Choque no chuveiro do WC
Choque no chuveiro do WC
Boa noite!
Vivo numa casa alugada e de há uma semana para cá que senti um pequeno choque elétrico quando toquei na torneira do chuveiro para regular a água. Senti duas ou três vezes durante esse banho. Hoje o meu filho mais velho sentiu o mesmo... Estou a ficar preocupada e assustada com o assunto, e depois de alguma pesquisa ( percebo 0 de eletricidade) encontrei algo como ligar fios terra a canos de água de metal nas habitações maus antigas. Poderá isso ser verdade e, eventualmente, havendo alguma fuga de água, provocar estas descargas?
Agradeço desde já a todos que me possam ajudar.
Vivo numa casa alugada e de há uma semana para cá que senti um pequeno choque elétrico quando toquei na torneira do chuveiro para regular a água. Senti duas ou três vezes durante esse banho. Hoje o meu filho mais velho sentiu o mesmo... Estou a ficar preocupada e assustada com o assunto, e depois de alguma pesquisa ( percebo 0 de eletricidade) encontrei algo como ligar fios terra a canos de água de metal nas habitações maus antigas. Poderá isso ser verdade e, eventualmente, havendo alguma fuga de água, provocar estas descargas?
Agradeço desde já a todos que me possam ajudar.
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- Velha Guarda
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Re: Choque no chuveiro do WC
boas. chame imediatamente um tecnico, não brinque com coisas serias. pois antigamente fazia-se isso de ligar a terra á canalização. cump
Re: Choque no chuveiro do WC
Obrigada. Também reparei que pode ser do termo acumulador. Aqui há tempos, a tomada deste queimou, fizeram a ligação numa outra tomada( o que suspeito eu, leiga, que está errado, uma vez que existe um disjuntor para cilindro no quadro de eletricidade). Poderá também ser daí o problema? Desliguei o termo acumulador, tomei banho e não aconteceu descarga elétrica.
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- Electricista de 2ª
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Re: Choque no chuveiro do WC
Não deverá estar relacionado com a ligação à tomada, a não ser que existam fios com o isolamento estragado e que esteja a fazer contacto com alguma parte metálica que tenha contacto com a água.Zo17 Escreveu: 09 mai 2022, 07:45 Obrigada. Também reparei que pode ser do termo acumulador. Aqui há tempos, a tomada deste queimou, fizeram a ligação numa outra tomada( o que suspeito eu, leiga, que está errado, uma vez que existe um disjuntor para cilindro no quadro de eletricidade). Poderá também ser daí o problema? Desliguei o termo acumulador, tomei banho e não aconteceu descarga elétrica.
Se está a dar choque, não toque mais na água enquanto tiver o tempo acumulador ligado à eletricidade.
Não arrisque, pois até agora apenas apanhou um pequeno choque, mas a qualquer momento pode ser fatal.
Re: Choque no chuveiro do WC
Chame com urgência um técnico qualificado. essa situação é muito grave. Conheço um caso que, infelizmente, não apanhou só um choquezinho. Não use o chuveiro enquanto não resolver o problema.
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- Quadro de Honra
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Re: Choque no chuveiro do WC
Já tive um problema idêntico em que a instalação de água era feita com tubo multicamada e dava pequenos choques nas torneiras, o problema estava na tomada onde estava ligado o esquentador que não tinha terra.
Projectista de Instalações Elétricas, Telecomunicações e Segurança Eletrónica
Re: Choque no chuveiro do WC
Ora muto boa tarde senhora “Zo17 “
Permita-me tecer algumas considerações tidas por convenientes para ajudar no seu intrincado problema.
Tal como fora dito pelos anteriores colegas intervenientes neste assunto, não poderei estar mais de acordo com o que lhe fora
dito.
Contudo, talvez ainda não nos tenha dito outras informações tidas por convenientes por forma a tecer um comentário
conveniente face ao seu difícil problema-
Ora aqui chegados, aqui ficam as perguntas inconvenientes?
1º - A sua instalação elétrica tem quantos anos de utilização!
