Focos led 12V ou 220V

[JAlves]

Olá a todos, vou mudar os focos de casa, veste momento tenho focos 35w 12v transformador ferromagnético. Qual das duas opções será a melhor em termos de gasto de energia e manutenção.
Vou meter focos led 6W 12V ou 6W 220V.
Dúvida, manter os transformadores e meter focos led 12V ou retirar os transformadora e ficar direto focos 220V? Obrigado

[joao-pt]

Troca para focos de 230V diretos.

[alfaxander]

Como o João disse, 230V directos e eliminas mais um potencial problema, os transformadores.

[andrelima14]

É necessário ter em atenção o local onde estão instalados esse focos...

[ENERGY]

Boas
Como já foi dito pode instalar os de 230V, se for em espaços húmidos instalar com IP 44 mínimo.

[JAlves]

Obrigado a todos

[Faiante]

Bom dia meus caros!
Em especial ao Sr. "JAlves"

Permita-me tecer algumas considerações à dúvida por si colocada, neste fórum.

Análise à situação:

1º - As lâmpadas usadas com tensões baixas de 12 e 25 Volts, trabalham com uma temperatura de cor muito alta, por esse facto são também chamadas de Luz fria. Convém não esquecer que os transformadores também têm consumos, ainda que relativamente baixos, mas tal como todas as máquinas, têm perdas de energia devido a:

E isto porquê? Perdas de um transformador?

As perdas num transformador, ainda que pequeno, são influenciadas pelas perdas no ferro e perdas no cobre

Vejamos o caso em concreto.
Lâmpada de: - 35 W de potência com transformador, de 12 V.
Logo a intensidade no secundário será de 2.916666667 A ≈ 3 A. Enquanto a intensidade do lado do primário será de 0.152173913 A ≈ 0.16 A.

Se o amigo optar por uma lâmpada com uma potência de 100 W e ligada a 230 Volt, terá uma intensidade de 0.434782609 A ≈ 0.44 A de intensidade.

Como pode observar, pelo exposto, os consumos são completamente diferentes mas, tanto numa lâmpada como na noutra existe sempre libertação de calor. No caso da Lâmpada fria devido à utilização do transformador.

Em qualquer máquina a potência de entrada é sempre igual à potência consumida + as perdas. No caso em concreto, teremos o seguinte diagrama.


Potência de entrada (PE) ---------Máquina (transformador ----------- Potência de saída (PS) + Perdas energia

Face ao demonstrado, entendo, ser razoável a utilização de lâmpadas ligadas directamente conforme anteriormente dito pelo "ENERGY", tomando sempre em consideração a zona onde as lâmpadas irão colocadas.

CPtos

JAG

[nelmindo]

Bom dia meus caros!
Em especial ao Sr. "JAlves"

Permita-me tecer algumas considerações à dúvida por si colocada, neste fórum.

Análise à situação:

1º - As lâmpadas usadas com tensões baixas de 12 e 25 Volts, trabalham com uma temperatura de cor muito alta, por esse facto são também chamadas de Luz fria. Convém não esquecer que os transformadores também têm consumos, ainda que relativamente baixos, mas tal como todas as máquinas, têm perdas de energia devido a:

E isto porquê? Perdas de um transformador?

As perdas num transformador, ainda que pequeno, são influenciadas pelas perdas no ferro e perdas no cobre

Vejamos o caso em concreto.
Lâmpada de: - 35 W de potência com transformador, de 12 V.
Logo a intensidade no secundário será de 2.916666667 A ≈ 3 A. Enquanto a intensidade do lado do primário será de 0.152173913 A ≈ 0.16 A.

Se o amigo optar por uma lâmpada com uma potência de 100 W e ligada a 230 Volt, terá uma intensidade de 0.434782609 A ≈ 0.44 A de intensidade.

Como pode observar, pelo exposto, os consumos são completamente diferentes mas, tanto numa lâmpada como na noutra existe sempre libertação de calor. No caso da Lâmpada fria devido à utilização do transformador.

Em qualquer máquina a potência de entrada é sempre igual à potência consumida + as perdas. No caso em concreto, teremos o seguinte diagrama.


