Tenho acompanhado a discussão deste tópico com interesse.
Como cheguei a um ponto em que as minhas certezas vacilaram, permito-me os seguintes comentários:
1) fiquei deveras surpreendido por o colega “pedro_mendes” se ter declarado esclarecido apesar de as suas duas questões quase terem ficado sem resposta (clara e objectiva);
“Para tensão monofásica necessito de saber a resistividade do condutor e não sei onde vou buscar estes dados.”
- Depois de saberes qual o material dos condutores, procuras os valores da resistividade em tabelas ou nas RTIEBT.
a) ρ para o Cobre = 0,01786 Ω.mm2/m – (1,25 x 0,01786 = 0,0225 Ω.mm2/m)
b) ρ para o Alumínio = 0,02845 Ω.mm2/m – (1,25 x 0,02845 = 0,036 Ω.mm2/m)
- Como os valores anteriores são determinados para 20°C as RTIEBT afectam os mesmos de um coeficiente de 1,25 para obtermos a resistividade dos condutores à temperatura em serviço normal (cerca de 95°C). É este valor corrigido que deves usar.
“Agora para uma tensão trifásica não sei o que significam uns símbolos e os valores dados, coloquei em anexo o exercício exemplo no qual está com um círculo a parte da minha dúvida, é que sem saber isso não posso continuar com o exercício.”
δ – letra grega minúscula delta que representa a condutividade que é o inverso da resistividade, logo, δ = 1 / ρ (1 / 0,01786) donde resulta o valor 56 do exemplo.
u – este u (minúsculo) representa a queda de tensão regulamentar máxima admissível na instalação, também definida nas RTIEBT. No exemplo, u = Δu x U0 ou seja u = 0,05 x 230 e obtemos então 11,5 V.
2) Como já referi as RTIEBT corrigem a resistividade num factor de 1,25 e não 1,5 como foi sugerido.
3) No exemplo que o “pedro_mendes” apresenta, o valor de condutividade (56) não é afectado do coeficiente de correcção porque estamos a determinar a secção dos condutores e não a queda de tensão. Nesta metodologia Método da corrente admissível o cálculo da queda de tensão é efectuado depois.
4) Se o “pedro_mendes” comprou o livro todo, as páginas 32 e 34 também devem ser lidas pois clarificam este assunto.
Bem agora sim posso dizer que tirei as minhas duvidas que tinha até aki, embora ja tivesse tirado conclusões e ja entende-se alguma coisa do que ja foi dito agradeço o facto de ter explicado isto com esta clareza..Sem desprezar as ajudas que me foram dadas até aki!
Os cálculos apresentados pelo colega "amoreira" estão correctos.
Como demonstração de um ponto de vista estão completos.
Como metodologia de cálculo de uma canalização eléctrica falta, é evidente, a verificação da queda de tensão.
Tomei a liberdade de alterar um pouco a folha de cálculo para permitir simular várias situações.
Admito também, se de início, no cálculo da Secção dos condutores, considerarmos logo uma correcção de 1,25, obteremos resultados idênticos.
Boas,
Pretendia que me ajudassem com o cálculo da secção de um cabo eléctrico para 230V e uma carga de 16A e um comprimento de cabo de 330 metros. O meu problema é o cálculo da queda de tensão.
Perante estes valores e não sabendo que tipo de carga é, em relação aos 16A e 330m, uma secção de 16mm dá uma queda de tensão de 5,17%, agora se colocar 25mm vai ter 3,31%, agora é ver para o que é realmente e que tipo de cabo vai utilizar.