Pessoal, tudo bem? Sou estudante de engenharia mecânica (ainda no início do curso) e estou precisando da ajuda de vocês, que são eletricistas mais experientes, para entender uma situação envolvendo o carregamento de um carro elétrico na casa de uma cliente (a Dona Ana) da empresa que comecei a oferecer serviços de reformas residenciais.
O condomínio onde estou tentando ajudar tem fornecimento trifásico, mas cada casa parece receber somente uma fase (ou seja, no geral é 110V na prática).
A Dona Ana)tem um carro elétrico BYD cujo carregador é um TAYSLA, daqueles portáteis que funcionam numa faixa de 80–260V (ou seja, teoricamente poderia trabalhar tanto em 110 V quanto em 220 V, porém, quando está em 110 V, a corrente tende a ser mais alta para entregar a mesma potência.)
O Problema de Derretimento / Mau Contato
A tomada da casa dela é uma tomada comum, 3 pinos (padrão antigo de 10A).
A Dona Ana usa uma extensão bem grossa para ligar o carregador do carro.
O que está acontecendo: o plug dessa extensão (que conecta o carregador) ficou colado na tomada, derreteu parcialmente e ficou com marcas de queimado.
Os orifícios da tomada também estão escurecidos e deformados, indicando aquecimento excessivo ou mau contato.
Detalhes que (Acho) influenciam:
O carregador portátil puxa até cerca de 16–20 A (dependendo da potência) se estiver em 110V.
A tomada parece ser de 10A (pino fino), então pode estar subdimensionada.
Eu não tenho certeza se a fiação do circuito da sala é de 1,5 mm² ou 2,5 mm², nem se o disjuntor que protege a sala suporta 20A.
No condomínio, é possível pedir à concessionária (Light) para habilitar 220V na unidade. Mas isso depende de burocracia e mexer em toda a ligação da casa.
Quem é a Dona Ana:
Ela é bem desligada. Às vezes, sai de casa e esquece o carro carregando ou outros equipamentos plugados na tomada.
Por conta dessa distração, tenho medo de um risco maior de superaquecimento ou até incêndio, caso ela deixe o carro carregando por horas sem supervisão.
Vale dizer que, na sala onde fica essa tomada, não há muitos outros aparelhos grandes ligados. Então, não seria sobrecarga por vários equipamentos, mas sim a demanda do carregador do carro.
Então, o que eu devo fazer?
É melhor tentar pedir à concessionária (Light, no caso, porque é no Rio de Janeiro) para fornecer 220 V para a casa dela e, em seguida, fazer um circuito dedicado (fio 2,5 mm², disjuntor de 20 A, tomada 20 A)?
Ou manter 110 V, mas instalar um circuito exclusivo (também com fio 2,5 mm², disjuntor adequado, tomada de 20 A) e ver se isso segura o tranco?
Quais proteções extras vocês recomendam (DR, DPS, etc.) nesse tipo de situação, considerando que ela é muito distraída e pode deixar o carro plugado por muito tempo?
Para evitar sobreaquecimento e derretimento do plug/tomada no futuro, basta uma tomada 20 A de qualidade e boa execução, ou é indispensável ter 220 V para reduzir a corrente?
Meu maior objetivo é evitar ao máximo qualquer risco de aquecimento e incêndio. Estou tentando decidir o que dizer para a Dona Rita: se vale a pena mexer na concessionária e partir para 220 V ou se podemos deixar em 110 V, mas com uma instalação bem feita (circuito dedicado, tomadas e disjuntores).
Agradeço demais qualquer opinião técnica e mais prática sobre esse assunto. Sou iniciante em engenharia e ainda não tenho toda a vivência que vocês, que são profissionais da área, possuem. Então, qualquer dica ou orientação sobre dimensionamento, normas, melhores práticas de segurança, etc., será muito bem-vinda!
Tomada derretendo ao carregar carro elétrico (condomínio trifásico, casa monofásica)
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Re: Tomada derretendo ao carregar carro elétrico (condomínio trifásico, casa monofásica)
Boa noite.
Estamos a falar do carregamento de um carro com potência bem elevada.
Não é propriamente o mesmo que ligar uma lâmpada.
Se fizer a ligação e de seguida a casa arder, quem vai ser respnsabizado.
Ou que tipo de proteção contra choques elétricos está a pensar colocar?
Se alguém ficar eletrocutado por deficiência da instalação...
Nenhuma das dimensões dos fios que disse parecem adequadas.
Parece-me muito arriscado sem ter qualquer formação na área, estar a assumir uma responsabilidade dessas
Estamos a falar do carregamento de um carro com potência bem elevada.
Não é propriamente o mesmo que ligar uma lâmpada.
Se fizer a ligação e de seguida a casa arder, quem vai ser respnsabizado.
Ou que tipo de proteção contra choques elétricos está a pensar colocar?
Se alguém ficar eletrocutado por deficiência da instalação...
Nenhuma das dimensões dos fios que disse parecem adequadas.
Parece-me muito arriscado sem ter qualquer formação na área, estar a assumir uma responsabilidade dessas