2º - O quadro de entrada possui algum diferencial?
3º - Pelo que percebi existe um circuito dedicado ao termo acumulador.
4º - Em que local está a funcionar o respetivo aparelho elétrico.
E, por último, a pergunta mais melindrosa de todas, mas, também a mais inconveniente.
Tanto a senhora como o seu filho tem problemas de coração: batimentos cardíacos normais, por exemplo.
Porque faço estas perguntas, porque já estive envolvido numa situação idêntica, a qual passo a descrever.
Certo dia, ainda como trabalhador da EDP, responsável pelo polo de manutenção de Almeirim, um colega colocou-me a
seguinte questão:
Um colega nosso em comum, sempre que tomava banho em casa debaixo de um choveiro sentia um pequeno formigueiro.
De todos os familiares, apenas esta pessoa era a única a sentir a passagem de corrente elétrica pelo corpo.
Depois de informar o responsável pela unidade e de combinar a hora para que esta pessoa estivesse em casa, fui até ao local
onde o acidentado vivia.
Aqui chegado, verifiquei os valores de tensão nas saídas de baixa tensão do PT, (vulgarmente conhecido por posto de
transformação) público.
Este equipamento, apresentava no neutro uma tensão perigosa, uma vez que poderia causar um acidente ou até mesmo a
eletrocussão de alguém.
Desligado o sobredito PT, verifiquei as continuidades na rede, vindo a descobrir a existência de
Uma passagem entre fase e neutro. Seguidamente retirei os fusíveis de saída do ado deste meu amigo, pelo que vi de onde
aparecia esta continuidade.
Informo que esta passagem se ficou a dever a uma instalação temporária de obras, para execução das futuras piscinas
municipais, pertencentes à Câmara Municipal.
Detetado esta anomalia e desligada a baixada de obras do estaleiro municipal das piscinas, ficou resolvida a situação.
Posteriormente, aconselhei este meu amigo a realizar uma bateria de exames clínicos no centro de saúde local.
Depois de ter realizado os exames, tido por convenientes, foi-lhe diagnosticado disritmia cardíaca ou melhor dizendo,
batimentos cardíacos alterados. Daí a minha pergunta inicial deixada anteriormente.
Peço desculpa pelo texto tão extensivo
Cptos
JAG
Permita-me tecer algumas considerações tidas por convenientes para ajudar no seu intrincado problema.
Tal como fora dito pelos anteriores colegas intervenientes neste assunto, não poderei estar mais de acordo com o que lhe fora
dito.
Contudo, talvez ainda não nos tenha dito outras informações tidas por convenientes por forma a tecer um comentário
conveniente face ao seu difícil problema-
Ora aqui chegados, aqui ficam as perguntas inconvenientes?
1º - A sua instalação elétrica tem quantos anos de utilização!
2º - O quadro de entrada possui algum diferencial?
3º - Pelo que percebi existe um circuito dedicado ao termo acumulador.
4º - Em que local está a funcionar o respetivo aparelho elétrico.
E, por último, a pergunta mais melindrosa de todas, mas, também a mais inconveniente.
Tanto a senhora como o seu filho tem problemas de coração: batimentos cardíacos normais, por exemplo.
Porque faço estas perguntas, porque já estive envolvido numa situação idêntica, a qual passo a descrever.
Certo dia, ainda como trabalhador da EDP, responsável pelo polo de manutenção de Almeirim, um colega colocou-me a
seguinte questão:
Um colega nosso em comum, sempre que tomava banho em casa debaixo de um choveiro sentia um pequeno formigueiro.
De todos os familiares, apenas esta pessoa era a única a sentir a passagem de corrente elétrica pelo corpo.
Depois de informar o responsável pela unidade e de combinar a hora para que esta pessoa estivesse em casa, fui até ao local
onde o acidentado vivia.
Aqui chegado, verifiquei os valores de tensão nas saídas de baixa tensão do PT, (vulgarmente conhecido por posto de
transformação) público.