Potência de entrada (PE) ---------Máquina (transformador ----------- Potência de saída (PS) + Perdas energia

Face ao demonstrado, entendo, ser razoável a utilização de lâmpadas ligadas directamente conforme anteriormente dito pelo "ENERGY", tomando sempre em consideração a zona onde as lâmpadas irão colocadas.

CPtos

JAG

A cor dos focos LED ou mais concretamente a "temperatura", não está directamente relacionada com a tensão de funcionamento da lâmpada em si.

[jjaa]

Caro JAlves,

A temperatura de cor nada tem a ver com a tensão de alimentação.

Tanto pode ter um LED 12V com temperatura de cor 3000K (luz quente) como um da mesma potência mas 230V com temperatura de cor 6000K (luz fria). Embora muitos achem que é mais uma questão estética do que outra coisa, na realidade não é assim.

Cores mais quentes tendem a ser mais "confortáveis" e perto do comprimento de onda a que os nossos olhos melhor respondem.
As mais frias (entre 4000K e 5000K) estão relacionadas com melhor reprodução cromática.
De uma forma geral, as normas internacionais recomendam 2000K a 3500K em residências e 4000K em escritórios, comércio ou indústria, entre outros. Acima, só em casos específicos.

Outro efeito da temperatura da cor é a potencial alteração do ritmo circadiano (que regula os periodos desperto/acordado).
Por exemplo, se no quarto tiver LEDs com temperatura de cor mais elevada e, logo mais azulada, essa informação é processada pelo cérebro como sendo dia e, logo, deve estar alerta. É, por isso, desaconselhado ter luz branca nos quartos já que pode perturbar o sono (é exactamente o mesmo motivo pelo qual se recomenda não estar à frente de ecrãs, incluíndo o telemóvel, antes de ir para a cama).

Voltando ao assunto em questão (com o devido pedido de desculpa pela divagação colorimétrica), a questão dos consumos é, hoje em dia, quase irrelevante já que as fontes são comutadas (nem quero acreditar que alguém informado ainda compra de outro tipo!).

Ora, como não há LEDs de 230V, só se consegue que estes sejam alimentados a 230V de duas formas:
1 - Com um 'driver' interno ou externo (que não é mais do que uma fonte comutada - o exemplo da figura está errado mas mostra como é o interior de um LED 230V);
2 - Associação de vários LED em série num só, até à tensão pretendida.

Como a opção 2 praticamente não é utilizada (até por questões de segurança), resta a primeira. É irrelevante se o driver está no LED ou à parte. Ambos têm vantagens e desvantagens. No caso dos drivers integrados, têm a vantagem de ocupar menos espaço e facilitar a instalação. Por outro lado, quando uma luminária se queima, tem que se trocar tudo, podendo as substituições ficar mais caras.

Por isso, e resumindo, é mais uma questão do espaço que dispõe e do trabalho que quer ter do que outra coisa.

Espero ter ajudado.

[edeluz]

Bom dia meus caros!
Em especial ao Sr. "JAlves"

Permita-me tecer algumas considerações à dúvida por si colocada, neste fórum.

Análise à situação:

1º - As lâmpadas usadas com tensões baixas de 12 e 25 Volts, trabalham com uma temperatura de cor muito alta, por esse facto são também chamadas de Luz fria. Convém não esquecer que os transformadores também têm consumos, ainda que relativamente baixos, mas tal como todas as máquinas, têm perdas de energia devido a:

E isto porquê? Perdas de um transformador?

As perdas num transformador, ainda que pequeno, são influenciadas pelas perdas no ferro e perdas no cobre

Vejamos o caso em concreto.
Lâmpada de: - 35 W de potência com transformador, de 12 V.
Logo a intensidade no secundário será de 2.916666667 A ≈ 3 A. Enquanto a intensidade do lado do primário será de 0.152173913 A ≈ 0.16 A.

Se o amigo optar por uma lâmpada com uma potência de 100 W e ligada a 230 Volt, terá uma intensidade de 0.434782609 A ≈ 0.44 A de intensidade.

Como pode observar, pelo exposto, os consumos são completamente diferentes mas, tanto numa lâmpada como na noutra existe sempre libertação de calor. No caso da Lâmpada fria devido à utilização do transformador.

Em qualquer máquina a potência de entrada é sempre igual à potência consumida + as perdas. No caso em concreto, teremos o seguinte diagrama.


