada vs corrente contínua
Não! São coisas distintas!nelmindo Escreveu: Este tipo de corrente eléctrica, de alta frequência, utiliza apenas a periferia do condutor “criando” um buraco no seu interior sem corrente eléctrica. Este tipo de condutores é designado por “Guias de Onda”. Estes efeitos são estudados em telecomunicações, devido às altas-frequências usadas.
O chamado efeito pelicular (skin effect) não ocorre nas pessoas (apesar do nome em inglês!), ocorre nos condutores, e é uma consequência da auto-indução no próprio fio que conduz a corrente. Realmente, no interior do condutor deixa de existir corrente (explicar porquê requer algumas contas). Os cabos que são utilizados no transporte de electricidade aproveitam esse facto, utilizando no seu interior aço, que fortalece mecânicamente o cabo, e, apesar de o aço ter uma resistividade superior à do alumínio, a resistência do cabo mantém-se, pois a electricidade não passa pelo condutor interior.
Uma guia de onda é algo completamente diferente. É verdade que um condutor pode ser utilizado como uma guia de onda per-si, mas apenas para frequências muito-muito altas (largas dezenas de GHz). O uso mais comum para os guias de onda é para frequências a partir de aproximadamente 1GHz.
Um guia de onda (http://www.radio-electronics.com/info/a ... eguide.gif) é basicamente um tubo metálico, que é utilizado para guiar ondas electromagnéticas no seu interior. As paredes funcionam como reflectores, obrigando assim a onda a propagar-se no interior, com "poucas" perdas.
Uma corrente contínua contrai os músculos. A corrente alternada no seu pico também os contrai, mas conforme a sinusóide se aproxima do zero, o efeito reduz-se.
Também é importante não esquecer que uma sinusóide com 50V eficazes, tem um valor de pico de 70V.
Espero ter ajudado a clarificar as coisas...
Re: Corrente alternada vs corrente contínua
ah, e toda a gente sabe que apanhar choques eléctricos enquanto se está a comer, pode causar uma congestão letal! O mesmo se aplica a mexer em baterias/pilhas durante as refeições! pode ser letal!