Este equipamento, apresentava no neutro uma tensão perigosa, uma vez que poderia causar um acidente ou até mesmo a
eletrocussão de alguém.
Desligado o sobredito PT, verifiquei as continuidades na rede, vindo a descobrir a existência de
Uma passagem entre fase e neutro. Seguidamente retirei os fusíveis de saída do ado deste meu amigo, pelo que vi de onde
aparecia esta continuidade.
Informo que esta passagem se ficou a dever a uma instalação temporária de obras, para execução das futuras piscinas
municipais, pertencentes à Câmara Municipal.
Detetado esta anomalia e desligada a baixada de obras do estaleiro municipal das piscinas, ficou resolvida a situação.
Posteriormente, aconselhei este meu amigo a realizar uma bateria de exames clínicos no centro de saúde local.
Depois de ter realizado os exames, tido por convenientes, foi-lhe diagnosticado disritmia cardíaca ou melhor dizendo,
batimentos cardíacos alterados. Daí a minha pergunta inicial deixada anteriormente.
Peço desculpa pelo texto tão extensivo
Cptos
JAG
Re: Choque no chuveiro do WC
Caríssimos senhores e senhoras,
Acabo de me registar e sou um "curioso" nestas coisas do Faça Você Mesmo! Sei muito de outras coisas, mas pouco de electricidade, e o que não sei, aprendo se for seguro, senão, contrato um pro. Sei o suficiente para mudar tomadas, interruptores e instalar iluminação e ventoinhas. O equipamento mais sofisticado que tenho é um multímetro.
Como Zo17, também tenho um problema de fios eléctricos ligados à canalização, mas felizmente, nunca ninguém apanhou um choque. O apartamento também é alugado, foi onde cresci e vivi com os meus pais até sair de casa. O meu pai foi agora para um lar — eu estive fora 25 anos e mudei-me de volta para cá há semanas. Portanto, só agora posso fazer umas pequenas reparações no apartamento, pois o edifício tem 60 anos e teve muito poucos arranjos. Como é um apartamento, não posso fazer aterramento com uma vara própria no chão.
Nunca mais tive uma situação destas, mas já há anos que sei que é bastante perigoso aterrar instalações eléctricas em tubagens de água, e por isso quero mudar as coisas.
Mas como a solução é temporária — vou estar aqui 2 ou 3 anos max — e não pode ser muito cara — porque o senhorio é um velho sovina e só faz obras com novo contrato — que ainda está no nome do meu pai. Pensei numa de duas soluções que vos ponho à consideração:
Opção 1 — A solução mais barata que eu sei fazer — Colocar um corta-circuitos de muito baixa amperagem à saída da terra ligada à tubagem. Assim, se houver um problema com um electrodoméstico enquanto estiver a tomar banho ou a mexer numa torneira, o circuito é cortado antes da tubagem. Talvez seja possível ligar o corta-circuitos a um alarme que se arme e desarme manualmente.
Opção 2 — Requer um electricista profissional — Vi um vídeo brasileiro no YT em que eles transformam o que eles chamam o "circuito TN-C" em "TN-S" ou seja, "TN-C-S" — segundo a nomenclatura das normas deles — em que o neutro é derivado antes da entrada no quadro em neutro e terra. Isso é possível?
Aguardo as vossas opiniões.
Obrigado antecipadamente.
Luís
Acabo de me registar e sou um "curioso" nestas coisas do Faça Você Mesmo! Sei muito de outras coisas, mas pouco de electricidade, e o que não sei, aprendo se for seguro, senão, contrato um pro. Sei o suficiente para mudar tomadas, interruptores e instalar iluminação e ventoinhas. O equipamento mais sofisticado que tenho é um multímetro.
Como Zo17, também tenho um problema de fios eléctricos ligados à canalização, mas felizmente, nunca ninguém apanhou um choque. O apartamento também é alugado, foi onde cresci e vivi com os meus pais até sair de casa. O meu pai foi agora para um lar — eu estive fora 25 anos e mudei-me de volta para cá há semanas. Portanto, só agora posso fazer umas pequenas reparações no apartamento, pois o edifício tem 60 anos e teve muito poucos arranjos. Como é um apartamento, não posso fazer aterramento com uma vara própria no chão.
