Acompanhamento da obra
- pgoulao
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Re: Acompanhamento da obra
Bom dia, caros amigos
Sendo um postador pouco activo, por falta de tempo, não posso deixar de contribuir com os meus dois centavos para esta discussão. Friso que tb eu sou projectista, para enquadrar o que vou dizer a seguir.
Acho que esta discussão, se vai se não vai, só se põe por causa do nacional "porreirismo" e facilitismo, a leitura do DEC LEI é directa e não se presta a interpretações dúbias, no entanto percebo que alguns colegas tenham reticências em ir à obra, principalmente por 2 ordens de razão (à la Pacheco Pereira):
1ª situação: vendedores de assinaturas.
Neste grupo enquadram-se todos os "projectistas", que não tendo conhecimentos técnicos, tempo ou paciência para elaborarem os projectos de mote próprio empenham o seu bom nome e a sua integridade profissional por meia dúzia de tostões ou duas dúzias é indiferente.
2ª situação: maus matemáticos
Neste grupo enquadram-se todos os "projectistas" que independentemente de terem conhecimentos técnicos ou não, ainda não perceberam que o valor de um trabalho é a soma de todas as componentes do mesmo, assim sendo se o acompanhamento da obra faz parte das obrigações do projectista, é mais uma parcela a ter em consideração aquando do orçamento para o projecto.
Em qualquer destas situações facilmente chegamos à conclusão que o acompanhamento da obra está comprometido. Não é fácil gastar gasóleo para ir à obra quando o valor que se cobrou pelo projecto, não chega sequer para pagar as cópias. Não é fácil ir acompanhar a execução quando a única coisa que conhecemos do projecto é o "carapau" na ficha técnica.
Caros amigos, não quero gerar grande confusão com este post, quero apenas contribuir com a minha experiência de quase 10 anos de acompanhamento de obras na área das telecomunicações, frisando que felizmente cada vez mais há bons exemplos, e pedindo encarecidamente que não andem à procura do buraco na lei para não terem que cumpri-la. Se os tempos mudam devemos mudar com eles, se as nossas obrigações aumentam, devemos encara-las como voto de confiança no nosso trabalho e corresponder às expectativas. Todas as actividades envolvem responsabilidade, todas as tarefas, quando bem executadas têm valor e são válidas. Sejam responsáveis e assinem os vossos termos de responsabilidade conscientes do que quer dizer RESPONSABILIDADE e tudo o resto fica resolvido por si.
Grande abraço
PGoulão
Sendo um postador pouco activo, por falta de tempo, não posso deixar de contribuir com os meus dois centavos para esta discussão. Friso que tb eu sou projectista, para enquadrar o que vou dizer a seguir.
Acho que esta discussão, se vai se não vai, só se põe por causa do nacional "porreirismo" e facilitismo, a leitura do DEC LEI é directa e não se presta a interpretações dúbias, no entanto percebo que alguns colegas tenham reticências em ir à obra, principalmente por 2 ordens de razão (à la Pacheco Pereira):
1ª situação: vendedores de assinaturas.
Neste grupo enquadram-se todos os "projectistas", que não tendo conhecimentos técnicos, tempo ou paciência para elaborarem os projectos de mote próprio empenham o seu bom nome e a sua integridade profissional por meia dúzia de tostões ou duas dúzias é indiferente.
2ª situação: maus matemáticos
Neste grupo enquadram-se todos os "projectistas" que independentemente de terem conhecimentos técnicos ou não, ainda não perceberam que o valor de um trabalho é a soma de todas as componentes do mesmo, assim sendo se o acompanhamento da obra faz parte das obrigações do projectista, é mais uma parcela a ter em consideração aquando do orçamento para o projecto.
Em qualquer destas situações facilmente chegamos à conclusão que o acompanhamento da obra está comprometido. Não é fácil gastar gasóleo para ir à obra quando o valor que se cobrou pelo projecto, não chega sequer para pagar as cópias. Não é fácil ir acompanhar a execução quando a única coisa que conhecemos do projecto é o "carapau" na ficha técnica.
Caros amigos, não quero gerar grande confusão com este post, quero apenas contribuir com a minha experiência de quase 10 anos de acompanhamento de obras na área das telecomunicações, frisando que felizmente cada vez mais há bons exemplos, e pedindo encarecidamente que não andem à procura do buraco na lei para não terem que cumpri-la. Se os tempos mudam devemos mudar com eles, se as nossas obrigações aumentam, devemos encara-las como voto de confiança no nosso trabalho e corresponder às expectativas. Todas as actividades envolvem responsabilidade, todas as tarefas, quando bem executadas têm valor e são válidas. Sejam responsáveis e assinem os vossos termos de responsabilidade conscientes do que quer dizer RESPONSABILIDADE e tudo o resto fica resolvido por si.
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PGoulão
- carlos_cfr7
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Re: Acompanhamento da obra


penso que é uma medida inteligente para acabar com os projectos "hobbie"...
ou é um profissonal na area, ou deixa de andar a estragar a concorrencia.
resta ver as medidas da anacom para quem nao cumpre... porque leis sem penalizaçoes nao servem de muito...