Potência de entrada (PE) ---------Máquina (transformador ----------- Potência de saída (PS) + Perdas energia

Face ao demonstrado, entendo, ser razoável a utilização de lâmpadas ligadas directamente conforme anteriormente dito pelo "ENERGY", tomando sempre em consideração a zona onde as lâmpadas irão colocadas.

CPtos

JAG

Que excelente resposta. Não sei avaliar a parte técnica, mas gostei de ler e aprender. Para isto é que existem os fóruns! Obrigado

Nota: Posso obter o valor de corrente da forma como foi feito nos cálculos do Faiante? O valor de 35W não deveria ser 35VA, uma vez que se trata de uma máquina (transformador) não puramente resistivo? (Indutivo mais resistivo).

Cumps

[edeluz]

Caro JAlves,

A temperatura de cor nada tem a ver com a tensão de alimentação.

Tanto pode ter um LED 12V com temperatura de cor 3000K (luz quente) como um da mesma potência mas 230V com temperatura de cor 6000K (luz fria). Embora muitos achem que é mais uma questão estética do que outra coisa, na realidade não é assim.

Cores mais quentes tendem a ser mais "confortáveis" e perto do comprimento de onda a que os nossos olhos melhor respondem.
As mais frias (entre 4000K e 5000K) estão relacionadas com melhor reprodução cromática.
De uma forma geral, as normas internacionais recomendam 2000K a 3500K em residências e 4000K em escritórios, comércio ou indústria, entre outros. Acima, só em casos específicos.

Outro efeito da temperatura da cor é a potencial alteração do ritmo circadiano (que regula os periodos desperto/acordado).
Por exemplo, se no quarto tiver LEDs com temperatura de cor mais elevada e, logo mais azulada, essa informação é processada pelo cérebro como sendo dia e, logo, deve estar alerta. É, por isso, desaconselhado ter luz branca nos quartos já que pode perturbar o sono (é exactamente o mesmo motivo pelo qual se recomenda não estar à frente de ecrãs, incluíndo o telemóvel, antes de ir para a cama).

Voltando ao assunto em questão (com o devido pedido de desculpa pela divagação colorimétrica), a questão dos consumos é, hoje em dia, quase irrelevante já que as fontes são comutadas (nem quero acreditar que alguém informado ainda compra de outro tipo!).

Ora, como não há LEDs de 230V, só se consegue que estes sejam alimentados a 230V de duas formas:
1 - Com um 'driver' interno ou externo (que não é mais do que uma fonte comutada - o exemplo da figura está errado mas mostra como é o interior de um LED 230V);
2 - Associação de vários LED em série num só, até à tensão pretendida.

Como a opção 2 praticamente não é utilizada (até por questões de segurança), resta a primeira. É irrelevante se o driver está no LED ou à parte. Ambos têm vantagens e desvantagens. No caso dos drivers integrados, têm a vantagem de ocupar menos espaço e facilitar a instalação. Por outro lado, quando uma luminária se queima, tem que se trocar tudo, podendo as substituições ficar mais caras.

Por isso, e resumindo, é mais uma questão do espaço que dispõe e do trabalho que quer ter do que outra coisa.

Espero ter ajudado.

A questão da temperatura é bastante importante. Reforço o teu texto.

Para a sala comprei lâmpadas de 2700K e de 2452Lumens e noto bem a diferença. Mais confortável.
Para ambiente de oficina que temperatura aconselham? Pelo lógica do raciocínio os valores devem ser os mais altos, por isso mais frios. Talvez entre 4000K e 6500K (https://www.lightbulbs-direct.com//medi ... new_1_.jpg)?

Cumps

[jjaa]

A questão da temperatura é bastante importante. Reforço o teu texto.

Para a sala comprei lâmpadas de 2700K e de 2452Lumens e noto bem a diferença. Mais confortável.
Para ambiente de oficina que temperatura aconselham? Pelo lógica do raciocínio os valores devem ser os mais altos, por isso mais frios. Talvez entre 4000K e 6500K (https://www.lightbulbs-direct.com//medi ... new_1_.jpg)?

Cumps

Faz bem. Uma temperatura de cor na casa dos 3000K é mais confortável para os humanos.
Até porque a iluminação se utiliza sobretudo à noite e assim não afecta (tanto) o ritmo circadiano.