Nunca mais tive uma situação destas, mas já há anos que sei que é bastante perigoso aterrar instalações eléctricas em tubagens de água, e por isso quero mudar as coisas.
Mas como a solução é temporária — vou estar aqui 2 ou 3 anos max — e não pode ser muito cara — porque o senhorio é um velho sovina e só faz obras com novo contrato — que ainda está no nome do meu pai. Pensei numa de duas soluções que vos ponho à consideração:
Opção 1 — A solução mais barata que eu sei fazer — Colocar um corta-circuitos de muito baixa amperagem à saída da terra ligada à tubagem. Assim, se houver um problema com um electrodoméstico enquanto estiver a tomar banho ou a mexer numa torneira, o circuito é cortado antes da tubagem. Talvez seja possível ligar o corta-circuitos a um alarme que se arme e desarme manualmente.
Opção 2 — Requer um electricista profissional — Vi um vídeo brasileiro no YT em que eles transformam o que eles chamam o "circuito TN-C" em "TN-S" ou seja, "TN-C-S" — segundo a nomenclatura das normas deles — em que o neutro é derivado antes da entrada no quadro em neutro e terra. Isso é possível?
Aguardo as vossas opiniões.
Obrigado antecipadamente.
Luís
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Re: Choque no chuveiro do WC
Caro Luís,
Opção 1 — A solução mais barata que eu sei fazer — Colocar um corta-circuitos de muito baixa amperagem à saída da terra ligada à tubagem. Assim, se houver um problema com um electrodoméstico enquanto estiver a tomar banho ou a mexer numa torneira, o circuito é cortado antes da tubagem. Talvez seja possível ligar o corta-circuitos a um alarme que se arme e desarme manualmente.
E se estiver a mexer no eletrodoméstico?
("A sua invenção" desliga a ligação de terra para que toda a corrente de defeito circule por si, pensou nisto?)
Por curiosidade, de quantos miliAmpere (mA) seria o corta-circuitos de que fala?
Também será possível utilizar o alarme para avisar o 112?
Opção 2 — Requer um electricista profissional — Vi um vídeo brasileiro no YT em que eles transformam o que eles chamam o "circuito TN-C" em "TN-S" ou seja, "TN-C-S" — segundo a nomenclatura das normas deles — em que o neutro é derivado antes da entrada no quadro em neutro e terra. Isso é possível?
Não. Veja as subsecções 312.2 / 413.1.3.1 / 801.1.13.1 das Regras técnicas de instalações elétricas de baixa tensão.
Se contactar um bom profissional ele não fará o que pretende, se contactar dos "outros", eles fazem qualquer coisa (desde que lhes paguem).
Cuidado com o que vê na Internet, pior ainda quando se refere a situações de outros países.
E agora, sem ironias, mas de forma sentida, espero que utilize por longos e bons anos o seu multímetro nas tomadas, nos interruptores, na iluminação e nas ventoinhas.
Cumprimentos
Opção 1 — A solução mais barata que eu sei fazer — Colocar um corta-circuitos de muito baixa amperagem à saída da terra ligada à tubagem. Assim, se houver um problema com um electrodoméstico enquanto estiver a tomar banho ou a mexer numa torneira, o circuito é cortado antes da tubagem. Talvez seja possível ligar o corta-circuitos a um alarme que se arme e desarme manualmente.
E se estiver a mexer no eletrodoméstico?
("A sua invenção" desliga a ligação de terra para que toda a corrente de defeito circule por si, pensou nisto?)
Por curiosidade, de quantos miliAmpere (mA) seria o corta-circuitos de que fala?
Também será possível utilizar o alarme para avisar o 112?
Opção 2 — Requer um electricista profissional — Vi um vídeo brasileiro no YT em que eles transformam o que eles chamam o "circuito TN-C" em "TN-S" ou seja, "TN-C-S" — segundo a nomenclatura das normas deles — em que o neutro é derivado antes da entrada no quadro em neutro e terra. Isso é possível?
