Boa tarde, gostaria de saber qual é a corrente de interrupção de um disjuntor em relação a sobrecarga.
Exemplo: Um disjuntor de 32A irá desarmar por sobrecarga em que nível de corrente?
Li na 5410 que a corrente de interrupção deve ser de 45% a mais que a corrente nominal, contudo, essa corrente superior impactaria diretamente na capacidade do condutor.
Gostaria de saber se os fabricantes são obrigados a mantes essa porcentagem e por quanto tempo.
Corrente de Interrupção Sobrecarga Disjuntor
-
- Faça a sua apresentação
- Mensagens: 1
- Registado: 12 fev 2020, 16:04
- Localização: Rio de Janeiro
Re: Corrente de Interrupção Sobrecarga Disjuntor
Com a referência do disjuntor, consultas a respetiva curva e tens a resposta que pretendes.
Re: Corrente de Interrupção Sobrecarga Disjuntor
Vê o ponto 433.2 das RTIEBT anotadas. Isso está muito bem explicado.
Re: Corrente de Interrupção Sobrecarga Disjuntor
Na prática usa-se um disjuntor que respeite a curva C, exemplo, C16A, para proteger condutores+canalizações+tomadas+casquilhos que só permitam essa potência.
Às vezes usa-se curva B ou D por questões de seletividade ou de sensibilidade do equipamento protegido (pode haver outros motivos?).
Cada uma das curvas é igual na parte de disparo térmico mas diferente na parte de disparo magnético. Aliás na parte de disparo magnético as curvas são suficientemente diferentes para não se sobreporem (são seletivas).
Estas curvas estão definidas numa norma do IEC que infelizmente é a pagantes, mas há muitas fontes secundárias que as definem de forma equivalente (IEC 947, IEC 60898-1). Diga-se de passagem que o RTIEBT é em grande parte uma cópia descarada das normas do IEC relativas a instalações e equipamento de baixa tensão.
Veja este artigo onde as curvas estão descritas: https://en.wikipedia.org/wiki/Circuit_breaker
Às vezes usa-se curva B ou D por questões de seletividade ou de sensibilidade do equipamento protegido (pode haver outros motivos?).
Cada uma das curvas é igual na parte de disparo térmico mas diferente na parte de disparo magnético. Aliás na parte de disparo magnético as curvas são suficientemente diferentes para não se sobreporem (são seletivas).
Estas curvas estão definidas numa norma do IEC que infelizmente é a pagantes, mas há muitas fontes secundárias que as definem de forma equivalente (IEC 947, IEC 60898-1). Diga-se de passagem que o RTIEBT é em grande parte uma cópia descarada das normas do IEC relativas a instalações e equipamento de baixa tensão.
Veja este artigo onde as curvas estão descritas: https://en.wikipedia.org/wiki/Circuit_breaker
- nelmindo
- Team Apoio
- Mensagens: 5438
- Registado: 14 abr 2008, 10:52
- Localização: PORTO
- Has thanked: 23 times
- Been thanked: 201 times
Re: Corrente de Interrupção Sobrecarga Disjuntor
https://electricalnotes.wordpress.com/2 ... ccb-part2/
Em teoria a ideia é se a corrente for superior ao valor estipulado (In), o disjuntor terá autorização para disparar, independentemente de ser sobrecarga ou curto circuito.
No entanto nem tudo é um mar de rosas e as coisas são "lentas" a responder. Aliás, até convém que na maioria dos casos seja lenta a responder. Ninguém quer um disjuntor de 10A disparado, por causa de um holofote de 500W...
Para isso existem as curvas de disparo, que não são mais do que as curvas de "resposta".
Ver: http://www.eletricidade.net/viewtopic.php?f=10&t=20418
Em teoria a ideia é se a corrente for superior ao valor estipulado (In), o disjuntor terá autorização para disparar, independentemente de ser sobrecarga ou curto circuito.
No entanto nem tudo é um mar de rosas e as coisas são "lentas" a responder. Aliás, até convém que na maioria dos casos seja lenta a responder. Ninguém quer um disjuntor de 10A disparado, por causa de um holofote de 500W...
Para isso existem as curvas de disparo, que não são mais do que as curvas de "resposta".
Ver: http://www.eletricidade.net/viewtopic.php?f=10&t=20418
-
- Velha Guarda
- Mensagens: 439
- Registado: 23 jun 2008, 13:02
- Localização: Lisboa
- Been thanked: 80 times
Re: Corrente de Interrupção Sobrecarga Disjuntor
Caro Fernando,
Caso as respostas anteriores não tenham clarificado totalmente a questão, sugiro a leitura do art. 5.3.4.1 do 5410 bem como a consulta da sua tabela 35. Sugiro ainda a leitura da norma ABNT NBR NM 60898.
“Qual é a corrente de interrupção de um disjuntor em relação a sobrecarga?“
A norma citada estipula que o disjuntor (gama residencial) não interrompa para uma sobreintensidade de até 113% do valor nominal In e que interrompa a 145% ou acima do valor nominal (num tempo inferior a uma hora).
No caso do disjuntor de 32 A significa que funcionará ininterruptamente para valores até 36 A e obrigatoriamente interromperá a partir de uma corrente de 46 A (num tempo inferior a uma hora).
“Essa corrente superior impactaria diretamente na capacidade do condutor?“
A referida tabela permite perceber que um condutor (revestido a PVC, por exemplo) poderá operar em serviço contínuo a 70ºC, em sobrecarga pode operar a 100ºC (no máx. uma hora) e em curto-circuito poderá suportar 160ºC durante 5s (para cabos até 300mm2).
Ao usarmos criteriosamente as tabelas de capacidade de condução de corrente de condutores e cabos elétricos estamos dentro das margens de segurança necessárias.
“Os fabricantes são obrigados a manter essa percentagem e por quanto tempo?”
Os fabricantes de cabos e disjuntores, bem como projetistas e instaladores, ao respeitarem as normas e regulamentos em vigor ultrapassam todas estas vissicitudes.
Cumprimentos.
Caso as respostas anteriores não tenham clarificado totalmente a questão, sugiro a leitura do art. 5.3.4.1 do 5410 bem como a consulta da sua tabela 35. Sugiro ainda a leitura da norma ABNT NBR NM 60898.
“Qual é a corrente de interrupção de um disjuntor em relação a sobrecarga?“
A norma citada estipula que o disjuntor (gama residencial) não interrompa para uma sobreintensidade de até 113% do valor nominal In e que interrompa a 145% ou acima do valor nominal (num tempo inferior a uma hora).
No caso do disjuntor de 32 A significa que funcionará ininterruptamente para valores até 36 A e obrigatoriamente interromperá a partir de uma corrente de 46 A (num tempo inferior a uma hora).
“Essa corrente superior impactaria diretamente na capacidade do condutor?“
A referida tabela permite perceber que um condutor (revestido a PVC, por exemplo) poderá operar em serviço contínuo a 70ºC, em sobrecarga pode operar a 100ºC (no máx. uma hora) e em curto-circuito poderá suportar 160ºC durante 5s (para cabos até 300mm2).
Ao usarmos criteriosamente as tabelas de capacidade de condução de corrente de condutores e cabos elétricos estamos dentro das margens de segurança necessárias.
“Os fabricantes são obrigados a manter essa percentagem e por quanto tempo?”
Os fabricantes de cabos e disjuntores, bem como projetistas e instaladores, ao respeitarem as normas e regulamentos em vigor ultrapassam todas estas vissicitudes.
Cumprimentos.