Tecnologia portuguesa integra nova geração de ecrãs planos

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Tecnologia portuguesa integra nova geração de ecrãs planos

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Electrónica transparente: Tecnologia portuguesa integra nova geração de ecrãs planos
20 de Maio de 2008, 11:25

Lisboa, 20 Mai (Lusa) - Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram, em colaboração com a Samsung, uma nova geração de ecrãs planos que está a ser apresentada numa das maiores conferências internacionais da especialidade.

A novidade consiste na substituição do material semicondutor dos transístores que fazem o endereçamento nos mostradores, que é neste momento silício amorfo, por um novo material transparente à base de óxidos, como o óxido de zinco, que oferece várias vantagens.

Este material, que tem já muitas aplicações, como por exemplo nos cremes cicatrizantes e nos protectores solares, pode ser produzido a um custo muito mais baixo e à temperatura ambiente, disse hoje à agência Lusa Elvira Fortunato, que coordena o projecto juntamente com o seu colega Rodrigo Martins.

"A Samsung está neste momento a apresentar em Los Angeles, numa das maiores conferências da área dos mostradores, dois protótipos, um com LCD (Liquid Crystal Display) e outro com OLED (Organic Light Emitting Diodes), em que os transístores que constituem a matriz de endereçamento são feitos com óxidos, isto é com tecnologia desenvolvida aqui em Portugal", afirmou.

Este projecto de investigação na área da Electrónica Transparente foi desenvolvido entre o Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, integrado no recém-criado Laboratório Associado I3N, Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação, e o centro de investigação da multinacional sul-coreana Samsung.

No seguimento deste trabalho foi apresentada uma submissão conjunta de uma patente internacional.

"O nosso reconhecimento a nível internacional deve-se a que apresentámos e publicámos em 2004, pela primeira vez, numa das melhores revistas científicas da especialidade, um transístor de filme fino totalmente transparente e produzido à temperatura ambiente", recordou a investigadora.

Para além deste projecto, Elvira Fortunato referiu a existência de outros na mesma área com a HP da Irlanda e Estados Unidos, a FIAT em Itália, o Centro de Telecomunicações e Electrónica da Coreia e a Saint Gobain Recherche de França.

Com este último parceiro, esta especialista em Ciência de materiais anunciou para Junho o início de um projecto na área dos "Vidros do Futuro" que poderá abrir caminho a janelas com circuitos integrados, sensores e dispositivos, "sem que a janela possa funcionar como janela".

Sublinhou que esta é uma das áreas prioritárias do Laboratório Associado I3N, de que é actualmente directora, face quer à importância científica, quer tecnológica, que representa na sociedade.

CM

Lusa/fim
Fonte: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/208 ... 81c14.html

Electrónica transparente da Nova já está nos ecrãs da Samsung
Lembra-se de Tom Cruise rodeado de ecrãs invisíveis em Relatório Minoritário? Uma visão futurista, claro. Ou talvez não. A Samsung acaba de apresentar, nos EUA, uma nova geração de mostradores planos que permitirão – a curto prazo – materializar na vida quotidiana esses painéis da ficção científica. Uma boa notícia? Sim. Principalmente porque a tecnologia que está na base dos mostradores transparentes foi totalmente desenvolvida no Centro de Investigação de Materiais (Cenimat/I3N), da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da UNL.
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«Estamos muito orgulhosos», diz a Professora Elvira Fortunato, co-coordenadora – com o Professor Rodrigo Martins – do Cenimat/I3N. Afinal, os mostradores tipo LCD (Liquid Crystal Displays) e OLED (Organic Light Emmiting Diodes) agora exibidos pela Samsung na SID Conference 2008 (EUA, 18-23 de Maio) – a mais importante conferência na área das Tecnologias de Informação e Comunicação – resultam de um projecto de investigação entre esta empresa e o grupo de investigação da FCT-UNL, o primeiro no mundo a conseguir produzir, à temperatura ambiente, transístores transparentes.

A grande novidade nestes mostradores é a substituição dos usuais transístores de filme fino (TFTs), baseados em silício amorfo, ou policristalino, por TFTs com óxido de zinco, um material semicondutor transparente. «Mas a transparência não é a vantagem principal [destes dispositivos]», explica Elvira Fortunato. Segundo a investigadora, estes TFTs «têm um desempenho eléctrico muito superior» aos convencionais e são «materiais muito baratos», o que reduz tremendamente o custo da tecnologia. Como se isto não bastasse, ainda são amigos do ambiente, biodegradáveis e biocompatíveis.

Além do projecto com a Samsung – do qual resultou também a submissão de uma patente internacional conjunta –, o Cenimat/I3N tem igualmente parcerias com a HP da Irlanda e EUA, a FIAT em Itália, o Centro de Telecomunicações e Electrónica da Coreia e a Saint Gobain Recherche de França. E tudo começou quando, há cerca de quatro anos, a coordenadora do centro de investigação da FCT se lembrou de fazer transístores com óxido de zinco em vez de silício, o semicondutor convencional. «Já tínhamos uma grande experiência em TFTs», conta Fortunato. Por isso, foi assim como «quem faz um bolo e substitui farinha de trigo por farinha de soja». Um cozinhado que se revelou perfeito.
Para saber como se faz electrónica transparente, basta seguir o link (.pdf)

Fonte: http://www.unl.pt/nova/investigacao/not ... at-samsung
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