Não. Veja as subsecções 312.2 / 413.1.3.1 / 801.1.13.1 das Regras técnicas de instalações elétricas de baixa tensão.
Se contactar um bom profissional ele não fará o que pretende, se contactar dos "outros", eles fazem qualquer coisa (desde que lhes paguem).
Cuidado com o que vê na Internet, pior ainda quando se refere a situações de outros países.
E agora, sem ironias, mas de forma sentida, espero que utilize por longos e bons anos o seu multímetro nas tomadas, nos interruptores, na iluminação e nas ventoinhas.
Cumprimentos
Re: Choque no chuveiro do WC
Bom dia caro asalopes,
Não era necessária tanta ironia, por isso mesmo coloquei uma nota introductória em que digo que (1) é uma situação temporária, não mais que 2 ou 3 anos, (2) o apartamento é alugado e com 60 anos, e não posso fazer alterações de fundo e (3) a terra está ligada à tubagem há mais de 55 anos e nunca ninguém apanhou qualquer choque, mas como disse, não quero arriscar e quero "resolver o problema". Agora relativamente aos seus comentários:
E se estiver a mexer no eletrodoméstico? ("A sua invenção" desliga a ligação de terra para que toda a corrente de defeito circule por si, pensou nisto?) — Como expliquei, a minha "invenção" — como você lhe chama — só tem interesse para quando eu estivesse no banho ou a mexer em torneiras. E logicamente desliga a terra porque esta está ligada às tubagens da água. Logicamente também, se o sistema disparasse noutras situações, voltaria a armá-lo e/ou verificaria se haveria algum problema com algum aparelho ligado. Posso não ser electricista e não saber muito desta arte, mas tenho dois mestrados (um deles um MBA) e um doutoramento e não sou nenhum imbecil.
Curiosamente, andei a investigar mais na Net em Portugal, já depois de ter colocado o post, e a nomenclatura é exactamente a mesma que no Brasil, segundo o RTIEBT – secção 312.2.1 — veja o documento PDF da Schneider Electric existente na Universidade do Algarve — https://tinyurl.com/2p9dxwnk, e os sistemas de ligação à terra denominam-se da mesma forma. E na verdade, cheguei à conclusão de que não é um corta-ciruitos de que necessitaria para essa solução, mas sim de um DDR: um Interruptor Diferencial ("unicamente para detecção de correntes de fuga") ou um Disjunctor Diferencial (para "protecção magneto-térmica da fase, neutro não protegido", que é o caso também). Se eu ligar este equipamento a um Rasperry Pi, muito usado na automação e domótica, consigo adicionar um alarme de cada vez que o sistema disparasse. E de automação e domótica, segurança de redes, Firewalls, VPNs, Routers, Switches e outras coisas do género eu percebo bem. Trabalho, entre muitas outras coisas, com workstations, servidores, UPSs, e tenho o multímetro porque o uso para montar os meus computadores. Mas isso é electrónica, não é electricidade.
Por curiosidade, de quantos miliAmpere (mA) seria o corta-circuitos de que fala? — Falo de 10mA (0,01 mA), que é a intensidade de corrente segura para o corpo humano. Só para que saiba, um TASER (arma não-letal usada mundialmente por mais de 15 mil instituições policiais), utiliza 50 mil Volts com uma intensidade de corrente entre os 0,002 a 0,03 mA (2mA a 30mA). Segundo a literatura existente, acho que 10mA para 220-250 V é mais do que seguro. É certo que uma variação tão baixa me faria disparar o sistema com frequência, mas é jogar pelo seguro.
Também será possível utilizar o alarme para avisar o 112? // E agora, sem ironias, mas de forma sentida, espero que utilize por longos e bons anos o seu multímetro nas tomadas, nos interruptores, na iluminação e nas ventoinhas. — Se é para ler piadinhas da treta como estas que me inscrevi neste site, rapidamente saio dele, pois não aturo este tipo de piadas, até porque são contra os regulamentos do site, e eu considero-as ofensivas.
