Colega,carlos_cfr7 Escreveu:sim, assim ja faz sentido a questao. O bacharel antigo é equivalente á licenciatura pos-bolonha, a e licenciatura pre-bolonha é equivalente ao mestrado pos-bolonha. Para a OE é necessario o 2º caso, para a anet é o 1º caso.
Entendo a sua indignaçao, mas conmpreendo a legislaçao.. com o actual desenvolvimento das telecomunicaçoes, é natural que a legislaçao restrinja grandes obras a projectistas que tenham tido cadeiras de dimensionamento de links de fibra, redes e materias mais complexas de telcomunicaçoes. talvez ate no futuro, sejam engenheiros de telecomunicaçoes só para o ITED e os de enegia só para a electricidade.. cada vez mais é necessario ter a formaçao adequada á area em que se trabalha.
Podiam ter feito a legislaçao de outra maneira.. mas ja ouvi falar que ha certas pessoas tem uma inscriçao na anet numa area distinta da sua formaçao, e conseguiram-no por apresentar curriculo que demonstre experiencia e competencia na outra area.. pode ser que eles abram uma excepçao aqueles que revelem competencias, apesar de nao terem um comprovativo de formaçao especifica..
Eu também sou de acordo que se deve separar o trigo do joio, ou seja a competencia da incompetencia. Todos nós vemos todos os dias projectos que são verdadeiras aberrações. O que eu questiono é o modo como o pretendem fazer, pois o efeito prático vai ser o mesmo, ou pior do que estavamos antes. Eu até sou apologista que nenhum engenheiro quer seja tecnico, licenciado, mestre ou o que seja possa assinar projectos pela 1ª vez. Se querem melhorar a classe e a qualidade dos projectos que são feitos em Portugal, que arranjem um sistema de "patrono", que faça coautoria e coresponsabilização de projecto com quem se inicia nesta área.
Que ninguem se convença que a limitação via classe de alvara de construção será o suficiente para garantir essa qualidade. Quem sai hoje de uma faculdade, pode assinar qualquer projecto, agora não está minimamente preparado para o fazer, nem conhece sequer os meandros para o fazer em condições.
Por outro lado acomplexidade de uma obra, não se mede pelo valor da mesma, mas pelo tipo de instalação e utilização.
Acho também que no fundo tudo isto se passa devido aos "tachos" que este pais sempre tem que alimentar.
Apartir do tratado de bolonha, em que os cursos hoje sao considarados licenciados e onde os anteriores bachareis são igualmento licenciados, a ANET devia de imediato ter sido extinta, pois a sua função deixou de fazer sentido. Todo e qualquer engenheiros dos cursos aprovados deveriam ser inscritos na Ordem dos Engenheiros, pois hoje á luz da comunidade europeia são engenheiros e não engenheiros técnicos. A ordem encarregarse-ia posteriormente de fazer internamente a distinção entre engenheiros e mestres, doutores, etc..
Mas não, a necessidade de se manter uma associação leva isto e no meu entender hoje o pais não tem engenheiros, porque uns são engenheiros tecnicos ( os anteriores e os novos que estão na Anet) e os outros são mestres ( que estão na ordem ). Onde se formam engenheiros hoje ? pelos vistos em lado nenhum.
Esta semana, vou procurar ir á Anet para esclarecer esta situação, e caso não se resolva estou disposto a ir até ás últimas consequencias e vou se for preciso para o tribunal europeu. Se for preciso meter o Mestre José Socrates em tribunal também o faço, no entretanto vou passando pela faculdade de engenharia do Porto para arranjar um recem-licenciado que apesar de não perceber nada de projectos, deve pelo menos saber assinar.