Já trabalho á muito em electricidade, mas por contra de outros, agora que estou a fazer umas coisitas por minha conta, precisava exclarecer algumas duvidas com os prós aqui do fórum.
Antes de mais necessitava saber quais os valores aceitaveis para a medida de terras de uma habitação
Se possivel indicar que esse valor é aceitavel entre X e Y e deverá estar +/- em W Ohms
Não há valor nenhum limite para a resistencia de terra.
O que é deve fazer-se é instalar um diferencial por forma a que a tensão de defeito não seja superior a 25 V.
actualmente o valor passou para 50V.
Tal como o colega disse o valor minimo não existe. Aliás a Certiel não pode fazer com que um cliente que tem um terreno que por si só é bastante fraco e por mais dinheiro que "enterre" o valor da resistencia de terra não baixa para valores considerados "normais".
exemplo: um terreno apresenta com já com 5 varetas de terra com comprimento de 2m e ainda se teve o cuidado de liagar à estrutura da habitação, o valor da resistencia de terra encontrado é de 235ohm.
50V / 235 ohm = 0,21A, logo o diferencial de 300mA (0,3A) não é suficiente para garantir um valor de tensão de contacto máximo de 50V. O calibre mais proximo comercialmente é o de 100mA ou na falta deste, 30mA. Já agora um diferencial de 300mA apenas garante protecção contra contactos directos, se o valor da terra de protecção for inferior a 166ohm, como podem facilmente deduzir.
Resumindo: primeiro mede-se o valor da resistencia de terra e só depois é que se passa para a compra do diferencial
A diferença do referencial de 25 para 50 Volts em função de as massas serem ou não empunhaveis, conforme vem no anexo, já há muito que é conhecida.
A questão que levantei é com relação ás massas em geral existentes numa instalação de utilização e que portanto incluem tanto umas como outras (empunhaveis ou não) e que até aqui considerei os 25 V como referencial para escolha do diferencial.
Para assentar ideias agradecia portanto que me indicassem o documento onde essa alteração vem expressa
413 - Protecção contra os contactos indirectos.
413.1 - Protecção por corte automático da alimentação.
413.1.1 - Generalidades.
413.1.1.1 - Corte da alimentação.
Deve existir um dispositivo de protecção que separe automaticamente da alimentação o
circuito ou o equipamento quando surgir um defeito entre uma parte activa e uma massa.
Esta medida de protecção contra os contactos indirectos destina-se a impedir que, entre
partes condutoras simultaneamente acessíveis, possam manter-se, durante um tempo
suficiente para criar riscos de efeitos fisiopatológicos perigosos para as pessoas, tensões
de contacto presumidas superiores às tensões limites convencionais (UL)) seguintes:
a) 50 V em corrente alternada (valor eficaz);
b) 120 V em corrente contínua lisa.
O manual que o colega "ecastro" enviou, tem alguns conceitos que precisam de ser actualizados