Quanto a profissionais, e sendo eu não só um empresário, mas também um investigador universitário, tenho por critério contratar profissionais, não amadores — porque o amador nesta matéria sou eu — e os "outros", como você diz, desconheço-os. Só conheço profissionais.
Se mais alguém quiser "contribuir" com "boquinhas da treta" deste género em vez de uma conversa cordial, respeitosa e ESPECIALMENTE, construtiva, por favor, não o façam, pois não gosto, é rude e pouco educado, e é contra os regulamentos do site. Se não os leram, eu li. E dispenso mais "bocas". Estou aqui para aprender e interagir respeitosamente com especialistas que sabem mais desta área do que eu, não para ser gozado. Se querem gozar, vão fazê-lo com o Camões.
Obrigado pelas possíveis futuras contribuições para as questões que coloquei.
Luís
Não era necessária tanta ironia, por isso mesmo coloquei uma nota introductória em que digo que (1) é uma situação temporária, não mais que 2 ou 3 anos, (2) o apartamento é alugado e com 60 anos, e não posso fazer alterações de fundo e (3) a terra está ligada à tubagem há mais de 55 anos e nunca ninguém apanhou qualquer choque, mas como disse, não quero arriscar e quero "resolver o problema". Agora relativamente aos seus comentários:
E se estiver a mexer no eletrodoméstico? ("A sua invenção" desliga a ligação de terra para que toda a corrente de defeito circule por si, pensou nisto?) — Como expliquei, a minha "invenção" — como você lhe chama — só tem interesse para quando eu estivesse no banho ou a mexer em torneiras. E logicamente desliga a terra porque esta está ligada às tubagens da água. Logicamente também, se o sistema disparasse noutras situações, voltaria a armá-lo e/ou verificaria se haveria algum problema com algum aparelho ligado. Posso não ser electricista e não saber muito desta arte, mas tenho dois mestrados (um deles um MBA) e um doutoramento e não sou nenhum imbecil.
Curiosamente, andei a investigar mais na Net em Portugal, já depois de ter colocado o post, e a nomenclatura é exactamente a mesma que no Brasil, segundo o RTIEBT – secção 312.2.1 — veja o documento PDF da Schneider Electric existente na Universidade do Algarve — https://tinyurl.com/2p9dxwnk, e os sistemas de ligação à terra denominam-se da mesma forma. E na verdade, cheguei à conclusão de que não é um corta-ciruitos de que necessitaria para essa solução, mas sim de um DDR: um Interruptor Diferencial ("unicamente para detecção de correntes de fuga") ou um Disjunctor Diferencial (para "protecção magneto-térmica da fase, neutro não protegido", que é o caso também). Se eu ligar este equipamento a um Rasperry Pi, muito usado na automação e domótica, consigo adicionar um alarme de cada vez que o sistema disparasse. E de automação e domótica, segurança de redes, Firewalls, VPNs, Routers, Switches e outras coisas do género eu percebo bem. Trabalho, entre muitas outras coisas, com workstations, servidores, UPSs, e tenho o multímetro porque o uso para montar os meus computadores. Mas isso é electrónica, não é electricidade.
Por curiosidade, de quantos miliAmpere (mA) seria o corta-circuitos de que fala? — Falo de 10mA (0,01 mA), que é a intensidade de corrente segura para o corpo humano. Só para que saiba, um TASER (arma não-letal usada mundialmente por mais de 15 mil instituições policiais), utiliza 50 mil Volts com uma intensidade de corrente entre os 0,002 a 0,03 mA (2mA a 30mA). Segundo a literatura existente, acho que 10mA para 220-250 V é mais do que seguro. É certo que uma variação tão baixa me faria disparar o sistema com frequência, mas é jogar pelo seguro.