Eng. de electrónica e telecomunicações
- pgoulao
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Re: Acompanhamento da obra
Bom Dia
Enquanto prestador de serviços na área de telecomunicações, tive o prazer de acompanhar uma semana inteira de fiscalizações da ANACOM há pouco tempo, e posso garantir: eles andam aí.
Foi com algum agrado que senti que os homens andam com vontade de regularizar esta falta de definição que temos desde que terminaram as certificações. A ver se chega juizo a alguns pseudo-instaladores e pseudo-projectistas que por aí andam.
Enquanto prestador de serviços na área de telecomunicações, tive o prazer de acompanhar uma semana inteira de fiscalizações da ANACOM há pouco tempo, e posso garantir: eles andam aí.
Foi com algum agrado que senti que os homens andam com vontade de regularizar esta falta de definição que temos desde que terminaram as certificações. A ver se chega juizo a alguns pseudo-instaladores e pseudo-projectistas que por aí andam.
Re: Acompanhamento da obra
Boa tarde,pgoulao Escreveu:Bom dia, caros amigos
Sendo um postador pouco activo, por falta de tempo, não posso deixar de contribuir com os meus dois centavos para esta discussão. Friso que tb eu sou projectista, para enquadrar o que vou dizer a seguir.
Acho que esta discussão, se vai se não vai, só se põe por causa do nacional "porreirismo" e facilitismo, a leitura do DEC LEI é directa e não se presta a interpretações dúbias, no entanto percebo que alguns colegas tenham reticências em ir à obra, principalmente por 2 ordens de razão (à la Pacheco Pereira):
1ª situação: vendedores de assinaturas.
Neste grupo enquadram-se todos os "projectistas", que não tendo conhecimentos técnicos, tempo ou paciência para elaborarem os projectos de mote próprio empenham o seu bom nome e a sua integridade profissional por meia dúzia de tostões ou duas dúzias é indiferente.
2ª situação: maus matemáticos
Neste grupo enquadram-se todos os "projectistas" que independentemente de terem conhecimentos técnicos ou não, ainda não perceberam que o valor de um trabalho é a soma de todas as componentes do mesmo, assim sendo se o acompanhamento da obra faz parte das obrigações do projectista, é mais uma parcela a ter em consideração aquando do orçamento para o projecto.
Em qualquer destas situações facilmente chegamos à conclusão que o acompanhamento da obra está comprometido. Não é fácil gastar gasóleo para ir à obra quando o valor que se cobrou pelo projecto, não chega sequer para pagar as cópias. Não é fácil ir acompanhar a execução quando a única coisa que conhecemos do projecto é o "carapau" na ficha técnica.
Caros amigos, não quero gerar grande confusão com este post, quero apenas contribuir com a minha experiência de quase 10 anos de acompanhamento de obras na área das telecomunicações, frisando que felizmente cada vez mais há bons exemplos, e pedindo encarecidamente que não andem à procura do buraco na lei para não terem que cumpri-la. Se os tempos mudam devemos mudar com eles, se as nossas obrigações aumentam, devemos encara-las como voto de confiança no nosso trabalho e corresponder às expectativas. Todas as actividades envolvem responsabilidade, todas as tarefas, quando bem executadas têm valor e são válidas. Sejam responsáveis e assinem os vossos termos de responsabilidade conscientes do que quer dizer RESPONSABILIDADE e tudo o resto fica resolvido por si.
Grande abraço
PGoulão
Li o post do pgoulao e não consigo discordar na sua forma de pensar. Não tendo ainda nem metade da sua experiência em projecto ou fiscalização coloco-lhe a seguinte questão:
Partindo do principio que existem muitas pessoas competentes a nível nacional e de que, infelizmente, o volume de obras não está distribuído igualmente por todo o país, não iremos entrar na "regionalização" das telecomunicações? Ora vejamos, o indivíduo altamente competente de Chaves cobra 1€ pelo seu projecto, para uma obra da sua cidade. Outro individuo altamente competente, de Lagos, cobra 1,5€ pelo mesmo trabalho porque tem de deslocar-se à obra e obviamente que tem custos diferentes do indivíduo de Chaves. Será lógico pensar por qual dos dois indivíduos altamente competentes o cliente irá escolher.
Cumprimentos
- eng_jersilva
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Re: Acompanhamento da obra
sinceramente acho que este tópico ja não tem "muita razão de ser"... a duvida era :
Acho que isto já foi mais que debatido e já se tiraram conclusões, não vejo qual a necessidade de divagar o debate partindo de pressupostos e não do que a lei exige no momento, para isso cria-se novo post.xmassas Escreveu:Bom dia,
Nas vossas memórias descritivas fazem alguma referência ao dever do dono de obra vos comunicar a evolução da obra para que possam fazer o devido acompanhamento?
