Fonte: http://aeiou.visao.pt/Pages/Lusa.aspx?N ... 60684125842008-06-06 12:30:25
Ferreira do Alentejo, Beja, 06 Jun (Lusa) - A segunda maior central solar fotovoltaica em Portugal começa a ser construída na próxima semana em Ferreira do Alentejo (Beja), num investimento de quase 51 milhões de euros para produzir energia "limpa" durante 25 anos.
Com uma potência total instalada de 12 megawatts (MW) e 63.360 módulos fotovoltaicos, a Central Solar de Ferreira do Alentejo, o primeiro projecto fotovoltaico do grupo português de energias renováveis Generg, vai "nascer" num terreno de quase 60 hectares na Herdade da Chaminé.
A primeira fase de construção arranca durante a próxima semana e a central deverá começar a produzir de forma parcial "entre Dezembro deste ano e Janeiro de 2009", quando estiverem instalados os primeiros 6,6 MW, adiantou hoje à agência Lusa Hélder Serranho, administrador do grupo Generg.
O arranque da segunda fase está dependente da desafectação de cerca de 30 hectares da Herdade da Chaminé incluídos em Reserva Agrícola Nacional (RAN) e onde o grupo prevê instalar os restantes 5,4 MW.
"Esperamos não esbarrar em dificuldades ambientais, que obriguem a instalar a segunda fase num outro terreno nas imediações", disse o responsável, referindo que o grupo prevê obter a desafectação dos 30 hectares da RAN e avançar com a instalação dos 5,4 MW "ainda este ano".
A verificar-se esta expectativa, admitiu Hélder Serranho, "a central poderá ficar concluída e começar a funcionar em pleno em Junho de 2009" para produzir 21,3 gigawatts/hora de energia "limpa" por ano, "cerca de 75 por cento do consumo anual energético no concelho de Ferreira do Alentejo".
Em termos de "benefícios ambientais", a central, anualmente, vai evitar a importação de sete mil toneladas de fuel (cerca de 48 mil barris de petróleo não refinado) e permitir poupar 12 mil toneladas de emissões de CO2, salientou Hélder Serranho.
Quanto a impactos socioeconómicos, frisou, o projecto da central, orçado em 50,7 milhões de euros, "um dos maiores investimentos em energias renováveis no Alentejo", poderá criar "cinco a seis postos de trabalho permanentes a recrutar localmente", além dos postos de trabalho temporários nas fases de instalação, "em número ainda não estimado, mas a maioria mão-de-obra local".
Hélder Serranho salientou também os benefícios sociais do projecto, frisando que o grupo Generg celebrou um contrato de direito de superfície com a Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Alentejo (SCMFA), a administradora da Herdade da Chaminé.
Através do contrato, explicou, o grupo, durante os 25 anos que a central irá funcionar ocupando cerca de 60 hectares da herdade, irá pagar uma renda anual à SCMFA que permitirá "melhorar o apoio social à população do concelho, sobretudo aos mais carenciados".
Em declarações à Lusa, o presidente do município de Ferreira do Alentejo, Aníbal Costa, congratulou-se hoje com a instalação da central, frisando tratar-se de "mais um projecto que vem afirmar o concelho como um importante produtor de energia renovável".
"Ao produzir energia limpa através de um recurso natural abundante no concelho, a central está a contribuir para o desenvolvimento sustentável do concelho", frisou o autarca, que espera que o projecto possa "atrair outros investimentos".
A central do grupo Generg será a segunda no concelho de Ferreira do Alentejo, onde está em construção uma outra da Net Plan com 1,8 megawatts de potência distribuídos por cinco pequenas centrais e que, segundo a empresa promotora, deverá começar a produzir "até finais de Julho".
Quando estiver a produzir em pleno, a central do grupo Generg vai "tirar o lugar" à Central Solar de Energia Fotovoltaica de Serpa (Beja), a actual segunda maior instalação do género em Portugal, com 11 MW de potência instalada e a produzir desde Março de 2007.
A Central Solar de Ferreira do Alentejo será então a segunda maior em Portugal, depois da Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, também a maior do mundo e em construção no concelho alentejano de Moura (Beja).
Com uma capacidade instalada de 46,41 megawatts (MW), a central de Amareleja começou a produzir energia de forma parcial em meados de Março e deverá começar a funcionar em pleno até final deste ano.
Com 2.520 seguidores solares azimutais, equipados com 104 painéis solares cada um, a central será a maior do mundo, em potência total instalada e capacidade de produção, 6,41 MW mais do que o actual maior complexo do género, situado em Brandis, na Alemanha, com 17,25 MW já instalados de um total de 40 MW previstos.
LL.
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Segunda maior central solar em Portugal arranca
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