Também será possível utilizar o alarme para avisar o 112? // E agora, sem ironias, mas de forma sentida, espero que utilize por longos e bons anos o seu multímetro nas tomadas, nos interruptores, na iluminação e nas ventoinhas. — Se é para ler piadinhas da treta como estas que me inscrevi neste site, rapidamente saio dele, pois não aturo este tipo de piadas, até porque são contra os regulamentos do site, e eu considero-as ofensivas.
Quanto a profissionais, e sendo eu não só um empresário, mas também um investigador universitário, tenho por critério contratar profissionais, não amadores — porque o amador nesta matéria sou eu — e os "outros", como você diz, desconheço-os. Só conheço profissionais.
Se mais alguém quiser "contribuir" com "boquinhas da treta" deste género em vez de uma conversa cordial, respeitosa e ESPECIALMENTE, construtiva, por favor, não o façam, pois não gosto, é rude e pouco educado, e é contra os regulamentos do site. Se não os leram, eu li. E dispenso mais "bocas". Estou aqui para aprender e interagir respeitosamente com especialistas que sabem mais desta área do que eu, não para ser gozado. Se querem gozar, vão fazê-lo com o Camões.
Obrigado pelas possíveis futuras contribuições para as questões que coloquei.
Luís
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Re: Choque no chuveiro do WC
Caro Luís,
A minha ironia só pretendia alertar para o perigo que a sua solução apresenta.
Como não passou a mensagem, culpa minha, deixo as minhas desculpas.
Não sendo proprietário do apartamento, percebo a dificuldade em adotar uma solução tecnicamente correta e definitiva.
Mas, como diz, em 55 anos nunca houve problema algum então porque alterar agora?
Se o fizer deve ser constituindo uma terra eficaz e instalar um diferencial adequado.
O interruptor ou disjuntor de que fala é a solução, mas não como refere.
O diferencial requere uma boa terra e deve desligar a alimentação elétrica da instalação e não o condutor de terra.
O valor do diferencial é definido em função do valor da terra da instalação e do circuito a proteger.
Em resumo:
A sua opção 1, não resolve o problema e aumenta o perigo.
A sua opção 2 é contra as regras técnicas.
Cumprimentos
A minha ironia só pretendia alertar para o perigo que a sua solução apresenta.
Como não passou a mensagem, culpa minha, deixo as minhas desculpas.
Não sendo proprietário do apartamento, percebo a dificuldade em adotar uma solução tecnicamente correta e definitiva.
Mas, como diz, em 55 anos nunca houve problema algum então porque alterar agora?
Se o fizer deve ser constituindo uma terra eficaz e instalar um diferencial adequado.
O interruptor ou disjuntor de que fala é a solução, mas não como refere.
O diferencial requere uma boa terra e deve desligar a alimentação elétrica da instalação e não o condutor de terra.
O valor do diferencial é definido em função do valor da terra da instalação e do circuito a proteger.
Em resumo:
A sua opção 1, não resolve o problema e aumenta o perigo.
A sua opção 2 é contra as regras técnicas.
Cumprimentos
Re: Choque no chuveiro do WC
Caro asalopes,
Muito obrigado pelos seus conselhos. Vou precisar mais da sua ajuda, se não lhe for inconveniente.
Sabendo agora o que NÃO devo fazer, o que acha que deverei fazer? Deixar como está? Ou haverá outra solução?
Uma curiosidade: ao remover o velho fogão a gas (que estava uma desgraça) encontrei uma coisa esquisitíssima mesmo por detrás dele. Parecia um donut gigante, meio carbonizado. Pensei até que fosse um "encosto" para o fogão. Só quando ia limpar tudo aquilo e lhe dei uma martelada, aquilo partiu-se tudo e por detrás estava... Uma tomada com terra! Uma tomada com terra por detrás de um fogão (por baixo da chaminé, claro) numa altura em que não havia fogões eléctricos! A coisa mais estranha.
