Para os especialistas: perante o risco de desastre que o "neutro interrompido" tem, o que é que deve ser feito ao certo para proteger uma instalação elétrica (de dispositivos monofásicos) que é servida por eletricidade trifásica? Como é que é possível fornecer um neutro a cada circuito, garantindo a separação total e absoluta das 3 fases?
E a lei portuguesa diz alguma coisa relativamente a isto? Isto é, há um procedimento considerado o correto e que visa proteger uma instalação elétrica contra este problema, ou depende apenas do nível de conhecimento do eletricista?
nfh Escreveu: 19 dez 2017, 20:50
Para os especialistas: perante o risco de desastre que o "neutro interrompido" tem, o que é que deve ser feito ao certo para proteger uma instalação elétrica (de dispositivos monofásicos) que é servida por eletricidade trifásica? Como é que é possível fornecer um neutro a cada circuito, garantindo a separação total e absoluta das 3 fases?
E a lei portuguesa diz alguma coisa relativamente a isto? Isto é, há um procedimento considerado o correto e que visa proteger uma instalação elétrica contra este problema, ou depende apenas do nível de conhecimento do eletricista?
Não é um problema recorrente, logo a probabilidade é baixa. Mas existem equipamentos para proteger as instalações contra esse tipo de defeito, mas para isso é preciso fazer um estudo e uma análise de risco, para justificar o investimento.
nfh Escreveu: 20 dez 2017, 10:33
Mas que equipamento é esse e que custo é que tem associado? Isto para o caso de uma habitação normal (residência familiar).
entre os 50€ e os 100€ só para o relé.
+ 15 a 50€ para o disparador à distância
+ 20 a 50€ para o interrutor que esteja preparado para o corte à distância. Este pode ser substituído por um contator, mas fica consumir.
E esse é o único equipamento que permite separar os vários circuitos de modo a impedir que duas fases "comuniquem", na eventualidade do condutor de neutro se desacoplar num dos circuitos?
Voltando à carga, qual desses equipamentos do catálogo é que seria utilizado para proteger contra esta falha em concreto (neutro interrompido de qualquer um dos 3 circuitos monofásicos independentes - um para cada fase do sistema trifásico)?
Para qualquer circuito indutivo monofásico o interromper do neutro com circuito em funcionamento queima o equipamento. Quem quiser tirar as duvidas é só ligar um projector de com uma reactância ferromagnética ignitor etc.. e tirar o neutro a meio do funcionamento. Ou msm uma armadura fluorescente com balastro ferromagnético.
A falta de neutro numa cozinha de uma escola queimou a iluminação fluorescente e alguns electrodomésticos.
Infelizmente ainda existem muitas instalações antigas sem a devida manutenção.
Mario Lopes Escreveu: 12 fev 2018, 08:09
Quem quiser tirar as duvidas é só ligar um projector de com uma reactância ferromagnética ignitor etc.. e tirar o neutro a meio do funcionamento. Ou msm uma armadura fluorescente com balastro ferromagnético.
Vivam.
Sr Mario Lopes,
o que queima o equipamento nao é desligar o neutro; o que pode dar origem a queimar o equipamento é, num sistema bifasico ou trifasico com neutro, este deixar de ser neutro por interrupçao na origem, por exemplo, e passar a fazer retorno de uma fase onde a outra fase se mantém....
pegando em dois projectores alimentados por neutro e cada um com uma fase diferente, se o neutro partir ou se desligar no quadro, o fio azul vai fazer de retorno de uma das fases sobre a outra ficando um dos projectores com as duas fases nos seus terminais
nfh Escreveu: 12 fev 2018, 16:42
Eu sou crente . O que quero perceber é o que se faz exatamente e que equipamento se usa para impedir que azares como esse aconteçam.
Vivam
Normalmente, utilizam-se varistores calibrados para determinados valores de tensao cuja acçao é fazer desligar o disjuntor provocando um curto-circuito.
Normalmente sao usados em cartas electronicas
Permitam-me que deite mais achas sobre esta enorme fogueira, cuja pira não para de crescer (isto é com a falta de neutro).
O que acontece sempre que na rede MT se parte um condutor ou se interrompe um arco, fiador ou ponte?
Até à presente data apenas vi debatida a falta de neutro em rede de baixa tensão: - quer seja da rede distribuição ou dentro a partir de uma
instalação de uso residencial com uma entrada trifásica.
E´, já agora, o que dizer quando de uma portinhola trifásica que alimenta motores trifásicos, fazem, a partir desta portinhola uma alimentação
monofásica (fase neutro) para alimentar uma instalação residencial monofásica.
Pergunta:
1º - Que acontece ao cliente monofásico quando se funde o fusível que o alimenta.
2º - Antes do fusível ser substituído o que vai acontecer quando o cliente alimentado em trifásico decide colocar o motor de indução a trabalhar
3º - Neste caso, como ficam os equipamentos deste cliente, sempre que o motor rode para a esquerda ou para a direita.
Vivam.
Quanto às linhas de MT eu estou de fora: em meados dos anos 70 do século passado, quando os professores
falaram desse assunto, ligaçoes dos transformadores de MT ou AT, eu nao estava presente.
1. Em relaçao a esta pergunta, acho que ainda nao se inventaram motores trifasicos com neutro... so se
isso aconteceu nestes ultimos meses em que eu estive afastado deste forum.
Nao vai acontecer nada ao cliente monofasico porque a fase que esta no outro lado é a que vai fazer retorno, logo,
DDP entre os dois pontos é igual a 0 ( zero), embora tenha la a fase!
2. O motor nem vai trabalhar! Falta-lhe uma das linhas de comando!
3. Ficam como estavam. Nao é a falta de neutro no circuito de comando desses motores que vai influenciar
o movimento à esquerda ou à direita. Os motores trifasicos so mudam de rotaçao com inversao de duas fases entre si.
Essa inversao até podera ser feita na rede de distribuiçao.
Aconteceu-me algumas vezes ter que ir a varias regioes desse pais porque, no seguimento de temporais, os postes de
energia elétrica eram derrubados e ao reporem a situaçao, normalmente o sentido das fases estava alterado.
Resultado: ventiladores e bombas de refrigeraçao estavam a rodar ao contrario.
Cpls
A. Castro