Relativamente ao posto de trabalho o recomendado é de 4000K. São poucos os casos de 6500K.
Se quiser mais informação, pode consultar a Norma Europeia EN 12464-1:2011 – “Light and Lighting – Lighting of work places".
Como vai verificar, há vários factores a ter em conta: temperatura da cor, Índice de restituição cromática, Iluminância no plano de trabalho (lx), Uniformidade da iluminação, Encandeamento, etc. e dependem também do tipo de actividade a desenvolver.

Penso que os mais importantes, numa habitação, serão temperatura da cor e iluminância, ou sejae ter a cor adequada ao local (por exemplo 2700K nos quartos e 4000K nos WC ou cozinha) e a "quantidade de luz" certa para o local.
Os restantes não são tão críticos e no caso da uniformidade tem a ver com conforto visual, mas também com questões estéticas. Este parâmetro mede a diferença entre níveis de iluminância numa determinada área. Contudo pode ser interessante ter uma zona destacada (um quadro, jarro, etc) e por isso mais iluminada.

No caso da oficina, outro ponto importante, é a frequência de flicker dos drivers LED.
Se tiver equipamentos rotativos e a velocidade for igual à frequência de flicker, vão parecer parados, o que pode ser perigoso.

[edeluz]

A questão da temperatura é bastante importante. Reforço o teu texto.

Para a sala comprei lâmpadas de 2700K e de 2452Lumens e noto bem a diferença. Mais confortável.
Para ambiente de oficina que temperatura aconselham? Pelo lógica do raciocínio os valores devem ser os mais altos, por isso mais frios. Talvez entre 4000K e 6500K (https://www.lightbulbs-direct.com//medi ... new_1_.jpg)?

Cumps

Faz bem. Uma temperatura de cor na casa dos 3000K é mais confortável para os humanos.
Até porque a iluminação se utiliza sobretudo à noite e assim não afecta (tanto) o ritmo circadiano.

Relativamente ao posto de trabalho o recomendado é de 4000K. São poucos os casos de 6500K.
Se quiser mais informação, pode consultar a Norma Europeia EN 12464-1:2011 – “Light and Lighting – Lighting of work places".
Como vai verificar, há vários factores a ter em conta: temperatura da cor, Índice de restituição cromática, Iluminância no plano de trabalho (lx), Uniformidade da iluminação, Encandeamento, etc. e dependem também do tipo de actividade a desenvolver.

Penso que os mais importantes, numa habitação, serão temperatura da cor e iluminância, ou sejae ter a cor adequada ao local (por exemplo 2700K nos quartos e 4000K nos WC ou cozinha) e a "quantidade de luz" certa para o local.
Os restantes não são tão críticos e no caso da uniformidade tem a ver com conforto visual, mas também com questões estéticas. Este parâmetro mede a diferença entre níveis de iluminância numa determinada área. Contudo pode ser interessante ter uma zona destacada (um quadro, jarro, etc) e por isso mais iluminada.

No caso da oficina, outro ponto importante, é a frequência de flicker dos drivers LED.
Se tiver equipamentos rotativos e a velocidade for igual à frequência de flicker, vão parecer parados, o que pode ser perigoso.

Excelente ponto, a importância de cruzar as frequência dos aparelhos! Obrigado pelo excelente comentário

[Faiante]

Bom dia caríssimo "edeluz ».

Depois de ler com muita atenção todos os comentários produzidos pelos diversos intervenientes na questão por si colocada, permita-me introduzir mais uma achega à questão da temperatura de cor. A qual ainda não foi aqui falada; - e é o chamado factor de depreciação.

O que quero dizer com isto? Que apesar de aumentarmos os valores da temperatura de cor e a iluminância do local, existe sempre este factor a considerar devido, ao envelhecimento dos materiais e à falta de manutenção dos equipamentos (falta de limpeza e verificação do estado dos equipamentos e condutores de ligação entre as partes constituintes).



CPtos

JAG

[vitorcarvalho]

Boa tarde,

Neste momento estou numa situação semelhante e quero trocar de 12v para 220v, onde posso encontrar o tal transformador? Dentro do tecto falso? Depois é só desligar e começa a funcionar tudo bem com os novos focos?

Obrigado a todos