Mas o fio de terra, só em cobre, completamente descarnado, vindo de um tubo único na parede, e a fase o neutro de outro tubo, na parede. Coloquei uma tomada nova mas as medições que fiz com o multímetro não pareceram famosas, falando com um ex-electricista. Multímetro (Schneider) nos 300 V. Medição fase-neutro= 230. Medição neutro-terra= 0. Medição fase-terra= começa a decrescer até ao zero e depois oscila um pouco entre o zero e os 20/30/40 e de volta ao 0. Não sei o que fazer com aquilo para puxar terra para o resto da casa. Será seguro? Diga-me o que acha. É a única terra que há, e não o referi antes por causa das medições.
Senão, o que devo fazer? Mudar o quadro está fora de questão por causa do senhorio. Até já pensei em escavar um pilar em betão até encontrar um ferro e puxar terra daí, mas tenho medo de jogar isto tudo abaixo. Não sei mesmo o que fazer.
Abraço, obrigado.
Luís
Muito obrigado pelos seus conselhos. Vou precisar mais da sua ajuda, se não lhe for inconveniente.
Sabendo agora o que NÃO devo fazer, o que acha que deverei fazer? Deixar como está? Ou haverá outra solução?
Uma curiosidade: ao remover o velho fogão a gas (que estava uma desgraça) encontrei uma coisa esquisitíssima mesmo por detrás dele. Parecia um donut gigante, meio carbonizado. Pensei até que fosse um "encosto" para o fogão. Só quando ia limpar tudo aquilo e lhe dei uma martelada, aquilo partiu-se tudo e por detrás estava... Uma tomada com terra! Uma tomada com terra por detrás de um fogão (por baixo da chaminé, claro) numa altura em que não havia fogões eléctricos! A coisa mais estranha.
Mas o fio de terra, só em cobre, completamente descarnado, vindo de um tubo único na parede, e a fase o neutro de outro tubo, na parede. Coloquei uma tomada nova mas as medições que fiz com o multímetro não pareceram famosas, falando com um ex-electricista. Multímetro (Schneider) nos 300 V. Medição fase-neutro= 230. Medição neutro-terra= 0. Medição fase-terra= começa a decrescer até ao zero e depois oscila um pouco entre o zero e os 20/30/40 e de volta ao 0. Não sei o que fazer com aquilo para puxar terra para o resto da casa. Será seguro? Diga-me o que acha. É a única terra que há, e não o referi antes por causa das medições.
Senão, o que devo fazer? Mudar o quadro está fora de questão por causa do senhorio. Até já pensei em escavar um pilar em betão até encontrar um ferro e puxar terra daí, mas tenho medo de jogar isto tudo abaixo. Não sei mesmo o que fazer.
Abraço, obrigado.
Luís
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Re: Choque no chuveiro do WC
Caro Luís,
Pelo que conta, a instalação necessita de uma avaliação cuidada para determinar as correções necessárias, pelo menos no que respeita à segurança.
Pode averiguar se a coluna do prédio foi modernizada e se atualmente já tem condutor de terra. Isto simplificava tudo.
Pode colocar fotos do Q.E?
Cumprimentos
Pelo que conta, a instalação necessita de uma avaliação cuidada para determinar as correções necessárias, pelo menos no que respeita à segurança.
Pode averiguar se a coluna do prédio foi modernizada e se atualmente já tem condutor de terra. Isto simplificava tudo.
Pode colocar fotos do Q.E?
Cumprimentos
Re: Choque no chuveiro do WC
Caro asalopes,
Creio que tem razão, o melhor será ligar a um electricista que conheço e pedir-lhe que cá venha testar essa tomada, mas quanto ao prédio, já inquiri por alguns inquilinos e ninguém sabe de nada. E também não posso perguntar ao senhorio, senão ele diz-me logo que não me deu autorização para fazer obras. Ou então, pura e simplesmente deixo como está. Logo se vê.
Obrigado
Creio que tem razão, o melhor será ligar a um electricista que conheço e pedir-lhe que cá venha testar essa tomada, mas quanto ao prédio, já inquiri por alguns inquilinos e ninguém sabe de nada. E também não posso perguntar ao senhorio, senão ele diz-me logo que não me deu autorização para fazer obras. Ou então, pura e simplesmente deixo como está. Logo se vê.
Obrigado