Relativamente ao acompanhamento como fazem no que respeita aos honorários, cobram no projecto ou à posteriori ao dono de obra directamente?
Abraço
João Silva
Eng.º Electrotécnico
Tlm : 968571450
Email: Jers.silva@gmail.com
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Re: Acompanhamento da obra
Mas, meu caro José Silva, são tudo questões pertinentes que devem ser abordadas.eng_jersilva Escreveu:sinceramente acho que este tópico ja não tem "muita razão de ser"... a duvida era :Acho que isto já foi mais que debatido e já se tiraram conclusões, não vejo qual a necessidade de divagar o debate partindo de pressupostos e não do que a lei exige no momento, para isso cria-se novo post.xmassas Escreveu:Bom dia,
Nas vossas memórias descritivas fazem alguma referência ao dever do dono de obra vos comunicar a evolução da obra para que possam fazer o devido acompanhamento?
Relativamente ao acompanhamento como fazem no que respeita aos honorários, cobram no projecto ou à posteriori ao dono de obra directamente?
No meu caso, tenho um colega arquitecto que, há um ano atrás, me abordou para elaborar os projecto de ITED de uma moradia, que ele nem sequer tinha começado ainda a desenhar. Só agora vou pegar nisso para entregar em Junho. E, de certa maneira sinto-me indignado, porque:
- Quando aceitei fazer projecto, não contava com deslocações (40 km até à obra);
- Ainda não consegui frequentar nenhuma formação em horário pós-laboral para esclarecer as minhas dúvidas.
Resumindo, mesmo querendo elaborar o projecto com o máximo de profissionalismo, tenho a sensação que vai correr mal...
- eng_jersilva
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Re: Acompanhamento da obra
Electro 99 Escreveu:Mas, meu caro José Silva, são tudo questões pertinentes que devem ser abordadas.eng_jersilva Escreveu:sinceramente acho que este tópico ja não tem "muita razão de ser"... a duvida era :Acho que isto já foi mais que debatido e já se tiraram conclusões, não vejo qual a necessidade de divagar o debate partindo de pressupostos e não do que a lei exige no momento, para isso cria-se novo post.xmassas Escreveu:Bom dia,
Nas vossas memórias descritivas fazem alguma referência ao dever do dono de obra vos comunicar a evolução da obra para que possam fazer o devido acompanhamento?
Relativamente ao acompanhamento como fazem no que respeita aos honorários, cobram no projecto ou à posteriori ao dono de obra directamente?
No meu caso, tenho um colega arquitecto que, há um ano atrás, me abordou para elaborar os projecto de ITED de uma moradia, que ele nem sequer tinha começado ainda a desenhar. Só agora vou pegar nisso para entregar em Junho. E, de certa maneira sinto-me indignado, porque:
- Quando aceitei fazer projecto, não contava com deslocações (40 km até à obra);
- Ainda não consegui frequentar nenhuma formação em horário pós-laboral para esclarecer as minhas dúvidas.
Resumindo, mesmo querendo elaborar o projecto com o máximo de profissionalismo, tenho a sensação que vai correr mal...
João Silva
Abraço
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Re: Acompanhamento da obra
Peço desculpa pelo lapso, João.
Já agora, não quer comentar o que escrevi?
Abraço.
Já agora, não quer comentar o que escrevi?
Abraço.
- eng_jersilva
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Re: Acompanhamento da obra
Electro 99 Escreveu:Mas, meu caro José Silva, são tudo questões pertinentes que devem ser abordadas.eng_jersilva Escreveu:sinceramente acho que este tópico ja não tem "muita razão de ser"... a duvida era :Acho que isto já foi mais que debatido e já se tiraram conclusões, não vejo qual a necessidade de divagar o debate partindo de pressupostos e não do que a lei exige no momento, para isso cria-se novo post.xmassas Escreveu:Bom dia,
Nas vossas memórias descritivas fazem alguma referência ao dever do dono de obra vos comunicar a evolução da obra para que possam fazer o devido acompanhamento?
Relativamente ao acompanhamento como fazem no que respeita aos honorários, cobram no projecto ou à posteriori ao dono de obra directamente?
No meu caso, tenho um colega arquitecto que, há um ano atrás, me abordou para elaborar os projecto de ITED de uma moradia, que ele nem sequer tinha começado ainda a desenhar. Só agora vou pegar nisso para entregar em Junho. E, de certa maneira sinto-me indignado, porque:
- Quando aceitei fazer projecto, não contava com deslocações (40 km até à obra);
- Ainda não consegui frequentar nenhuma formação em horário pós-laboral para esclarecer as minhas dúvidas.
Resumindo, mesmo querendo elaborar o projecto com o máximo de profissionalismo, tenho a sensação que vai correr mal...
o que diz em nada tem a ver com o que aqui se tem discutido assim como nada tem a haver com o topico inicial, o que não quer dizer que não é importante o que aqui se tem dicutido, dai ter dito que se necessario discute-se num outro tópico.
Abraço
João Silva
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